Doce família – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de um filme que tinha tudo para ser bobinho, mas se mostrou uma bomba de sentimentos. Então vamos nessa com Doce Família.
Doce Família é um filme de 2022 e é um remake de um filme mexicano-chilena de 2019 chamado Dulce Familia. Não vi o original, então não vou comparar, vou falar só do filme nacional mesmo.
Doce Família conta a história de Tamara, uma doceira de sucesso que está prestes a se casar. Ela é uma mulher gorda e está de bem com isso, mas ela tem o sonho de criança de se casar com o vestido que sua mãe se casou. A mãe casou grávida e ela acha que dá, mas vai descobrir que não dá. Então ela vai tentar emagrecer para caber no vestido, mas não para ser magrinha fitness padrãozinha.
O lance é que a mãe dela é a dona de uma empresa/seita de emagrecimento maluco que usa tortura táticas horrorosas como: passar fome, tomar uns remédio doido, humilhação dos pacientes/acólitos. E as duas vivem batendo de frente por causa disso. Tamara tem duas irmãs: uma é a padrãozinho que segue os passos da mãe. E a outra é magrinha também, mas é meio problemática em uma luta constante com o peso e tentando empurrar dietas para a filha, que também é gordinha.
Daí o filme segue, a Tamara fica reticente, mas aceita entrar na dieta maluca, arrisca o próprio casamento (que ia muito bem e estava tudo certo), mas, principalmente, afeta a própria saúde. É isso que essas dietas malucas fazem.
E eu não vou contar como acaba depois disso, porque o filme é bom e eu quero que você assista.
O que eu achei de Doce Família?
Eu fui ver esperando uma comédia romântica, mas acabei recebendo um drama familiar. A relação da Tamra com o noivo/marido é boa e não tem grandes problemas. Não tem reviravoltas no amor deles, que está muito bem, obrigado. Também não é um filme da Tamara contra o próprio corpo, porque ela diz em vários momentos que ela se ama, que ela está bem, que a saúde dela é boa inclusive.
Então o filme é um drama dela com a mãe e com o tal vestido, que também revela uma questão com a mãe e com essa pira de magreza dela.
O grande lance desse filme é o tom e o cuidado com o tema. A protagonista é uma mulher gorda, mas não cai em esteriótipos da mulher gorda (apesar do tema do filme ser, porque ela vai tentar fazer dieta). A saúde dela está boa. Ela é a única das irmãs que “arrumou marido” (não que isso seja grande coisa, mas na cultura popular, a gordinha vai ficar para titia). Ela está feliz e se acha linda. Tem uma piada do pai achar que a irmã padrãozinho é a noiva, mas isso não se estende para o resto do filme.
Gordofobia sem caricatura:
O filme é perfeito em falar sobre gordofobia sem fazer uma caricatura. E o mais interessante é que as pessoas piradas na magreza (não só magras) são doente de fato. Tem uma cena onde duas mulheres muito magras estão conversando (na clínica/seita da mãe) e elas estão tipo “olha meu barrigão, como eu to inchada”, e isso é claramente transtorno alimentar. Gente que tem uma visão distorcida e doente de si mesmas.
Na real ele é bem caricato quanto a esses gurus de emagrecimento. Não com as pessoas gordas.
A família também não cai num esteriótipo de família ruim. Eles tem as desavenças, mas ainda se gostam, o que mostra que um ambiente pode ser pesado e adoecedor mesmo que todo mundo só “queira ajudar” e tal. A mãe quer que a filha desista do vestido para ela não se machucar, já que ela está feliz (mesmo que elas não concordem). Mas daí ela insiste e vem a coisa da dieta.
Tem a sobrinha militante que é muito fofinha. E a mãe é um primor de personagem, com muitas camadas e super complexa. Eu não vou falar o que é, porque é bem no final, mas tem uma cena dela que é pesadíssima, capaz de emocionar os corações mais peludos. E a Maria Padilha está perfeita no papel. A Mariana Xavier, quem faz a Tamara, também está perfeita.
E para fechar os pontos positivos, tem uma cena de paixão e pegação maravilhosa da Tamara com o Marido. Bem sexy sem nenhum tipo de fetiche. Ela está linda e maravilhosa. A cena é genial. Já falei sexy?
Um único Ponto Fraco:
O ponto fraco é que o filme demora um pouquinho para engrenar. No começo ainda não entraram os elementos de drama mais interessantes e a comédia demora para funcionar. As primeiras piadinhas do filme são fracas e demora uns minutinhos para graça funcionar. Mas depois engrena e o final é bom demais. Resista porque melhora.
Então em resumo. Filmaço. Recomendo demais. Está na Netflix Adorei assistir com minha gatinha. Obrigado, meu bem por me fazer ver essa belezinha.
Então é isso. Filmão. Assiste lá. Está na Netflix, eu sei que você paga, ou pega “emprestado”.
Mas e você? Já fez uma dieta maluca?
Deixe sua opinião aqui na área de comentários.
Curta a fanpage, siga no twitter e no instagram.
Compartilhe esse post.
Um abraço.
E tchau.
Obrigada, meu amor, por ter topado assistir comigo. Eu tava com vontade só pelo protagonismo da Mari Xavier, mas não imaginava que seria um filme tão importante, bonito e que me faria chorar tanto. Te amo!