O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares – review

Salve, salve, seres humanos peculiares da terra.
Passando aqui nesse domingão dos brother para fazer algo que eu não costumo fazer por aqui. Hoje eu vou fazer review de um livro e, sim, eu sei ler coisas que não sejam quadrinhos. Eu sei. É chocante. Então hoje eu vou falar de O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares.

Então vamos lá:

O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares.

O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares

 

Há algum tempo eu esbarrei com um trailer de algo que eu nunca tinha ouvido falar até então que é a adaptação desse livro para o cinema. Eu escrevi um post e ficou por isso mesmo, até que na Book Friday, esse livro apareceu para mim e eu pensei, por que não? 10 dinheiros só. Vamo nessa. Comprei o livro.

O livro conta a história de um garoto chato pra cacete chamado Jacob que, durante sua infância, ouve histórias de seu avô sobre um orfanato com crianças peculiares, monstros trevosos e outras maluquices. Quando seu avô morre em um evento estranho, Jacob viaja para a ilha para encontrar o tal orfanato e descobre uma fenda no tempo, onde as Crianças Peculiares e sua mentora, a srta. Peregrine vivem reclusas em um loop infinito.

A ideia é legal? É. Mas é daí que começam os problemas.

O problema, a nível de narrativa, é que os capítulos são muito longos (11 capítulos em 332 páginas) e as crianças peculiares só vão aparecer lá pelo final do capítulo 5. Até lá você tem que conviver com nosso protagonista que é um dos adolescentes mais pentelhos, inseguros e chatosparacaralho da história da literatura. O avô dele é minimamente interessante, mas morre bem rapidinho.

Quando o Orfanato finalmente aparece, as coisas começam a ficar estranhas. Os personagens não convencem e não tem lá muito carisma, a srta. Peregrine tem a maravilhosa capacidade de não fazer bosta nenhuma durante a história inteira. E nada continua não acontecendo durante toda a história

Nos capítulos finais, confirmei algo que já vinha me incomodando desde a metade do livro: o autor usa o conceito de fenda no tempo de forma muito displicente e irresponsável, o que faz o último e o final do penúltimo capítulo uma bagunça bem estranha.

A nível de técnica o problema é o ritmo. Tem parágrafos inteiros que poderiam ser cortados e não fariam a menor falta para a trama e tem personagens que não fazem a menor falta. A questão temporal das crianças que são velhas, mas parecem crianças e agem como tal incomoda bastante. Outro problema é a construção dos parágrafos, que é bem fraquinha em alguns momentos, deixando tudo muito arrastado e cansativo.

Eu já falei dos vilões?

Os vilões parecem muito assustadores para adolescentes e para as crianças, que na verdade são velhas, do livro, mas é só isso. Olhando com calma eles são deprimentes e só aparecem, de fato, muito tarde no livro. Até lá quase não existe conflito, o que torna o meio do livro uma chatice good vibes sem fim.

Ah sim, eu esqueci de comentar. As crianças peculiares têm poderes, mas quase não são usados e eu quase esqueci.

Resumindo, o livro surge com uma premissa boa, mas se arrasta em uma execução bem mais ou menos e chega em um final broxante. Não recomendo.

O filme, que vai ser adaptado pelo Tim Burtom , estreia no dia 30 de Setembro.
Segue o trailer:

 

 





 

De cara eu já vi várias diferenças entre essa adaptação e o livro que podem incomodar quem gostou do livro (eu não entendo, mas tem doido pra tudo). Mas como eu já não gostei do livro e tenho preguiça do Tim Burton, vou passar longe dessa bomba.

Um adendo. Eu descobri agora, enquanto escrevia esse post, que esse livro faz parte de uma trilogia. O segundo é o The Hollow City, que veio para o Brasil como Cidade dos Etéreos em 2014, e o Biblioteca das Almas que vai ser lançado aqui em terras brazucas no mês que vem. Nem preciso dizer que não vou ler nenhum deles.

É isso galera. Eu estava com uma grande preguiça de vir aqui só para falar mal de um livro, mas já que eu já tive o trabalho de ler… vamos falar mal.

Se alguém já leu e discorda comente aí. Se não leu, mas acha que eu só estou sendo ranzinza, comente também. Sua opinião é importante aqui.
Curta a fanpage, siga no twitter.
Um abraço.
E tchal.



Vulto

Desprezível.

Você pode gostar...

Deixe uma resposta