Midsommar: O Mal não espera a noite – resenha
Salve, salve seres humanos da terra.
Estreou esses dias o Midsommar, um filme conhecido por “ser do mesmo diretor de Hereditário” (é Ari Aster o nome do cara). Fui lá assistir a essa belezura e trouxe aqui os meus pitacos.
Midsommar – resenha sem spoiler
Midsommar (veio para o Brasil como Midsommar: O Mal não espera a noite) conta a história de uma garota, Dani, que tem uma família problemática e um namorado meio cuzão. Acontece uma parada com a família dela e ela acaba embarcando em uma viagem junto com o namorado e os colegas dele. São 4 caras.
Um dos caras vêm de Harga uma comunidade isolada na Suécia que tem sua própria cultura e práticas rituais, como o festival do solstício de verão, o Midsommar (algo como meio do verão, quando os dias são mais longos). O namorada dela é antropólogo e ainda não sabe qual vai ser sua tese de doutorado. Tem um terceiro cara que estuda solstícios de verão e está indo lá justamente para estudar esse festival e um quarto cara que é só um babaca.
Então esse é o cenário do filme: Dani, o namorado e os amigos vão visitar essa comunidade e participar das festividades lindas e legais de uma comunidade “pagã”. E isso é filme de terror, então é claro que tudo vai dar merda.
A grande proposta do Midsommar é ser um filme de terror que se passa de dia, no claro.
O que eu achei de Midsommar?
Como eu disse, e repito, a ideia do filme é ser um terror que quebra o clichê do medo que existe no escuro. Além disso existe uma facilidade em fazer terror no escuro, por que o escuro esconde os defeitos dos efeitos práticos.
Então Midsommar é isso. O filme tem gore no claro e funciona. Tem tensão em uma festa de dia em um ambiente florido e funciona. E tem pânico e desesperança em uma paisagem linda e maravilhosa e também funciona.
Funciona perfeitamente bem. Do ponto de vista técnico o filme é sensacional. O que é para ser lindo é lindo, o que é para ser terrível é terrível e o que é para ser incômodo é incômodo.
Roteiro:
Meu problema mesmo é com o roteiro. Ele começa bem, com uma virada sinistra logo no comecinho, insere o relacionamento escroto que a Dani tem com o namorado escroto dela, mas desanda logo depois.
Desanda porque o mote do filme é mais ou menos o seguinte (não vou considerar que é spoiler porque dá para descobrir pelo trailer): “Esses pagãos são um bando de loucos assassinos do cacete!”.
É isso. Você é convidado para uma festa com costumes estranhos e fica com um pouco de medo. É preconceito, mas logo você descobre que seu preconceito estava certo, por que pessoas estranhas realmente são do mal. Você realmente deve ter medo dessa cultura diferente, claro. Entende como é preconceituoso?
Então Midsommar foge do clichê do escuro e cai direto no colo do clichê “culto religioso não-cristão do mal. Tenha medo!”.
Tem a coisa do relacionamento abusivo e da Dani tendo que lidar com as tretas da família dela. Isso é legal, mas só segue até a metade do filme. Da metade para lá eles passam a ser controlados pelas “maquinações religiosas do mal” e nada disso importa mais.
Em resumo:
É mais ou menos por aí. Tecnicamente excelente, mas tem um roteiro bem qualquer coisa. Recomendo para quem está interessado na técnica e para quem quer ver um gore bem legal e bem feito. Pela história não recomendo não.
Então é isso, uma experiência interessante em um filme que eu não achei tão bom assim.
E você, já assistiu? Discorda de tudo que eu falei?
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Um abraço.
E tchau.
2 Resultados
[…] O filme é da A24, aquela empresa do Midsommar, Hereditário, A Bruxa e tudo mais.2) O filme é com a deusa Tilda Swinton (Anciã em Doutor […]
[…] já colocou um subtítulo para eles mesmos entenderem sobre o que é o filme. Tipo a gente faz com Midsommar: O Mal não espera a noite, por […]