Caçadores de Bugs – animação da Netflix – resenha

Salve, salve, seres humanos e personagens de videogame.
Hoje é dia de… nada em específico e, por isso mesmo, eu vou falar de um desenho animado que eu terminei de assistir esses dias, os Caçadores de Bugs!

Caçadores de Bugs (Glitch Techs no original) é um desenho animado da Nicklodeon, mas veio para o Brasil direto pela Netflix com o selo “Originais da Netflix”.

O desenho conta a história de dois gamers, Miko e Five, que acabam conseguindo um trabalho na Hinobi, uma empresa de games que, além de vender jogos, tem a tarefa secreta de proteger o mundo dos bugs (Glitchs).

Funciona assim, quando um jogo dá bug, suas criaturas e suas experiências vem para o nosso mundo e causam vários problemas. Então a Hinobi, que é a empresa responsável pelos jogos, tem toda uma divisão secreta de caçadores: jovens que entendem muito de jogos e atuam como super heróis tecnológicos.

O desenho é cheio de ação e com muitas, muitas, muitas mesmo, referências à videogames e à cultura gamer como um todo. Os personagens ganham xp quando derrotam monstros, podem destravar habilidades especiais, fazer tutoriais chatos e pegar uns pets muito doidos.

Então o desenho é basicamente isso, personagens legais enfrentando monstros em um mundo com muita ação e referências a vários jogos, como Pokémon, Mario, Castlevania, Street Fighter, Final Fantasy e vários outros.

Ah sim, os Caçadores de Bugs podem apagar a memória das pessoas, assim como em MIB.

O que eu achei de Caçadores de Bugs?

Caçadores de Bugs é um desenho que me deixou empolgado do começo ao fim. Eu adorei o tema, o ritmo, as referências, os personagens e a trilha sonora também. É tudo muito maneiro.

Agora deixa eu fazer o meu “momento problematização” e depois eu volto a falar bem do desenho.

Momento Problematização:

A empresa, a Hinobi, é uma empresa muito escrota cara. Além de empregar crianças, o serviço dos Caçadores de Bugs é totalmente “gameficado” e isso faz com que os moleques trabalhem muito mais para poder comprar itens da própria empresa. Do ponto de vista trabalhista o desenho é uma série de horror.

Além disso, toda essa operação é secreta, então provavelmente o governo não sabe que a Hinobi coloca crianças para enfrentar monstros e apaga memórias das pessoas para esconder que os jogos (que a própria empresa vende) têm bugs potencialmente fatais para quem compra. Também é um horror no quesito “direitos do consumidor”.

Voltando a falar bem desse desenho que eu adorei:

Mas, o desenho é para criança, é nonsense e isso que eu comentei acima é só chatice da minha parte. É tipo Pokémon, onde as crianças são expulsas de casa para vagar pelo mundo, mas ninguém se importa.

Agora voltando a falar bem de Caçadores de Bugs. A melhor coisa do desenhos são os personagens. Todos os personagens são interessantes de alguma forma e a Miko é a pré-adolescente mais legal de todos os tempos. Meu deus, que menina maneira!

Além disso, outra coisa interessante é a diversidade dos personagens. Em nenhum momento a série fala sobre diversidade, mas os Caçadores são muito diversos. O Five é latino, a Miko é oriental (não sei se japonesa ou chinesa), o Mitch é negro, o Haneesh deve ser indiano, talvez (pelo nome) e a Zahra, que é a outra caçadora mais legal de todos, é muçulmana (eu acho, ela usa um hijab). Então é um desenho muito diverso, mesmo que não fale sobre diversidade e isso é muito legal.

E a Miko é incrível! Já falei isso né? Então tudo bem.

Caçadores de Bugs tem 9 episódios de 23 minutos (o primeiro tem 46) e está disponível na Netflix.

Então é isso, desenho muito legal para quem é gamer. Para quem não é gamer eu não sei, mas deve ser bem divertido também. Recomendo muito.
E dá para ver com as crianças.
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