Maya e os 3 guerreiros – resenha sem spoilers

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu vim falar de um desenho maravilhoso que lançou esses dias. Então é bonito e é novidade. Acho que o post vai ser bom. Então vamos lá falar de Maya e os 3 guerreiros.

Maya e os 3 Guerreiros (Maya and the Three) é uma série animada da Netflix. A série é uma produção mexicana-estadunidense, então tem alguns acertos na hora de mostrar a cultura (e a mitologia) meso-americana. É uma animação 3d, bem com cara de modelagem para games. E a série tem 9 episódios.

Mas vamos lá falar da história.

Maya e os 3 guerreiros:

Nesse mundo existem 4 reinos. O reino de Teca, onde Maya é a princesa. A tribo da selva, a tribo dos bárbaros da montanha dourada. E a tribo mágica da Ilha Luna.

A história começa quando Maya faz 15 anos. Ela é uma princesa e sua mãe quer que ela seja uma diplomata, mas ela quer ser uma guerreira como seu pai. Na verdade a mãe também é uma guerreira, mas assumiu esse papel mais ‘real’ quando virou rainha.

Nesse mundo existe uma profecia, de que a grande águia e os três jaguares defenderiam o mundo contra o mal. A águia é seu pai (a tribo Teca é uma tribo que tem a águia como símbolo) e os 3 jaguares são seis irmãos: Escudo, Lança e Adagas.

Durante a celebração dos seus 15 anos, um emissário dos deuses do submundo aparece e diz que o povo de Teca deve entregar Maya para o sacrifício, ou serão destruídos. Então temos a revelação de que Maya é, na verdade, filha de Lady Micte, Deusa da Morte.

Então fica naquele drama, o povo Teca não quer entregar a filha e vão lutar, mas as outras 3 tribos rejeitam, porque não têm nada a ver com isso.

A profecia:

Então o povo Teca fica sozinho para lutar contra os deuses. Eles tentam, mas têm uma perda grave (aqui já estamos no segundo episódio, mais ou menos). Essa perda (vou tentar não dar spoiler), revela uma nova faceta da profecia, que vai colocar Maya em uma jornada.

Basicamente a Maya assume o papel de águia guerreira e vai precisar encontrar os 3 guerreiros para cumprir a profecia. A diferença é que os 3 guerreiros agora são os melhores guerreiros de cada um dos reinos. O Galo Mágico de Ilha Luna, A Caveira Caçadora da tribo da selva e o Puma guerreiro das montanhas douradas.

Então boa metade da série é a jornada de Maya para reunir esses três guerreiros, enfrentando vários deuses malignos e se preparar para a batalha final contra Lord Mictlan, o Deus da Guerra.

Personagens:

Além da Maya, a série tem vários personagens marcantes. Os três guerreiros lendários: Rico, Chimi e Pichu; Os vários deuses malignos que aparecem. As lideranças de cada um dos reinos. Chiapa, o jaguar gigante da tribo Teca. Zats, filho do deus dos morcegos com uma humana. E uma entidade misteriosa da floresta.

Eu não vou comentar muito de cada um, porque a própria forma que eles aparecem são importantes para a resolução da história. O que eu posso dizer é: preste atenção em todo mundo. Todo mundo importa.

Elenco:

No elenco de vozes, temos:

• Zoe Saldana (a Gamora) como Maya;
• Stephanie Beatriz (a Rosa Diaz de Brooklyn 99) como Chimi;
• Alfred Molina (o Dr. Octopus) como o Lord Mictlan, o Deus da Guerra;
• Queen Latifah como Gran Bruja;
• Isabela Mercedes (a Dora Aventureira) como Rainha Viúva;
• e o Danny Trejo (Machete) como Cabrakan, deus dos Terremotos;

O que é Maya e os 3 guerreiros?

A série é uma aventura em um universo de alma fantasia com a temática Maia, como era de se esperar. Tem profecia, tem magia para todo o lado, tem fantasma, tem animais inteligentes. Mas isso não tira o fato de ser uma história de guerreiros corajosos.

Tem muita comédia e tem um tom até infantil em alguns momentos, dá para ver com criança, mas não é uma série covarde. Então pode esperar que tem morte, tem perda e, principalmente, as ações têm consequências.

O que eu achei de Maya e os 3 guerreiros?

Eu adorei a série! Ela é toda legal, mas o final, em especial, é apaixonante! Ele tem alguns clichês de aventura, amizade, “unidos somos mais forte” e “proteger é mais importante do que se vingar”, até porque é uma série para um público jovem (a classificação é 10+). Exatamente por ter um tom mais “bobinho”, a série me pegou de surpresa em alguns momentos. E eu realmente não estava esperando a virada final.

Me pegou de surpresa.

No geral, os personagens são muito interessantes (até os secundários). Os deuses são super estilosos. A ação é muito frenética e muito doideira. E a arte é bonita para caramba.

Eu gosto muito da estética porque é tudo meio “exagerado”. Não tem nenhum tipo de minimalismo. Todo mundo usa um monte de tatuagem e coisas de ouro pinturadas, com os símbolos das tribos e dos deuses para todo lado. Tem pintura nos olhos e tudo que tem direito. A série toda parece um dia dos mortos mexicano permanente. E tem muita caveira.

Uma coisa legal é a representação das personagens femininas. Os povos são guerreiros, então todas são fortes, poderosas e vão para a briga quando precisa. Inclusive esses reinos só funcionam por conta das mulheres mesmo, porque os homens são todos loucos-alucinados.

Concluindo (eu juro):

Em resumo: A série é maravilhosa! Muito divertida. Bem escrita. O ritmo é bom e tem momentos contemplativos, mas sem ficar ensebando. Recomendo demais.

Ah sim! Essa série tem a melhor cena de flechada mentirosa da história do mundo todo. Você vai saber quando acontecer. A Chimi é muito maneira. E olha que eu detesto arqueiros.

Eu não gostei da tradução do nome. Tinha uma pegadinha no nome original, mas ela morreu na tradução. Não posso dizer mais do que isso.

Então é isso! Baita série legal. Porradeira, mas fofa. Recomendo demais. Adorei.
Mas e você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.