A Mentira – comédia semi-romântica com Emma Stone – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de um filme divertido que minha gatinha apresentou. Então vamos lá, vou comentar rapidinho o A Mentira.

A Mentira:

A Mentira (Easy A no original) é um filme de 2010, com a Emma Stone de 22 anos fazendo papel de adolescente no ensino médio. No filme temos uma protagonista chamada Olive. Olive é uma menina mediana do ensino médio. Ela não quer sair com a amiga no fim de semana e inventa que vai sair com um universitário no fim de semana. Na volta, papo vai, papo vem, a tal amiga pergunta se eles transaram e começa a forçar a barra, até que Olive diz que sim, transamos e ainda inventa umas coisinhas. Uma menina crente ouve e a história se espalha pela escola como um telefone sem fio do mal. Então agora Olive é a grande vadia da escola.

Por um tempo ela acha engraçado ser o centro das atenções, mas é chatinho também. Então o amigo gay dela, faz um pedido: vamos fingir que transamos. Para você não muda nada, mas para mim vai melhorar a vida, porque vão achar que eu sou hétero. Ela aceita de forma relutante e eles fazem isso, simulando uma cena de sexo numa festa. Para ele, fica de boa, mas a fama de vadia dela aumenta ainda mais. Outro problema é que o amigo gay paga ela para isso e não consegue guardar segredo.

Olive fica mais puta da cara por ser chamada de Puta e começa a usar um A vermelho costurado nas roupas em referência ao livro A Letra Escarlate. A história se espalha, alguns meninos sabem que ela cobra para fingir que transou com os caras, mas algumas pessoas começam a achar que ela está realmente se prostituindo. Olive rompe com a amiga e começa a ganhar vales-presente em troca de contar histórias de sexo.

Clamídia:

A coisa complica quando um cara confunde e realmente quer comer ela pagando. E quando um aluno da escola (de 22 anos) aparece com clamídia, acaba inventando que foi Olive quem passou para ele. Depois ela descobre que o aluno estava transando com a coordenadora pedagógica e resolve assumir o BO para ajudar ela e o marido (o professor preferido dela). A coisa escala tanto que começam a pedir que ela seja expulsa.

Então ela faz um plano pra poder contar tudo o que aconteceu e é isso que estamos vendo durante o filme todo: uma live dela contando tudo.

Tem um cara que ela gosta, mas é uma história secundária e no fim eles ficam juntos, zoando os clichês de comédia romântica, mas repetindo algumas coisas, porque essa é a graça.

O que eu achei de A Mentira:

Esse filme é muito bom. Ele consegue ser bobinho como uma comédia romântica, mas sem muito romance e zoando os clichês do próprio gênero. A história é boa e fala de algumas coisas interessantes como a dualidade santa-puta a que as mulheres submetidas. Todos os homens querem transar, mas querem que as mulheres nunca transem e sejam eternas virgens. As virgens são loosers, enquanto quem transa é automaticamente puta.

Enquanto isso, temos uma escola super conservadora que pune mais o aluno gay do que o aluno que bate nele. Mas essa mesma escola tem uma coordenadora pedagógica que pega um dos alunos, que também faz parte do grupinho dos crentes, que quase manda na escola.

Nesse cenário todo, a Olive tem pais super progressistas e enfrenta toda essa hipocrisia dizendo: sim, eu transei, e daí?, mesmo não tendo transado. E todos os rapazes a criticam por isso, mesmo querendo transar com ela.

No fim das contas, o filme é sobre uma grande hipocrisia e uma menina progressista enfrentando essa hipocrisia, de um jeito meio ideia-errada, mas enfrentando ainda assim.

Bom filme. A Emma Stone está ótima no papel. E a cena do sexo de mentirinha é muito engraçada. Muito mesmo. Recomendo.

E agradeço à minha gatita que me mostrou esse puta filme.

A Mentira está na HBO Max.

Então é isso. Filme maneiríssimo. Adorei.
Mas e você, já inventou uma mentira maluca na escola?
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Um abraço.
E tchau.