Desencanto, 2º temporada – resenha sem spoiler

Salve, salve, seres humanos, elfos e demônios da terra.
Estreou esses dias, a segunda temporada de Desencanto, aquele desenho animado do Matt Groening (Simpsons, Futurama) na idade média com alta magia. Eu fui correndo assistir e agora vou dar meus pitacos sobre. Vamos lá.

IMPORTANTE! Esse post não terá spoilers dos grandes acontecimentos da 2º temporada (especialmente os acontecimentos dos últimos episódios), mas estou considerando que você já viu a primeira temporada. Então terão spoilers da primeira temporada.

Desencanto, segunda temporada – resenha sem spoiler

A segunda temporada começa diretamente depois do fim da primeira, sem salto temporal. Quase toda a população de Dreamland está transformado em pedra e Elfo está morto. Enquanto isso Bean e sua mãe seguem de barco para Maru, junto com Oona agarrada no casco do navio e Luci preso em um pote.

Logo descobrimos que os feiticeiros que observavam Bean na primeira temporada, são na verdade tios dela e reis do reino de Maru. Eles passam um tempo em Maru, mas coisas acontecem e o grupo acaba fugindo de lá e vão… para o inferno.

Vou resumir um pouco alguns acontecimentos dos primeiros episódios, mas sem explicar como acontece: As coisas entre Bean e a mãe não vão bem, eles fogem indo para o inferno para encontrar Elfo que, na verdade está no paraíso. Eles se encontram no inferno e conseguem fugir ressuscitando elfo e finalmente voltam para Dreamland. Eles conseguem dar um jeito de resolver a situação do povo transformado em pedra e os elfos da floresta secreta acabam se mudando para o subúrbio de Dreamland.

Crítica social foda?

Uma coisa legal dessa temporada é essa virada que coloca os elfos vivendo como cidadãos de segunda classe em Dreamland. O rolê em Maru e no inferno é muito místico, mas a crítica social legal mesmo começa com os elfos em Dreamland.

Mais para o fim da temporada, começa uma disputa de poder clássica (bem Game of Thrones) em Dreamland e o populacho começa a ser manipulado para concordar com certos poderosos. É tudo feito de um jeito bem esculachado, mas retrata muito bem nossa realidade atual onde os choques de narrativa e mentiras bizarras formam a visão de mundo de quem não tem acesso à informação.

E é claro, se você achou a virada final da primeira temporada incrível, essa acaba de forma ainda mais surpreendente. Não vou falar como acaba, é claro, mas é bem legal.

O que eu achei da segunda temporada de Desencanto?

Essa temporada é muito boa, mas ainda tem alguns problemas de ritmo em alguns episódios. A série carrega alguns mistérios que te prendem até as grandes viradas dos finais de temporada, mas as vezes algumas grandes partes de mistério acabam não entregando as piadas. Isso é um problema, levando em conta que a série se define como uma comédia.

Têm piadas maravilhosas, mas tem períodos muito longos sem boas piadas.

A coisa mais legal (na verdade é triste, mas eu acho divertido) da série como um todo, em especial na segunda temporada, é a simplicidade com que a morte é tratada. Personagens morrem, são torturados e assassinados sem nenhuma cerimônia. Dreamland é uma monarquia e seu rei é um louco assassino, assim como seus nobres. A morte de quem desagrada o rei é tratada com uma simplicidade cômica. Vacilou com um rei, perdeu a cabeça no quadro seguinte. Simples assim. Mas não é só isso, tem outras mortes repentinas e surpreendentes também.

A Bean vem tendo um crescimento interessante, assim como as relações entre ela e os coadjuvantes mais próximos.

Outra coisa bacana é o crescimento do mundo. Nessa temporada conhecemos o céu, o inferno, o estranho reino Maru, piratas, sereias, ogros, trolls e até mesmo um reino Steampunk. Cada vez mais, o mundo de Desencanto fica mais interessante.

Em resumo:

A segunda temporada é mais madura agora que os personagens já estão bem estabelecidos. Agora as coisas começaram a ficar realmente estranhas e bizarras do jeito que eu gosto.

Então é isso. Adorei essa segunda temporada de Desencanto.
E você, já assistiu? Viu a primeira e estava na dúvida? Ficou com vontade?
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Um abraço.
E tchau.