A Garota Ideal (2007) – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de resenha e eu quero falar de um filme que eu tinha visto há muuuuuuito tempo, lembrava que era interessante, mas não lembrava dos detalhes. Então fui rever com minha gatinha (que também lembrava mais ou menos). E vamos lá com A Garota Ideal.
A Garota Ideal (Lars and the Real Girl) é um filme de 2007 e tem o Ryan Gosling como Lars, que é o protagonista. Ele e a Bianca, que eu já vou explicar quem é.
O filme conta a história desse cara chamado Lars, que é um cara que não gosta de ser tocado e tem muita ansiedade e desconforto social. Ele tem emprego e vai à igreja, mas não interage muito com ninguém. Inclusive tem uma colega de trabalho e igreja, Margô (a cidade é pequena), que tenta se aproximar dele, mas ele foge. Lars mora na garagem da casa do irmão e da cunhada que está grávida. Eles ficam tentando trazê-lo para jantar e mais para perto, mas ele também foge deles, até não conseguir mais. Esse é o cenário, um cara muito retraído, sem vida social e com alguns traumas que a gente vai entender mais para frente.
A Garota Ideal:
A história começa mesmo quando ele compra uma boneca erótica dessas super realistas de um site chamado Real Dolls. E ele começa a “namorar” com ela. Não é uma parada sexual, ele trata ela como uma pessoa, conversa com ela, age como se ela tivesse respondido e tal. De cara ele vai na casa dos irmãos para apresentar a sua namorada. Felizmente a família conhece uma médica que também é psicóloga, eles vão lá e ela explicar que ele está fazendo aquilo para resolver a alguma coisa internamente e incentiva a família a agir como se a Bianca fosse mesmo uma pessoa de verdade.
A história segue e todo o pessoal da cidadezinha começa a entrar no jogo e a tratar a Bianca como uma mulher de verdade. E, por incrível que pareça, Lars começa a interagir muito mais com as pessoas, por conta da Bianca. Ele vai comer com o irmão sem ninguém precisar implorar. Vai na festa dos amigos da firma. Até mesmo vai jogar boliche com a Margô.
Descobrimos um drama familiar, porque parece que mãe do Lars morreu no parto e o pai não era uma pessoa muito legal. O irmão mais velho se culpa por ter saído fora assim que teve chance e ele também não é muito bom em comunicar o que sente (homem né). Lars tem muito medo pela cunhada (que é a pessoa mais fofa do mundo) que está grávida e ele tem medo que ela morra.
A história se desenrola, Lars vai se tratando com a médica/psicóloga e se integrando mais com as pessoas. Até que Bianca, a boneca, fica muito doente. E eu não vou contar como o filme acaba, mesmo sendo velho.
O que eu achei de A Garota Ideal?
Esse filme é fantástico. Eu lembrava que ele era um bom filme sobre um cara com problemas psicológicos usando um truque mental para lidar com eles. E o filme é exatamente isso, mas é melhor do que eu me lembrava. Ele consegue ser denso e profundo, mas com situações de constrangimento que beiram a comédia. É claro que o que ele está passando é um delírio, mas ele ainda é um adulto funcional, que trabalha e faz as coisas sozinho.
É claro que o delírio não pode durar par sempre e não vai sozinho sem nenhuma dor, mas ele passa a se sentir muito melhor do que antes. Lars era um cara quieto e retraído, sem problemas visíveis, mas que com certeza tinha um sofrimento profundo guardado ali.
O filme é leve e profundo ao mesmo tempo. Não tem grandes reviravoltas, mas tem ótimos personagens e uma profundidade muito elegante. E aí vêm os atoes que estão todos muito bem com seus constrangimentos e suas dores também. O Ryan Gosling está demais.
Uma das coisas mais legais do filme é que ele não é sexual. O fato da boneca ser originalmente confeccionada para isso quase não é usado e isso não é uma questão para o Lars. O filme podia ter ido por esse caminho pueril, mas é muito mais interessante do que isso.
Então em resumo. Filmão. Gostosinho de assistir e de discutir depois. Adorei assistir muito bem acompanhado. Recomendo muito.
A Garota Ideal está no Amazon Prime Video.
Então é isso. Filmão. Assista.
Mas e você, já precisou usar um subterfúgio maluco para não ficar maluco?
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Um abraço.
E tchau.