Black Mirror – temporada 6 – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar dessa sexta temporada de Black Mirror. Então vamos nessa com a série que não é mais a série do momento já tem um tempo.
Black Mirror é uma série inglesa que começou sendo super cult e obscura. As primeiras temporadas tinham poucos episódios, tipo 3, super bad vibes e sempre falando de tecnologia e das relações das pessoas (e da sociedade como um todo) com as telas, o tal do espelho negro.
Depois a Netflix comprou a série, acho que depois da terceira temporada e há quem diga que a série desandou um pouco. Eu ainda acho os episódios muito acima da média comparada com as séries em geral. Mas acho que perdeu um pouco do charme em alguns detalhes.
Então vamos nessa com a temporada 6.
Black Mirror – temporada 6:
Essa temporada tem 5 episódios e tem uma curiosidade. É uma temporada basicamente retrô. Black Mirror é uma série sci-fi, então muito de seus episódios tinha elementos modernos com alguma tecnologia de ponta, quase futurista. Muita gente dizia que a série não ia ter mais o que inventar porque a realidade em si já está uma doideira enorme, então me parece que eles quiseram pegar um tom retrô. Mas a tecnologia ainda está lá.
Episódios:
A Joan é Péssima, conta a história de uma mulher, chamada Joan, que descobre que sua vida virou uma série da Netflix, quase em tempo real. Mas na série ela é interpretada pela Salma Hayek. Na verdade é por uma Salma Hayek feita em IA. E sim, a Netflix nesse mundo tem respaldo legal para fazer isso. Leia os termos de uso.
Loch Henry é uma história de um casal de estudantes de cinema querendo fazer um documentário. Só que em Loch Henry tem um caso mal resolvido de uns assassinatos envolvendo a família de um deles. O outro resolve explorar esse mistério e eles começam a reviver o passado do lugar. Então eles descobrem umas coisas sinistras.
Beyond the Sea é uma história de dois astronautas que enviam suas mentes para corpos robóticos na terra. Os corpos são réplicas deles mesmos. Mas uma tragédia acontece, um deles fica sem suas réplicas e começa a ficar maluco por ter que ficar na estação permanentemente. Então o amigo decide dividir seu corpo com ele. E obviamente isso dá muito errado.
Mazey Day conta a história de duas mulheres. Uma é uma paparazzi e a outra é uma estrela de Hollywood chamada Mazey. A Mazey fica chapada um dia e atropela alguém e depois ela desaparece do estúdio. Isso coloca os paparazzi atrás dela, mas ela está internada em um lugar secreto. E eu não posso contar o que vem depois.
E por último Demônio 97, que se passa em 97 (eu acho) e conta a história de uma imigrante indiana que libera um demônio. O Demônio assume a forma do Boney M e diz que ela precisa matar 3 pessoas para impedir o apocalipse. Se essa premissa não é suficiente, você está morto por dentro.
O que eu achei dessa temporada de Black Mirror?
Há quem diga que essa temporada não traz nada de novo e que ela deixa a desejar no quesito tecnologia. De fato, só os robôs replicantes são novidade tecnológica. De resto não tem nada de novidade. O primeiro episódio (que é ótimo) é hi tech, mas não é novidade.
O primeiro episódio é excelente. Ele é divertido, tem tecnologia, metalinguagem, uma série dentro de uma série dentro de uma série. É uma aulinha de metanarrativa que joga com o manual embaixo do braço. E tem a Salma Hayek com dislexia que é muito bom.
O último não tem nada de tecnologia mesmo. É uma ótima história de humor nonsense com elementos sobrenaturais que está na série errada. Mas é um episódio muito bom, de verdade.
Os outros 3 episódios são boas histórias que se estenderam demais. As viradas mais importantes estão no final, então eu não vejo motivo para os eps terem mais de uma hora.
Loch Henry é um suspense genérico, mas no finalzinho ele vira Black Mirror e então o episódio acaba. Beyond the Sea começa bem, tem um meio óbvio e um final bom. Mas demora demais, porque o meio é brutalmente óbvio. E Mazey Day é surpreendente na virada final, mas tem uma barriga ali no meio também.
Concluindo:
No geral gosto muito do primeiro e do último. Os três do meio são bons, mas podiam ser encurtados bem. Mas eu sou um fã de curtas, então meu olhar é enviesado.
Então é isso. Black Mirror ainda é bom, mas não sei até quando vai ser relevante se continuar nesse ritmo.
Mas e você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.