A Joia da Alma, de Karen Soarele (Livro Nacional) – resenha

Salve, salve, seres humanos, grifos, medusas e criaturas extradimensionais mais antigas que os deuses.
Eu já escrevi aqui dois posts sobre os livros da nossa querida amiga Karen Soarele, e agora é hora de falar do seu livro mais recente, o A JOIA DA ALMA.

 

A Joia da Alma Karen Soarele capa grande

 

A Joia da Alma, foi lançado pela Jambô Editora, e é um romance que se passa no mundo de Tormenta RPG. O livro conta a história de Christian Pryde, um guerreiro traumatizado tentando subir na vida, toda uma trupe de aventureiros, um poderoso mago maligno com planos diabólicos e, não menos importante, A Joia da Alma, um misterioso artefato com poderes que vão além da compreensão.

Além de Christian, temos alguns personagens mais recorrentes na história: Ichabod, um mago amaldiçoado com uma carapaça insetóide que o torna monstruoso e recluso; Oihana, uma druída das montanhas sangrentas, filha do Grande Jaguar; Verônica, uma medusa tentando consertar um grande erro; Gwen, uma clériga de Tannah-Toh, a deusa da verdade e doconhecimento; Dok, um Goblin engenheiro e gambiarrista; e Titus, um minotauro paladino de Khalmir, deus da Justiça.

“Esperaram. O vento assobiava sua cantiga triste e um uivo se fez ouvir em alguma montanha distante. Considerando a região onde estavam, o invasor poderia ser qualquer coisa. Encolhida, Oihana parecia um animal pronto para dar o bote. Christian segurou a espada com firmeza e ergueu o escudo, pronto para se defender.”

 A Joia da Alma é um romance sobre memória. A questão da lembrança e do esquecimento são sempre pontos cruciais do texto. O que torna os personagens muito interessantes e profundos. E eu estou na beira do spoiler aqui.

“- Libertar-se de correntes invisíveis é difícil e doloroso – disse ele. – Liberdade envolve ser responsável por suas próprias escolhas. Se você escolher o caminho errado, precisa arcar com as consequências.”





O que eu achei?

Eu já tinha gostado bastante dos livros anteriores da Karen, mas esse é, de longe, um livro que está bem acima. Da para perceber que tem uma maturidade maior na escrita de A Joia da Alma.

Os personagens são mais adultos e mais interessantes. Os diálogos são fantásticos. As cenas de ação são de tirar o fôlego e os momentos tensos são realmente tensos. Fazia tempo que eu não ficava triste de verdade com um acontecimento em um livro, mas aconteceu. Aconteceu uma parada que me deixou triste-melancólico e isso foi incrível.

“Por todos os lados, mais e mais aranhas desciam pelas paredes, saídas de tocas entranhadas no penhasco. Da mesma forma, por todos os lados o aço perfurava e esmagava a casca rígida dos monstros… “

Um ponto importante a destacar é que, de uns 10 personagens grandes do livro , TODOS tem arcos de personagem bem construídos. Todos eles terminam como personagens diferentes de como começaram suas próprias jornadas.

O arco mais legal é da Gwen, até por que Clérigo é a melhor classe e todo mundo sabe disso.

O arco da Oihana também é fantástico. E a Karen conseguiu me fazer gostar de uma Druída, fui surpreendido.

“A menina parou, confusa.
– Mas ainda estamos lutando.”
– Teremos outras oportunidades.
Oihana bateu o pé.
– É o leão mais medroso que eu já vi! – resmungou ela, jogando a lança no chão com força….”

Eu poderia falar muito mais desse livro aqui (e pretendo falar em algum lugar), mas aqui é sem spoiler então vou parar por aqui.

Em resumo. Baita livro. Baita história. Vale cada centavo (sim, eu comprei). Vale cada minuto. Fico muito orgulhoso de ser amigo dessa autora fantabulástica que a Karen se tornou.

“Os olhos dela eram verde-fascínio , e capturaram os dele, vermelhos-blasfêmia. Mas o momento durou pouco.”

Ah sim. Tem uma crítica. A revisão deixou passar algumas bobagens que podiam ser corrigidas. Probleminha de edição, mas nem chega a incomodar.

Então é isso. Compre o livro e leia. Recomendo muito.
Deixe sua opinião aí nos comentários.
Leia. Compre. E financie a Literatura Nacional.
Curta a fanpage, siga no twitter e no instagram.
Compartilhe esse post.
Um abraço.
E tchal.



Vulto

Desprezível.

Você pode gostar...

Deixe uma resposta