Era uma Vez um Gênio (2022) – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de um filme muito doido que uma grande amiga me indicou. Eu fiquei com pé atrás, porque o anterior que ela me indicou foi um horror cósmico. Mas assisti e é bom. Então vamos nessa com Era uma Vez um Gênio.
Era uma Vez um Gênio (Three Thousand Years Longing) é um filme de 2022 com Tilda Swinton e Idris Elba. Com isso você já tem o dever de querer assistir. Então pode parar de ler por aqui. Compartilhe esse post e vá lá assistir.
Era uma Vez um Gênio:
O filme conta a história de uma mulher que ama histórias, interpretada pela Tilda Swinton. Ela é doutora/palestrante/fodona e fala sobre histórias e mitologia comparada e como todas as narrativas estão ligadas de alguma forma e tal. Ela está tendo umas visões malucas com alguns fantasmas e tal, mas isso é bem esquecível. Então ela encontra uma garrafa toda tortinha numa loja de presentes e nessa garrafa tem um gênio, como o título do filme (em português pelo menos) sugere.
O gênio (Idris Elba) e precisa que ela faça três desejos para ele ser livre. Acontece que ela não deseja nada, além de ser especialista em histórias e sabe dos perigos dos desejos. E ela está mais interessada na história do gênio e é aí que ele vai contar sua história de mais de 3000 anos (que justifica o nome original do filme).
Não vou contar a história exatamente, mas ele era parente da Rainha de Sabá. Foi preso em uma garrafa um mago que a cortejava. E desde então ele tem que realizar os desejos e tal. Mas, acontece que a garrafa é encontrada por gente maluca que se apaixona e faz merda e acaba sendo morta antes de fazer o último. E são algumas histórias com pessoas diferentes em épocas diferentes, todas muito intererssantes.
Enquanto conta, ele vai tentando convencer a mulher a fazer os pedidos só para ele poder sair fora tranquilão. Mas ela não quer nada. Ou quase nada. Não vou contar como acaba.
Assista lá. Está no Prime Video.
O que eu achei de Era uma Vez um Gênio?
O filme é bom. A história do gênio é interessante, os dois atores principais estão muito bem nos papéis (os atores no geral) e a narrativa funciona bem. O filme é bom mesmo, recomendo, mas tenho coisas para falar mal.
A coisa mais interessante do filme é que é um filme de gênio que não foca nos desejos de quem encontra o gênio. Na verdade o filme inteiro é sobre o drama da vida do gênio e sua eterna vontade de “ow, me libera aí tio, deixa eu ir para casa”. Isso é muito interessante.
Em algum momento a Tilda faz um desejo e isso faz com que ele fique ainda mais tempo no nosso mundo. E quando ela perce que isso é ruim, ela tem uma das falas mais interessantes sobre o amor que eu já vi no cinema. É muito boa mesmo.
Gordofobia:
Agora a parte ruim. O filme tem um momento brutalmente gordofóbico. É uma piada de gordo que é um elemento de roteiro, além de todo um contexto onde os únicos personagens gordos do filme são tratados como fetiches bizarros. É pela metade do filme que isso acontece (já te conto) e isso quase me fez desistir do filme.
Deixa eu te contar. Tem um rei e esse rei tem um irmão com deficiência intelectual. Ele é gordo-bobo, não faz nada além de ficar trancado num quarto com várias concubinas. Ele gosta de mulheres gordas e isso é um fetiche (só pode ser, porque achar de mulheres gordas bonitas não é normal na cabeça de quem escreveu isso). Quando o rei fica maluco, assassinam ele, colocam o irmão bobo no poder e quem governa são as concubinas (isso é legal).
Acontece que a garrafa do gênio está embaixo de um piso falso nos banheiros do reino. E agora que as concubinas fetichosas do novo-rei-gordo-bobo se banham nesse banheiro. Aí uma delas encontra a garrafa. Você consegue adivinhar como ela encontra a garrafa? Uma personagem gorda e um piso falso.
Sim, ela cai e QUEBRA O CHÃO COM A BUNDA! O roteirista teve a petulância de escrever isso num roteiro sério. Só faltou tocar a música dos trapalhões na cena. É patético. Ou você acha que eu estou exagerando?
Eu quase desisti por essa cena.
Voltando:
O resto da história é interessante. Ainda dá para assistir. Mas essa cena é ruim demais. Ainda recomendo, mas prepare-se para esse trecho de merda.
Se eu não recomendasse eu contaria o final.
Lembrei de outra coisa ruim também (estou repensando se eu gostei desse filme haha). A Rainha de Sabá é tão bonita e poderosa, mas acaba se rendendo a um mago palha para cacete. Estou pensando agora nos papéis femininos do filme. São mulheres interessantes, mas me parece que os homens (personagens masculinos) do filme são realmente poderosos? Ainda é interessante, mas eu poderia rever para pensar melhor. Mas provavelmente eu não vou rever de novo.
Considere esse post uma resenha interrompida no meio. Sou honesto quanto a isso.
Então é isso. Filme que tinha tudo para ser muito bom, mas é só bonzinho (talvez) porque faltou um gordinho para revisar.
Mas e você? O que pediria para um gênio?
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Um abraço.
E tchau.