Laura, Street Fighter V, Roupas nada a ver e hyper sexualização.

Salve salve seres humanos da terra.
Como eu disse na criação desse preguiçoso blog, o tema do mesmo é a mídia. Mídias que eu consumo de uma forma geral, até por que não faz muito sentido eu falar do que eu não vi.
Pois bem. Hoje eu esbarrei com um texto excelente da Dani Rigon lá do site Minas Nerds sobre a roupa alternativa da personagem brasileira Laura no Street Fighter V.

Eu vou usar partes do texto dela e tentar complementar alguma coisa.

Laura Street Fighter V

Apesar de acreditar que pessoas não devem ser julgadas por suas escolhas de roupa, seja curta ou comprida, sinto que essa escolha de roupa não seria feita nem por meninas que curtem um visual mais sexy e ousado para baladas, praias ou baile funk – muito menos seria uma escolha para uma lutadora simplesmente por não ser prática ou segura.

 

É uma bola que eu sempre levanto quando vejo essas personagens em jogos e nos quadrinhos (ahhh os quadrinhos), nada contra a mina usar decote, quer dizer, ela pode usar o que ela quiser, mas tem roupa que PARA LUTAR é meio foda.

Quer um exemplo? Assiste uma luta de jiu jitsu. No fim de cada round, os caras, ou as gurias, saem com o kimono todo cagado. Por incrível que pareça, lutas de chão têm contato pra caralho e as roupas praticamente se desfazem com tanta ralação (no bom sentido). Eu não compro a ideia de que da pra lutar com essa meia-blusa-estranha-amarrada-só-com-um nó-na-frente.

Laura

Essa parada vai soltar na primeira queda.

 

Homem cis nenhum saberá o quão horrível é pular por aí com seios grandes sem ajuda de uma sustentação; imagine, então, lutar.

Eu concordo com a Dani Rigon quando ela diz que eu, enquanto homem cis, nunca vou entender. A única coisa que eu posso acrescentar nesse assunto é que eu já treinei com mulheres e sei, por falas de uma delas, que “peito pesa” e “balança” e “incomoda”.

Até onde eu sei (que não é muito) um bom jeito de prender os seios e os cabelos é essencial para as lutadoras e a Capcom, uma empresa que faz jogos de luta há anos, não faz a mínima questão de aprender.

Só faltou ela lutar com um salto alto.

 

Lutar de calcinha asa-delta E fio-dental, então? Super fácil e confortável! Aliás, de onde tiraram esse estilo asa-delta? Da década de 80? Não sou a maior frequentadora de praias, mas acredito que ele não seja muito utilizado hoje em dia (me corrijam se eu estiver errada!). Do your research, Capcom!

Só posso concordar. Asa delta é de doer.

Sobre o uniforme novo ser horroroso eu digo mais: Eu já fiquei bolado quando saíram as fotos do uniforme padrão. O decote não é verossímil, como eu já disse acima, mas até aí podia ser só falta de atenção, mas quando eu vi o trailer da personagem e vi que a calça dela é vazada na parte da bunda, eu entendi que esse tipo de escolha não é feita sem querer.

laura presentation

Já que eu já to reclamando mesmo, vamos falar do cenário também.

O cenário é o Rio de Janeiro e no lugar do Cristo Redentor tem uma Taça de Copa do Mundo. Tem uma quitanda de feira vendendo banana, umas passistas de escola de samba, uns carros com cara de anos 80 e a Escadaria da Lapa que eu acho feia pra caralho. (Não tem a ver com o tema, mas eu queria desabafar.)

Encerrando eu quero deixar bem claro que a Laura me incomoda como personagem brasileira hyper sexualizada sim. E o que mais me entristece é que a roupa dela ainda é de boa se comparada com a Cammy e a R Mika por exemplo.

Todas as partes dentro de caixinhas com aspas foram tiradas do texto da Dani Rigon do site Minas Nerds. E em nenhum momento eu quis “corrigir” ou “melhorar” o texto dela. É um texto excelente, como eu já disse, e eu concordo completamente com ela.

Comente aí o que acha disso tudo. Um abraço e tchal.

via Minas Nerds

Vulto

Desprezível.

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5 Resultados

  1. Spider Yerusalem disse:

    Acho a discussão extremamente válida. Acredito que a própria personagem sofra com essa escolha da Capcom em hipersexualizá-la, visto que esta passa a ser uma das características mais acentuadas dela. No meio de tanto esforço em fazê-la “chamar atenção” com o seu corpo, acabamos por, quem sabe, perder um pouco de sua essência. Beleza, ela é gostosa, deu pra sacar; mas é só isso? Eu, ao menos, gostaria de vê-la lutar com um kimono e expressar mais de sua personalidade. Mas é claro que seria um kimono verde-amarelo, pra gritar pra todo mundo ainda mais a sua nacionalidade… É também óbvio que o público cis masculino “gosta” dessa representação exagerada do corpo feminino (no sentido de que a “compra”, joga com a personagem só pra vê-la saltar), mas sinceramente, foda-se o público: Street Fighter já é uma franquia consagrada e não precisa atrair nenhum nerd tarado (a mais) pra fazer sucesso. FAIL da Capcom, na minha opinião, e de todas as outras que apostam nisso. Lara Croft tá aí pra provar esse ponto.

    • Vulto disse:

      Pois é. A Lara da série nova é bem mais realista e vende pra caramba do mesmo jeito por ser uma franquia consagrada, e acho que Street Fighter podia ir numa linha mais de boa também.

      Sei bem como é ser um nerd punheterão. Quando eu era jovem jogava com a Sakura só por conta de um chute dela que mostrava a calcinha.
      Caramba. Eu era muito merda.

      Valew pelo comentário. Volte sempre.
      E transmetropolitan é foda.

  2. Wolfcold Losano disse:

    Se a roupa é alternativa, não é obrigatório a usar.

    Mesma coisa da polemica que criaram em cima do anime berserk, onde infelizmente perseguem o anime por ter cena de estupro explicita( pensam que podem mandar no brasil, quem dera no trabalho dos japoneses) e ficam criando textos e mais textos.

    Você não é obrigado a jogar com skinns se não gosta dela, pode até “reclamar” mas sobre ” mulheres não usam roupas assim em praia, balada e baile funk ” no minimo nunca passou perto de um desses lugares, como não vou me dar ao trabalho, mas se colocar no yotube whatever – prank toe(acredito que isso já basta) mostra claramente algumas meninas passando pela calçada com roupas bem menores que até mesmo a skinn em questão. Sobre lutar, realmente não é roupa pra lutar, mas não sabia que jogos deveriam fazer algum sentido logico a respeito de tudo.

    Enfim, é uma skinn, apenas estão polemizando como sempre, tinha acabado de curtir a pagina, tem até conteudo bom, mas concordar com esse tipo de opinião fechada de feminazi que adora polemizar cabeça de mulheres fracas, fazendo o que elas fazem se tornar algo menor ou submisso a um homem e consequentemente tornando elas pessoas cheias de ódio revolta, prefiro não dar credito a isso.

  3. Daniel K. Sousa disse:

    Sério, é um debate tolo.
    Ok, é importante debater, para que o assunto chegue às cabeças das pessoas e etc…
    Mas o jogo não vai mudar ‘nem fudeno’…rs
    E mesmo que eu não goste do jogo ou da franquia, acho até melhor que não mude mesmo. Porque se cagar numa cruz e se limpar com a bandeira é arte (ou que seja uma manifestação de vontade e protesto), então que Laura vá parar no MASP pelos mesmos motivos.

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