Matrioska, por Gabriel Jardim (hq nacional) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Já faz um tempo que eu não faço post de hq brasileira, mas eu tenho um motivo. Fazia tempo que não chegava nenhum projeto financiado pelo catarse aqui em casa. Pelo visto começou a nova leva onde chega tudo junto, então terão vários reviews brazucas agora. A resenha de hoje é da hq Matrioska, do Gabriel Jardim, que já apareceu aqui com o De Dentro da Couraça.

Matrioska – resenha

Matrioska

 

Matrioska é uma hq curtinha de uma única edição que o Gabriel fez como TCC e foi financiada via Catarse.

A revista conta a história de Olga, uma fotógrafa que procura figurar entre as maiores galerias da cidade. Quando a oportunidade surge na sua frente, ela tem receio do que pode significar se tornar uma artista “profissional”. Dimitri é a sua ponte para o mundo da fama, mas esse caminho é cheio de navalhas e sacrifícios, fazendo com que as coisas não aconteçam exatamente da forma planejada.

Essa é a sinopse e eu não vou falar muito mais da história para não dar spoiler.

A primeira coisa que eu tenho que reforçar é que, trata-se de uma hq para maiores de 18 anos. Tem nudez e tem sexo. Eu esqueci desse detalhe e li a revista no ônibus. Superemos.

O que eu achei? A arte é incrível! O Gabriel está usando o preto e branco perfeitamente bem. Além dos traços, o preenchimento é bem utilizado, tornando as páginas bem leves e bonitas. A Olga é linda, a irmã dela é bem legal também e até os personagens masculinos são bonitos na história.

 

O roteiro é muito interessante também. O sexo é usado como recurso, mas não banalizado. Ele está ali sem nenhum pudor, simplesmente por que sim. Simplesmente por que as pessoas transam. Gosto muito.

A personalidade das personagens consegue ser construída e trabalhada de forma sutil, mas sem perda de tempo (lembrando que é uma revista curta). Se personagens transitam entre a simplicidade e a profundidade, como pessoas normais.

O final é aberto, mas não incomoda. Gosto das múltiplas interpretações que ele deixa.

O que mais me agradou na hq como um todo é o jeito como o artista usa o corpo dos personagens. Tem páginas em que a Olga, apenas de calcinha, é totalmente sensual, enquanto em outras, a Olga, apenas de calcinha, é só uma guria, que mora sozinha, à vontade em casa. A nudez não está sempre ligada a sexo. Tem gente que esquece isso e é sempre bom lembrar.

 

Basicamente é isso. Tem coisas que eu queria comentar, detalhes, mas acho que entraria na área de spoilers talvez. Vou deixar para lá.

A HQ está à venda lá na Comic House por apenas R$ 30 golpinhos. Vale a pena.

Então é isso. Matriloska é uma HQ nacional excelente.
Recomendo muito.
Compre. Leia. E financie o quadrinho nacional.
Deixe aí seu comentário.
Um abraço.
E tchal.

Vulto

Desprezível.

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