Dois (Dos), filme espanhol – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de um filme curioso. Então vamos nessa falar de Dois.

Dois (Dos) é um filme espanhol que está na Netflix. O filme é um suspense e eu tive que ver sozinho porque ele tem alguns elementos de gore que enojou quem estava comigo. Finalmente vi e vamos nessa.

Ah sim, eu vou contar tudo do filme para você saber do que se trata sem ter que assistir ao film.

Dois – resenha com spoilers:

O filme tem uma sinopse muito simples. Um homem e uma mulher, David e Sara, acordam em uma cama. Eles não se conhecem e logo descobrem que estão costurados pela barriguinha. Ela tenta sair de perto, mas se mover causa muita dor. Eles estão em um quarto todo fechado.

Então o filme segue com esse mistério, quem diabos fez isso com eles? Então eles começam a tentar se mexer juntos para chegar em um telefone que está ali na sala. O telefone está mudo. Enquanto isso eles vão conversando para tentar entender se eles têm algo em comum. Aparentemente nada.

Então eles ficam por ali, precisam ir ao banheiro,vão conversando mais, ela ri dele mijando sentado. Aí vem uma parada curiosa.

Durante o filme inteiro, têm momentos onde as luzes se apagam e coisas mudam no quarto. O captor, que é um ninja do caralho, coloca coisas para eles usarem. Um remédio para dor, comida e tal.

Depois o telefone volta a funcionar, mas não disca. Apenas o número 2 não está travado. E quando ela aperta, toca uma ópera. Então a mulher, Sara, descobre que trata-se do marido dela. E é aí que vem o marido dela.

O Marido doido pelo número dois:

O Marido dela é filósofo, ou algo do tipo, tanto faz, e ele pesquisa o número 2. Ele adora o número e as dualidades que ele representa: Yin e Yang, os dois hemisférios do cérebro, bem e mal, etc e tal. Ela percebe que tudo que tem no quarto tem dois. Então só pode ser ele.

Então o filme segue com os dois se gostando e brigando, porque David esconde coisas e precisa ir revelando aos poucos. Ele é puto e já se envolveu com uns crimes aí. E ele aceitou uma grana para dormir com uma mulher casada, isso antes de ser apagado.

Então o filme todo indica que é o marido dela, doido pelo número 2 e ciumento do caralho. Mas porque ele? E quem é a mulher que aparece em uma foto que eles encontraram?

Durante o filme todo eles vão se aproximando (metaforicamente, porque fisicamente eles já estão juntos o tempo todo) e, apesar da dor e do medo de morrer, eles conseguem achar tempo para um romance (é sério,eu não estou inventando isso). E é aí que vem a virada do filme.

Sexo costurado. Gostoso demais:

David e Rita se beijam mais uma vez e a luz apaga. Daí eles deduzem que o marido não quer que eles se beijem porque a luz apagou da outra vez também. Então eles se beijam mais e TRANSAM, mesmo estando costurados pela barriga, sentindo dor e sangrando. Eles param para fazer um coito-sexo.

E isso dá certo. O sequestrador doideira aparece e é derrubado e desmaiado com um chute deitado e patético. Então eles saem, porque a porta está aberta. E eles se veem em um complexo cativeiro cheio de matérias de jornal nas paredes.

O cara não é só doido pelo número 2 (e tem um 2 tatuado na nuca), mas também é maluco por gêmeos siameses. E daí eles vêm a matéria do caso raro de gêmeos siameses com sexos diferentes. E são eles. A grande reviravolta é que eles são irmãos gêmeos siameses que foram separados e o cara maluco quer unir eles de novo. Ah sim, eles transaram sendo irmãos.

É um cara disfarçado de meu marido, PORQUÊ?!

Então tem uma segunda reviravolta, porque o cara também não é o marido dela. É o pai deles que por algum motivo doido está disfarçado de marido dela. O marido dela está morto e isso é muito mal explicado.

Daí rola uma briga, um tiroteio. O vilão acaba morto, mas David acaba baleado na perna. Então eles decidem se separar para ela poder buscar ajuda. Finalmente eles se separaram e ela sai atrás de ajuda, mas descobre que eles estão em uma casa no meio do nada nevado.

Sara anda um pedaço e começa a morrer na neve. Enquanto isso, David começa a morrer dentro da casa ainda e aparece uma meia lua preta em volta dele, formando um yin-yang super brega em volta deles. E o filme acaba com os dois morrendo.

Fim.

O que eu achei de Dois?

Esse filme é um horror. Não por causa do sangue nem nada disso. Ele é um horror porque é doloroso de ruim.

A premissa é tensa. Imagine, você acorda, dopado, sedado, em uma cama, costurado com alguém. O ambiente é desconhecido, a pessoa também. Quem fez isso é muito habilidoso, muito maluco e está por perto. Imagina a tensão. O que eu esperava desse filme era uma tensão parecida com o final de O Silêncio dos Inocentes, algo assim.

Mas daí não, o filme vira uma gincana com reality show: “Vocês estão presos e precisam ir no banheiro, como vão fazer? Enquanto isso conversem sobre suas vidas”. A cena do banheiro só falta tocar a música dos trapalhões.

Daí vem a morte horrível, porque no meio desse cenário, os personagens começam a se apaixonar e eles transam ainda. É muito ruim isso.

Lionman, uma dádiva dos Ninjas:

Tem outra coisa que eu odeio em filmes que é o vilão incrivelmente habilidoso em tudo (Jogos Mortais, estou olhando para você). Sequestro, venenos, cirurgia, telecomunicações, logística. Além de tudo o desgraçado é ninja, porque ele consegue apagar a luz, entrar e deixar coisas sem ninguém o ouça se movendo. Daí no final ele toma um chutinho e cai todo torto.

Acho que no final a ideia é que fosse o pai mesmo, mas ele teria se passado por marido dela? Então acharam errado que a Sara ficasse transando com o pai (esqueceram desse detalhe), então fizeram a gambiarra de matar o marido e dizer: “olha, ele está disfarçado de meu marido”. Nada faz sentido.

E o final é brega para caramba. Não precisava do Yin-Yang. Não encaixa com tema e a simbologia está toda errada.

Muito ruim o filme. Não recomendo. Por isso que eu contei tudo. Passe longe.

A única coisa é que só tem 1h:10 de flime. Então não sofri tanto.

Então é isso aí. Filme terrível. Achei uma merda.
Mas e você o que acha? Já foi costurado com alguém?
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Um abraço.
E tchau.