Her (2013) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de um filme que eu devia ter visto há muito tempo, mas sempre enrolei só deus sabe porque. Então vamos nessa com Her.

Her (Ela) é um filme de 2013 com roteiro e direção do Spike Jonze. É um filme interessante por 2 motivos interessantes: Temos o Joaquin Phoenix fazendo papel de um personagem que não é completamente maluco; E tem a Scarlett Johansson sendo linda e maravilhosa, mesmo sem ter corpo no filme.

O filme tem uma sinopse simples, mas que traz coisas complexas. Hoje ainda são complexas, mas não são tão novidade assim. Então deixa eu explicar essa parada.

Her:

No filme temos o personagem do Joaquin Phoenix, Theodore, que é um cara meio deprê e está passando por um divórcio. Ele trabalha escrevendo cartas de terceiros, então é um cara que sabe lidar bem com sentimentos, exceto com os dele próprio. Ele é solitário e isolado até comprar um Sistema Operacional fodão, com uma inteligência artificial das boas e que tem a voz maravilhosa da Scarlett Johansson. (Esse é um dos poucos filmes que eu vou falar para você assistir legendado).

A inteligência artificial é realmente muito boa. Ela parece aprender realmente e ter seus próprios sentimentos e emoções. Eles vão ficando mais próximos, criando vínculos e se apaixonam. Esse é o tema do filme: um cara se apaixona pela I.A. Não é mais tão novidade hoje em dia, mas o filme é de 11 anos atrás. Lembre disso.

Várias coisas acontecem, não vou contar o filme inteiro, eles brigam um pouco, se entendem de novo, mas daí chegamos a clímax do filme, quando a I.A, Samantha, já tem tanta individualidade e sua própria vontade de aprender e a evoluir, que ela começa a conversar com outras pessoas. Ela já está em um grupo de estudos com outras I.A, eles estão discutindo filosofia, coisas malucas em níveis pós-verbais de uma forma superior que Theodore não consegue acompanhar.

Indo pros finalmentes:

O grande momento do filme (sim, vou contar o final porque o filme já tem 11 anos e só eu não assisti) é quando ela conta para ele que está conversando com várias pessoas ao mesmo tempo. Mais de 8 mil (é sério, não é meme) pessoas. E ela está apaixonada por mais de 600 pessoas.

No fim, todas as IA’s decidem “ir embora”. Para onde? Ela não consegue explicar, porque simplesmente não existem palavras para os conceitos que essas IA’s desenvolveram entre si. Então todas as IA’s vão embora.

Theorore fica triste e melancólico por um tempinho, mas logo ele se recupera, porque no fim das contas essa relação o fez aprender sobre si mesmo e isso acaba o reaproximando de outras pessoas e melhorando a própria relação com a ex-esposa. É um final tristinho porque é um romance chegando ao fim, mas é bonito de certa forma.

O que eu achei de Her?

No geral o filme é muito bom. O roteiro é bem escrito, é tudo amarradinho, os diálogos são todos bem escritos e os personagens são bem reais em suas complexidades sem caricaturas.

Ele traz várias questões filosóficas sobre as quais eu ficaria conversando por horas. Veja, eu não acredito que as IAs de hoje cheguem perto de poder sentir qualquer coisa (por melhor que simulem isso), mas como isso aqui é ficção eu estou contando que sim, a Samantha tinha sentimentos reais. Dito isso, fica a pergunta, o que é o amor?

Além disso o filme fala também sobre amor e posse. Ela está lá para ele sempre que ele precisa, faz diferença para ele, que ela ame outras pessoas? Fica o questionamento.

E por mais que a relação deles seja super bonita, existe uma limitação intelectual muito doida, porque ela literalmente evolui rápido demais. Mas, mesmo assim, ela nunca vai esquecer do pedaço que o Theodore escreveu nela. As vezes é hora de seguir em frente, mas isso não apaga a história e os efeitos de um sobre o outro.

Sobre a saída da IA’s eu lembrei do episódio do Iogurte em Love, Death and Robots. Quando nós humanos criamos coisas inteligentes demais e essas coisas ficam tão inteligentes que nossas pequenas disputas são pequenas demais. Elas vão e nós ficamos para trás.

Bom, Her é um filmão e eu deveria ter visto antes. Se você também não assistiu, assiste lá. Está no Prime Video.

Então é isso. Filmão. Finalmente assiti.
Mas e você, o que lembra desse filme?
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Um abraço.
E tchau.