Creepshow (1982) – filme velho review
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de voltar coma a minha série estupidamente inconstante de resenhas de filmes velhos. A ideia era ter sempre uns filmes velhos porque tem muitos clássicos que eu tenho que assistir. Mas não tenho tempo, então assisto pouco. Mas não estou aqui para ficar dando desculpas, estou aqui para falar de Creepshow.
Creepshow:
Creepshow é um filme de terror de 1982, que é uma antologia com várias historinhas amarradas em uma história principal.
A história começa com um garoto que lê uma revista de terror e vê um demônio/fantasma/espirito na janela. O pai dele briga com ele e joga a revistinha Creepshow no lixo. Então o vento vai passando as páginas da revista enquanto vemos os seguimentos, que são pequenos curtas de terror. No fim tem a conclusão da história do guri amaldiçoado.
Vou falar das histórias internas, depois falo do garotinho, que é interpretado pelo jovem Joe Hill, filho do Stephen King, de quem são os roteiros.
Dia dos Pais:
Essa primeira história se passa em uma reunião familiar no dia dos pais. A família rica esnobe fica ali trocando ideia e esperando a tia doida chegar. A tia sempre aparece nesse ia, porque ela matou o próprio pai no dia dos pais. Enquanto ela conversa com o morto perto da lápide, o velho (que já era chato enquanto vivo) volta e começa a matar todo mundo. É uma história de zumbi com um drama familiar de background.
Esse segmento tem o Ed Harris novinho.
The Lonesome Death of Jordy Verrill:
Jordy Verrill é um caipira perdedor que nunca fez nada certo na vida. Um dia um meteoro cai na sua propriedade e ele começa a achar que vai ficar rico. Ele toca no meteoro, queima a mão, então decide jogar água no meteoro, que acaba quebrando. Durante a noite, musgo começa a crescer em suas queimaduras e em sua língua (porque ele ficava chupando o dedo). Plantas alienígenas começam a crescer sobre tudo que ele toca, inclusive pelo próprio corpo de Verrill. Até que a situação fica insustentável.
O Jordy Verrill é interpretado pelo próprio Stephen King.
Something to Tide you Over:
Nessa história temos um cara muito psicopata que foi traído. Então ele resolve matar tanto a esposa quanto o amante de uma forma muito brutal. Ele enterra o cara na praia, só com a cabeça para fora, esperando que a maré suba. Para o cara ele ainda coloca uma tv, para que ele possa ver a mulher morrendo afogada. Depois disso, esse assassino começa a ser assombrado pelos mortos afogados.
O assassino é o Leslie Nielsen, acredite se quiser.
The Crate:
Essa história se passa em uma universidade, onde um zelador encontra uma caixa vinda do Ártico em 1834. Enquanto isso vemos uma festa dos professores e um dos professores tem uma esposa que é uma bêbada mandona bem escrota. Acontece que na caixa tem um monstro que segue vivo e perigoso desde sempre. Então um dos professores vai tentar resolver a parada, mas outro deles vai tentar usar o monstro para cumprir seus objetivos.
They’re creeping up on you:
Essa história se passa toda em um quarto branco. O personagem é um cara ricaço que tem mania de limpeza e odeia insetos. Ele fica falando com outras pessoas pelo telefone e isso deixa bem claro que ele é um escroto. Ele comprou a empresa de um cara que se matou (acho que é isso, não lembro exatamente), fica cobrando um funcionário que saiu de férias, xinga todo mundo e tudo. Enquanto isso aparece uma barata e ele fica pedindo um serviço de dedetização que atenda durante a noite.
O drama é, de alguma forma insetos estão entrando no apartamento dele que deveria ser hermeticamente fechado. Então acontece um apagão e, é claro (você mesmo já deduziu) que começam a aparecer muitas baratas.
Contexto de Creepshow:
O filme trata como se cada uma dessas histórias fosse uma das histórias do quadrinho que o guri estava lendo e que o pai jogou fora. Então o filme tem alguns elementos de quadrinhos, em especial as transições entre um segmento e outro.
Então funciona assim: a cena final do segmento se transforma em uma cena de quadrinho, mostram-se páginas do quadrinho passando, chega na próxima história e o visual de quadrinhos vira uma a primeira cena do segmento seguinte.
Eu estou explicando isso porque, entre as histórias (no quadrinho) tem outras páginas com sessão de cartas, anúncios e várias paradas.
O final da história principal:
Os lixeiros encontram a revista (um deles é o Tom Savini) no lixo. Volta para a família anos 80 do começo do filme e temos uma cena do papai e mamãe comendo à mesa. Então o pai começa a passar mal e vemos que o guri está com um boneco vodu, espetando e matando o pai.
Acontece que esse boneco vodu estava à venda na revista. Ele aparece entre os segmentos 2 e 3. E também aparece no final, quando as pessoas do carro do lixo encontram a revista.
Então o filme termina com um elemento que tinha sido inserido no interlúdio entre duas histórias. É bem legal. E fim.
O que eu achei de Creepshow?
Esse filme é um clássico do horror e u já tinha ouvido falar muito dele. Finalmente assisti. Os efeitos, especialmente do monstro na caixa, são meio tosquinhos porque estamos falando de anos 80. Mas temos que lembrar que é tudo maquiagem e efeito prático, já que na época não tinha CGI nem nada do tipo. E a direção é do George Romero, que é um monstro sagrado do terror.
Agora, as histórias são muito boas. A do Verrill é meio boba, mas tem uma parada pesada no final. A cena das baratas é bem sinistra (até porque eu já tive um pesadelo com infestação de baratas). Além disso tem a história da caixa, que tem umas reviravoltas e um setup genial.
A primeira história é bem galhofa, mas funciona. E tem a cena do Leslie Nielsen fazendo um assassino, o que é muito inesperado. A cena é boa também.
O filme acaba sendo longo, porque tem muita história, mas você pode parar e ir assistindo os segmentos como se fosse uma série. Ou assiste tudo de uma vez também. Duas horas não é tanto tempo sim.
Mas em resumo: baita filme, um clássico, recomendo demais.
Então é isso, Creepshow é um clássico. Curti.
Mas e você, o que acha? Já assistiu? Ficou com vontade?
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Um abraço.
E tchau.
Esse era um dos meus filmes favoritos na adolescência. Gosto muito do esquema de antologia. Hitsórias curtas evitam barriga na trama.
Vale lembrar que teve duas continuações: uma em 1987, boa, e outra em 2006, não tão boa. Além disso rendeu uma série recentemente, que já conta com duas temporadas.