Encanto (2021) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de um filme da Disney que já saiu tem um tempão, mas que eu não tinha visto ainda. Mas felizmente assisti e agora vou dar meus 5 centavos sobre Encanto.

Encanto:

Encanto

Encanto é um filme da Disney de 2021 inspirado em cultura Colombiana. O filme conta a história da família Madrigal, uma família com poderes mágicos diversos. Tem uma menina que cria flores, uma mulher super forte, um transmorfo, uma prima com super audição, o Bruno, do qual não falamos e a nossa protagonista Mirabel, que não tem poder nenhum.

Por incrível que pareça, o filme não é sobre a Mirabel sendo triste e melancólica por não ter poderes. Ela ama a família dela. Porém, está chegando o momento do irmãozinho menor ganhar os poderes e todo mundo está com medo que ele também seja “rejeitado pela porta” como a Mirabel foi. E aí temos a avó da família, que não tem poderes, mas ela é a líder da família, aquela quem trouxe o milagre e a todos lidera. A família é meio que responsável pelo bem estar de todo o povo de sua cidade e a avó quer que tudo seja perfeito sempre. E isso coloca ela em rota de colisão com a Mirabel, que é meio que um fracasso, já que ela não ganhou poderes.

Depois que o menino ganha seus poderes, Mirabel começa a ver a casa (que é mágica) se quebrando, como se algo estivesse atacando a magia. Então ela começa a investigar e vai atrás de Bruno, o irmão renegado que tem poderes de prever o futuro e foi excluído por isso.

Spoiler:

No fim das contas, ela descobre que sua irmã super forte se sente sobrecarregada. Sua irmã perfeititnha das rosas, não quer se casar e ser a princesinha que sua avó quer. Descobre que o Bruno foi embora porque as pessoas não gostavam dele e de suas visões. E que, na verdade, o perfeccionismo crítico da avó está destruindo a família.

A magia acaba. Mirabel vê pelo que a avó passou e entende porque ela é tão cuidadosa/criteriosa/mandona/severa, mas a Avó entende que está pegando pesado demais e se desculpa.

As pessoas comuns da cidade ajudam a reconstruir a casa e a magia volta. Mirabel continua sem poderes, mas com muito mais respeito.

Encanto

O que eu achei de Encanto?

Esse filme é lindo, com música maravilhosas e tem uma narrativa incrivelmente elegante. Deixa eu falar das música logo. Qualquer filme com elementos de cultura latino-americana tem músicas melhores que filmes full-branco. Feliz de ser latino.

A arte, a animação e a fluidez da movimentação é perfeita. Tudo lindíssimo. Especialmente a movimentação da casa mágica e as roupas. A roupinha da Mirabel é a coisa mais linda do mundo, cheia de borboletinhas e florzinhas. Coisa mais linda.

Agora sobre a mensagem em si. Tem a parte óbvia, que é a parte sobre a importância da empatia, de pedir desculpas e de entender o ponto de vista do outro. É muito bom.

Mas, a meu ver, tem uma outra camada que é sobre uma busca pela perfeição. Quando se busca a perfeição, não há nada a se esperar além do fracasso, dado que a perfeição é inalcançável por definição. Na camada mais rasa, vemos a Mirabel e o Bruno, que são outsiders claros, sofrendo com a severidade da avó. Porém, mesmo quem está mais perto da perfeição, também vai sofrer com esse esquema, porque não tem como chegar lá. Você nunca vai chegar lá e quando o alvo óbvio das crítica não estiver por perto, você também vai tomar. Nem Isabela nem Luisa estão felizes consigo mesmas, mesmo sendo as perfeitinhas, do ponto de vista da Mirabel.

Mas pera lá:

E aí a gente pode cair num erro de bater na avó, que parece a grande vilã do filme, dado essa severidade brutalizante dela. Mas aí que vem a elegância desse roteiro. Porque no final a Mirabel vê um pouco da história da avó, que criou aquela cidade do nada, depois de perder o marido e criando três filhos. Ela precisava ser mais rígida, mais pragmática, mais crítica com tudo e todos. Tempos difíceis exigem líderes rígidos, mas essa rigidez não pode durar para sempre. E é aí que entra a Mirabel, como alguém para trazer uma leveza em tempos menos sombrios.

Minha gatinha, que assistiu comigo (ela já tinha visto), trouxe uma visão interessante. Que a Mirabel tem o papel de líder da próxima geração. A avó era a líder, mas ela também não tinha poderes. E a Mirabel passa a ser essa nova líder sem poderes. Gosto dessa visão também.

Encanto

Então é isso. Filmaço. Deveria ter assistido antes. Recomendo demais.
Mas e você? Qual seria seu poder na família Madrigal?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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