BRIGHT, fantasia policial da Netflix – resenha
Salve, salve, seres humanos, elfos, orcs, anões e fadas.
Esses dias estreou na Netflix o filme Bright. Um filme policial, com Will Smith e Joel Edgerton, que se passa em um mundo onde elfos, orcs, fadas, anões e humanos dividem o mesmo mundo. É um mundo com elementos de fantasia medieval, porém, moderno.
Nesse mundo os Orcs sofrem preconceito, são comumente pobres e ninguém confia neles. Daryl Ward (Will Smith), é um policial que tem de trabalhar com Nick Jakobi (Joel Edgerton), o único policial Orc de Los Angeles.
Ward foi baleado por um Orc, e Jakobi não conseguiu capturá-lo. Por isso, Ward tem certo receio dele. Todos os outros policiais desprezam Jokobi por ser um Orc. Os Orcs têm tradições tribais e todos acham que Jakobi tem mais lealdade com o clã, do que com a polícia. Jakobi acaba sendo odiado pela polícia, que não confia nele, e pelos outros Orcs, que o acham um traidor.
Os Elfos são riquinhos esnobes e não gostam de ninguém. Tem um cara barbudo no filme, que pode ser um Anão, mas ninguém fala deles. As fadas são pragas que ficam por aí voando e fazendo merda.
Esse mundo tem um lore também, mas eu não vou explicar aqui, até por quê não é tão bem explicado no filme.
A trama do filme é a seguinte: Ward e Jakobi respondem a um chamado e acabam encontrando uma varinha mágica, um objeto de grande poder. Por mais que seja muito difícil usar a varinha (apenas pessoas especiais, chamadas de Brights, podem usar a varinha sem se explodir), todos ficam interessados em tomar esse poder, o que inicia uma fuga alucinada por Los Angeles.
Ward e Jakobi precisam fugir de uma gangue de latinos, de uma gangue de Orcs, de um grupo de Elfos ninjas do mal e da própria polícia. Tudo isso enquanto protegem Tikka (Lucy Fry), uma elfa doidinha que apareceu com a varinha.
O que eu achei?
Bright é claramente um filme sobre racismo. Acho que é impossível não perceber isso. De certa forma ele funciona nesse aspecto, apesar de cometer o enorme vacilo de cair no clichê da gangue latina de Altamira.
O roteiro é escrito de forma preguiçosa. Todas os clichês clássicos de aventuras de fantasia estão ali, os diálogos são mais ou menos e a história tem umas viradas meio sem motivo.
Outro problema é que o filme tenta ir para esse lado de crítica social, falando sobre racismo, mas pega muito leve com os elfos. Todos os elfos são meio babaquinhas, mas faltou problematizar os problemas causados por essa aristocracia clara desse mundo. Quer fazer a “crítica social foda”? Não coloca só os fodidos brigando entre si. Tem que lembrar que os problemas vêm lá de cima. Sempre.
A sensação que eu tenho, assistindo a Bright e a Godless, é que tem um cara na Netflix que recebe muita grana para ter boas ideias. Ele chega lá, da uma ideia massa para um filme/série, vai para casa e ganha muito bem para isso. Ideia dada, o trabalho de escrever o roteiro vai para alguém mediano, com pouco prazo, que preenche os filmes com clichês.
Bright é mais uma obra da Netflix que tem uma premissa incrível e um roteiro mediano para baixo.
Mas eu gostei ou não de Bright?
Até agora eu só falei mal, mas eu gostei do filme. Se me perguntarem se Bright é um bom filme, eu vou responder que não, mas é um filme divertido que eu gostei de assistir.
É um filme divertido. As cenas de ação fazem 0 sentido, mas são legais para caramba. Os elfos do Inferni parecem uma mistura de Agentes da Matrix, super bem vestidos e cheios da pose, mas são meio ninja e ficam virando mortal para lá e para cá. É idiota, mas é legal pra caramba.
Sobre as atuações: O Will Smith e o Joel Edgerton estão muito bem nos papéis. Todos os elfos me parecem muito exagerados. Me deram preguiça.
Em resumo:
Bright não tem um roteiro excelente, mas é um roteiro raso que funciona. Ele fala de racismo de forma rasa, mas fala e isso já importante.
É um filme divertido em um mundo interessante que eu queria conhecer mais. Vale a pena assistir, mesmo não sendo incrível.
Uma curiosidade: Não sei se todo mundo percebeu, mas tem uma cena onde aparece um Dragão. Tente achar.
Então é isso. Filme mais ou menos, mas me divertiu.
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Um abraço.
E tchal.