CAPITÃ MARVEL – resenha sem spoiler

Salve, salve, seres Humanos, Skrulls, Krees e Flerkens.
Hoje estreou o tão esperado filme da Capitã Marvel, a primeira heroína do universo cinemático da Marvel a ter um filme solo. Nos Estados Unidos o filme estreia amanhã, dia 8 de Março, dia internacional da Mulher, o que tem um grande valor simbólico. Por outro lado, aqui no Brasil estreia antes e eu fui assistir logo.

Então vamos lá à minha opinião desse filme importantíssimo para o Universo Cinemático da Marvel.

Capitã Marvel – resenha sem spoiler

 

Capitã Marvel

 

O filme conta a história de Carol Denvers, uma guerreira Kree que não possui memórias e luta na interminável guerra entre Krees e Skrulls. Os Kree são uma raça de nobres guerreiros governados pela Inteligência Suprema, que parece ser uma IA suprema que guia toda a civilização. Os Skrull são uma raça de “shapeshifters”, alienígenas que podem mudar de forma, assumindo a aparência de qualquer pessoa, sendo assim especialistas em infiltração e jogos mentais.

Carol Denvers tem o poder de disparar rajadas de energia com as mãos além de ter superforça e ser muito resistente. Ela é treinada por um oficial Kree e atua no exército.

 

 

No meio de uma missão ela acaba entrando em contato com uma máquina que a faz reviver algumas de suas memórias. Os Skrulls descobrem que algo que eles procuram está na terra. Então Carol e alguns Skrulls caem na Terra. O filme se passa nos anos 90, antes de tudo que vimos até agora no Universo Marvel. Fury e Colson ainda são jovens agentes da S.H.I.E.L.D e o ambiente é bem retrô.

Daí para frente, começam a ter umas reviravoltas enquanto Carol vai se relembrando de seu passado e descobrindo que nessa guerra nem tudo é o que parece.

 





O que eu achei de Capitã Marvel?

O filme é bem legal. A narrativa é amarradinha, as cenas de porradaria são legais, os personagens funcionam bem tanto separados quanto sozinhos e, muito importante, é um filme que se amarra bem com a cronologia do Universo Marvel.

No fundo, o filme é sobre identidade. Quem é Carol Denvers e, mais importante, o que ela quer ser? No clímax do filme, (não vou falar o que acontece, relaxa) ela faz a grande escolha que um super herói tem que fazer e isso tem um grande valor considerando que ela assume esse papel de primeira heroína desse universo.

 

 

O legal é que essa busca por identidade não acontece de uma forma solitária e introspectiva. Para descobrir quem ela realmente é, ela precisa conhecer o próprio passado e se reconectar com as pessoas. No fundo, o que a Capitã Marvel é, é definido pela sua relação com os outros. Ela é humana por conta das suas relações e é uma heroína por conta da decisão que ela toma durante o processo.

A relação da Carol com a Maria Rambou é um dos pontos altos do filme.

 

 

Mas nem tudo são flores. O filme tem seus problemas também.

O grande problema desse filme é o mesmo de quase todos os filmes da Marvel: Falta de vilão. Até tem vilão, eles até são trabalhados às vezes, mas eles não tem a menor chance. Em Capitã Marvel isso fica ainda mais claro. A personagem é tão estrambolicamente poderosa (e tem que ser mesmo, ha HQ é assim) que ninguém que aparece no filme tem a menor chance.

A última cena de ação, depois que ela fica toda fodona e brilhosa (está no trailer) chega a ser meio patética. É bem girl power, bonito de ver e tal, mas não tem desafio nenhum.

 

 

Tem uns dois momentos em que o diálogo me pareceu mau escrito na hora, mas eu realmente não me lembro quando. Tem umas cenas em que tudo é CGI e eu não curti muito. Pode ser uma questão de gosto, mas, a mim, parece que no meio do filme entra uma cut scene de videogame. O problema é que isso é bem no clímax do filme. Isso tudo são detalhes.

Mas o que mais me incomodou mesmo foi a morte sem sentido de um personagem. Sem motivo aparente o personagem decide ficar para trás e morre em uma cena que não faz a menor diferença para o filme. Essa morte em específico foi uma decisão muito preguiçosa do roteiro.

 

 

Em resumo:

Apesar desses detalhes que eu comentei, Capitã Marvel é um baita filme legal de assistir. Divertido, ágil, com referências dos anos 90 para quem é saudosista e com boas piadas. Tem seus deslizes, mas não é nada que comprometa. Recomendo.

Uma curiosidade: A filha da Maria Rambou se chama Monica Rambeau, que o nome civil da Capitã Marvel original. Hoje em dia, nos quadrinhos, Monica Rambeau se chama Photon e faz parte dos Supremos. Eu realmente espero que essa garotinha volte a aparecer como uma heroína.

 

Monica Rambeau, a Capitã Marvel original, como Photon




Obs.: O filme tem 2 cenas pós-créditos.

Então é isso, um filmão de uma heroína fodona para inspirar as garotas. Recomendo bastante.
E você, quer assistir Capitã Marvel? Já assistiu e discorda do que eu falei?
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Um abraço.
E tchau.



Vulto

Desprezível.

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