Mary and Max – Uma amizade diferente – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu preciso falar desse filme. É um filme de 2009 do qual eu nunca tinha ouvido falar até que uma linda e maravilhosa senhorita me indicou. Então vamos nessa com Mary and Max.
Mary and Max – Uma amizade diferente é um filme australiano de stop motion, escrito e dirigido por Adam Elliot. O filme tem uma história simples de explicar no plano geral, mas que se torna complexa porque os personagens são complexos.
Mary and Max:
A história é narrada por Mary, uma menininha da Austrália, que se acha esquisita porque nasceu com uma mancha na testa. Ela não tem muitos amigos e é uma menina bem solitária. A mãe tem problema com bebida, o pai morre quando ela ainda é bem jovem. Um dia, ela e a mãe estão nos correios, ela pega um nome e endereço aleatório de uma pessoa de Nova York e decide trocar correspondência com essa pessoa. Isso porque ela ouviu falar que na Austrália, os nenéms vêm em canecas de Chopp e ela quer saber se é assim também em outros países, no caso, na América. Então ela manda uma carta para Max.
Max é um homem adulto e solitário. Ele é um judeu com Síndrome de Asperger, que faz parte do espectro autista. Max é uma pessoa que tem muita dificuldade de entender o mundo à sua volta. Ele é metódico, não gosta muito de rua, além disso ele frequenta um grupo de apoio. É um cara bem esquisitão, mas muito interessante.
Eles trocam cartas por um tempo, então Max tem um problema psicológico e fica um tempo sem responder. Enquanto isso a vida dos dois vai andando. Eles voltam a conversar. Mary fica adulta, decide estudar psicologia para tentar entender Max, publica um livro sobre ele que o deixa puto. Eles param de conversar de novo. Ela fica deprimida por causa disso e as coisas parecem ir de mal a pior.
Eu já dei spoiler demais e não vou contar o fim do filme, mesmo sendo um filme antiguinho. Acho que vale a pena você assistir.
O que eu achei de Mary and Max?
Eu gostei muito desse filme. Antes de qualquer coisa, longa de stop motion já merece um aplausos pelo trabalho desgraçado que dá. Mas esse aqui além de ser stop motion, ele é especialmente bom (Acho que não fazem filme ruim de stop motion porque não vale o esforço).
O filme ele tem dois personagens muito estranhos, diferentões e meio malucos. E eles decidem ser amigos por correspondência. Então o texto que eles trocam é completamente biruta e fora da cazinha. O mundo é meio bizarro e meio depressivo. Nova York é escura e opressora, enquanto a Austrália (não lembro o nome da cidade da Mary) também é meio soturna, só que meio marrom. Ela é uma criança que tem marrom como cor preferida.
O filme apesar de ter momentos lindos e fofos (a mensagem final é mais para fofa também), ele tem um tom opressivo porque os dois personagens não se encaixam muito bem no mundo.
É um filme muito bonito. Muito humano, justamente por tratar de gente quebrada simplesmente tentando ter uma vida boa com uma boa amizade.
Recomendo demais.
Então é isso, filmão, procure por aí para assistir.
Mas e você, se tivesse que escolher um país para trocar correspondência com alguém, qual escolheria?
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Um abraço.
E tchau.