Double King – curta de animação bizarro

Salve, salve, seres humanos, reis e deuses de um mundo estranho.
Hoje é dia de curta metragem e eu nem precisei me esforçar para encontrar o material. Double King já estava na minha mente desde a última vez que eu o vi. Então vamos com Double King!

Double King é um curta do Felix Colgrave, um louquinho que já tinha aparecido aqui com o Flying Bamboo, que não é tão maluco, mas tem um traço parecido.

Double King é a história de um rei louco viciado em obter cada vez coroas. Quanto mais poder melhor. E assim segue, indo até as consequências mais extremas. O curta tem um fluxo estranho e um monte de simbologias bizarras, mas isso eu comento depois.

Assista aí ao Double King:

Por onde começar a falar dessa bomba psicotrópica? Primeiro eu preciso dizer que eu adorei, mas não é só isso.

O mais legal é que essa história consegue ser uma história sobre religião, mitologia, vício, imperialismo, tudo ao mesmo tempo.

O vício do rei pelas coroas (não pelo poder, mas pelo símbolo) é o que move a história, mas as referências mitológicas e religiosas são sensacionais. A serpente gigante, que é claramente a Jormungandr. O rei peixe que parece ser a baleia que engole um cara lá na bíblia. E o rei dos mortos que pode ser um Hades, ou qualquer deus similar.

Além disso tem o ciclo da coroa do céu, que aparece na cabeça de um bode na montanha, cai para criar o rei nuvem, que chove para criar o rei abóbora, que apodrece criando o rei mosca. É muito maneiro.

Símbolos:

Será que esse rei louco representa a humanidade? Ele exerce a sua força e loucura através de suas mãos grandes e poderosas (habilidosas também). E ele tem uma capacidade de construir mecanismos quando precisa, mas não liga muito para eles também. Além disso, a maioria dos outros reinos são de animais e plantas conhecidos, mas o “protagonista” não é nenhum animal nem planta. Foi o que eu pensei agora.

Além disso, a trilha é sensacional. Se quiser ouvir tudo, o Felix Colgrave fez uma playlist com as músicas estendidas no bandcamp. Clique aqui.

Outra coisa interessante que, pode passar batido é um momento onde ele está caindo no mar, ele passa perto de um buraco com criaturas iguais a ele. Isso pode mostrar de onde ele vem na real. Digo isso porque durante toda a história, vemos ele tomando reinos, mas nunca ficando nos reinos para exercer o poder. Por isso que eu digo que ele é viciado no símbolo (as coroas) e não no poder em si. Ele não quer reinar, só quer a coroa.

Outra parada massa é a estrutura do mundo, que é bem diferentona.

Então é isso, um curta muito maneiro e muito esquisitão. Eu adorei.
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Um abraço.
E tchau.