Lovecraft Country – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de uma baita série interessante que eu acabei de assistir agorinha, mesmo sendo um pouco mais velha. Então vamos nessa com Lovecraft Country.

Lovecraft Country

H.P Lovecraft, foi um escritor estadunidense do final do século 19, começo do século 20. Ele escreveu vários contos e histórias de weird fiction, ficção científica, terror, horror e fantasia. Ele foi o cara que criou a mitologia do Cthulhu, que hoje chamamos de Horror Cósmico. Essa ideia de que existem super deuses cósmicos tão antigos e poderosos que só de pensar neles, causa loucuras nas pessoas. E mesmo assim, essas pessoas possuem cultistas e havia envolve magias de invocação, criaturas fantásticas que aprecem quando a realidade fica distorcida e várias paradas. Uma característica importante do Lovecraft é que ele era um puta racista e muitos das suas histórias mostram um medo do que vem de fora. Isso vai ser importante para entender a série.

Lovecraft Country:

A série se passa nos anos 50, quando Atticus “Tic” Freeman volta para a sua cidade natal porque seu pai desapareceu. Seu tia e tia escrevem um livro que é um guia seguro de viagem para pessoas negras, lugares onde pessoas pretas podem parar sem ser assassinados só por serem negros. A família inteira lê muito e são muito bons em fazer pesquisa, isso vai ser importante para a galera durante toda a história.

Tic começa a tentar descobrir para onde o pai foi e começa a achar referência a um lugar chamado Ardham (que parece Arkham, uma cidade fictícia do universo do Lovecraft). Ele, o tio e uma amiga chamada Leti, vão até lá, encontram o pai e também uma seita maluca que quer usar o sangue da família para uns rituais malucos. A seita foi criada a muito tempo atrás por um cara chamado Titus, que engravidou uma empregada, ancestral de Tic. Então querem o sangue dele, sequestram o pai para ele vir atrás.

Essa trama parece que acaba no primeiro episódio quando o líder atual da seita morre, mas daí os protagonistas voltam para a casa, mas a filha dos brancos-mágicos vai atrás deles. Tem uma treta entre duas casas de brancos, mas eles estão atrás de um livro chamado Livro dos Nomes e a moça loira quer uma magia para se tornar imortal.

Daí são várias aventuras desvendando mistérios, lidando com espíritos, magia, máquinas do tempo, viagens malucas e muita magia. Vou parar por aqui para não contar tudo.

Lovecraft Country

O que eu achei de Lovecraft Country?

Preciso dizer uma coisa que está na minha cabeça agora que eu acabei de ver o último capítulo: Que episódio final mal dirigido! Tem uns cortes e uns erros muito bestas. Credo.

Agora falando da série como um todo: Muito boa a série! A história é muito maluca, tem magia, tem scy-fi, tem policia sendo arremessado para o espaço. Tem espírito, vampiro, sereia, succubus, tem de tudo.

Porém, o grande lance da série é a questão racial mesmo. NO primeiro episódio é uma porrada, aparecem uns monstros vampiro-toupera-gigante e você fica muito aliviado com isso, porque os monstros são mais fáceis de lidar do que com os policiais racistas que pegaram eles. É sinistro demais. E aí a questão racial segue por toda a série. Tem experimento com negros, escravidão, linchamentos, além das relações de poder.

Um dos temas da série é que os brancos roubaram a magia das pessoas negras (assim como todas as outras coisas) e isso tem muito a ver com o nome da série. O país do Lovecraft é o país do racismo exacerbado, onde brancos (muitos deles ricos) fazem o que quiserem para ter ainda mais poder.

Se você é burro não gosta de política na sua aventurinha, passe longe dessa série. Ela é totalmente racial.

Pulp:

literatura pulp, três exemplos de capas

Uma coisa que me pegou, foi o episódio 4 (eu acho). O primeiro e segundo é a coisa da magia e do sacrifício. Depois tem um ep de casa mal assombrada. Então, do nada, vem um episódio muito de aventura. Eles entram num subsolo, onde tem uma ponte que cai, com armadilhas e porta com senha maluca e tudo o mais. De cara me incomodou um pouco, mas depois eu entendi porque.

O nome, Lovecraft, é muito associado ao horror, mas a série não é uma série de horror/terror. Na verdade é uma série que bebe das aventuras das revistas pulp. São aventureiros que enfrentam magos com sua coragem e força, mas também tem aventuras com ficção científica e masmorras malucas com armadilhas, tudo na mesma revista história. Então não vá assistir esperando só terror. Tem sci-fi e aventura também.

A diferença principal entre a série e as histórias pulp, é que a série é moderna e tem personagens mais complexos. Eles não são perfeitos e sem defeitos como Doc Savage e Flash Gordon, eles são falhos, quebrados e surrados pela vida. E nesse aspecto, o pai é o melhor personagem de longe. O maluco é totalmente quebrado e a gente vai entendendo porque durante a narrativa. E isso é muito bom. O Tic também é quebrado, uma pessoa com muita raiva reprimida. A Leti também carrega muitas dúvidas. E a Ruby tem as questões com a própria identidade.

Concluindo:

Baita série legal! História muito maneira. Bons personagens. E também tem toda a maluquice de sci-fi e fantasia e weird fiction que a gente adora. Assista. Está no HBO Max.

Weird Tales, edição com um conto do Lovecraft

Então é isso. Série fantástica. Adorei.
Mas e você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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