A Cor Púrpura (1985) – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de um filme clássico dos anos 80, uma poderosa história sobre machismo, poder e raça. Então vamos nessa com A Cor Púrpura.
A Cor Púrpura (1985):
A Cor Púrpura é um filme de 1985, baseado em um livro de 1982, escrito por Alice Walker. O filme conta a história de uma jovem mulher negra que tem uma vida desgraçada e come o pão que o diabo amassou, mas que apesar de tudo continua sendo boa, amada e amável.
A protagonista Celie é uma jovem negra (jovem mesmo, ela deve ter uns 14 anos) que sobre abusos do pai e vive sendo mal tratada. Além de ser chamada de feia o tempo todo. Ela tem uma irmã mais nova chamada Nettie, que é bonita e todo mundo gosta. Celie tem um filho e o pai-abusador dela doa a criança. Então aparece um cara querendo casar com a Nettie, mas o pai entrega a Celie no lugar.
O marido abusa da Celie, coloca ela para fazer todos os trabalhos, bate nela e é um marido escroto padrão. A Nettie foge da casa do pai porque ele tentou abusar ela. O marido da Celie deixa a Nettie morar lá, mas também tenta abusar dela, então ela é expulsa. A Nettie escreve cartas para Celie, mas o marido é tão cuzão, que esconde as cartas ela.
Então chega na cidade uma tal de Shug Avery, uma cantora mais ou menos famosa, paixão do marido de Celie. Shug fica na casa de Cellie e acaba se aproximando dela e não de seu marido. Elas se pegam, cogitam fugir juntas, mas acaba não acontecendo.
Em paralelo a isso tem a história de Sofia, que é uma mulher forte que não leva desaforo para casa. Ela casa com Harpo, afilhado de Celie. Ela e Celie brigam, ela deixa Harpo e acaba sendo agredida por gente branca em um arco próprio. Depois de ir para a prisão por se defender, ela se torna apática e é obrigada a servir à mesma mulher que causou sua prisão.
Caminhando para o final:
Shug volta casada, junto com Celie elas descobrem o lance das cartas. Então finalmente Celie se rebela, enfrenta o marido e foge com Shug. Esse evento ainda serve para tirar Sofia de sua apatia traumática.
O pai de Celie morre, ela herda algum dinheiro. Shug tem um arco de redenção com o pai, que é reverendo. E por fim o marido se redime um pouco (bem bouco), gastando suas economias para trazer a irmã, Nettie de volta para os Estados Unidos, junto com os filhos perdidos da Celie.
E tudo termina bem, com todos de volta à casa.
O que eu achei de A Cor Púrpura?
Esse filme é um clássico. Ele fala de racismo de uma forma poderosa e das relações de gênero de uma forma ainda mais intensa. O arco da Sofia, que passa de mulher poderosa para uma mulher quebrada, objeto da benevolência de uma branca rica (responsável por sua desgraça), é o mais triste de todos.
A Celie sofre a vida inteira, mas depois de ser estuprada pelo próprio pai/padastro (que acontece antes do filme começar), as outras dores parecem menores. Ela já entra quebrada no filme. Mesmo assim, ela tem a irmã, a única coisa boa de sua vida, mas daí o marido manda ela ir embora e ainda rouba as cartas dela. É de uma maldade sem tamanho.
Aí chega a Shug e a relação das duas é muito bonita. Mas dói também quando a Celie diz que “Você não pode ir embora. Ele não me bate quando você estar aqui”.
É um filme doído (não doido), mas recompensa o sofrimento com um final bacana e feliz. É um clássico, recomendo.
E é um filme com um romance lésbico em 1985. Importante dizer isso.
Ah sim, em 2023, saiu uma versão musical. Que eu vou resenhar aqui amanhã. Então volte aqui amanhã.
Então é isso. Filmão clássico. Recomendo demais.
Mas e você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.