Mr Robot – resenha da série toda
Salve, salve, seres humanos da terra.
Recentemente saiu a 4º temporada de Mr Robot (no Prime Vídeo) e finalmente eu terminei a série. Eu nunca tinha resenhado nenhuma das temporadas, então resolvi escrever um comentário final sobre a série como um todo. Então vamos lá falar de Mr Robot.
Mr Robot começou em 2015, teve 4 temporadas, mas só terminou no começo de 2020. A série é focada em Elliot Alderson (Rami Malek), um cara que trabalha em uma empresa de segurança, mas também é um super hacker fodão.
No começo da série ele hackeia umas pessoas e entrega para a polícia, mas isso também é um vício da parte dele. Então ele conhece o personagem do Christian Slater, que não tem nome, mas usa uma jaqueta escrita Mr Robot. O Mr Robot traz Elliot para participar de uma coisa chama FSociety.
A FSociety tem um objetivo muito simples: derrubar a maior empresa do mundo a E-Corp, chamada de Evil Corp durante boa parte da série.
A primeira temporada é essa tentativa do grupo hackear a maior empresa do mundo (inclusive com hacks físicos), enquanto Elliot fica lidando com os próprios problemas psicológicos, como, por exemplo, vício em morfina.
Daqui para frente tem spoilers do fim da primeira temporada
No fim da primeira temporada a FSociety consegue derrubar os servidores da ECorp, mas essa não é a grande virada. A virada é que o Mr Robot é o próprio Ellitot. Ele criou a FSociety, montou o time, fez a parada toda e estava vendo coisas. Então ele dá uma pirada.
Enquanto a sociedade se reorganiza Elliot fica afastado por um tempo. A ECorp volta maior do que nunca, conseguindo dar a volta por cima e antigos aliados, o Dark Army, começam a querer usar os hackers para outras coisas.
Daí a segunda temporada já vira mais doideira ainda, com máfia chinesa, tretas governamentais e todo o tipo de maracutaia. Inimigos viram aliados, aliados são apagados e tudo vira uma doideira.
Agora eu vou seguir mais rápido para não ficar descrevendo a série.
Daí para frente a série vira uma história de chantagem. Enquanto a ECorp se reergue, o Dark Army tem seus próprios planos e essas duas forças enormes vão entrando em confronto. Os dois lados querem usar os hackers (o Elliot especificamente) para seus fins. Então os protagonistas ficam tentando escapar da chantagem e não morrer no processo.
A quarta temporada vira uma série de máfia mesmo.
Tudo isso com o Elliot tendo que lidar com os problemas psicológicos que sempre se manifestam de uma forma nova. Ele não é um narrador confiável e, mesmo depois da primeira virada, você sempre fica no escuro, porque nunca sabe o que é real e o que não é.
E chega, não posso falar mais do que isso.
Telas e Hacks em Mr Robot:
A grande coisa da série é que ela realmente tem consultoria de hackers e de profissionais de segurança. Então existe todo um esmero para montar situações que, pelo menos em parte, são realistas. Por isso os hacks são bem interessantes. Tem muito planejamento, muita engenharia social, muito hack físico.
E isso se reflete nas telas. A produção da série não saiu colocando qualquer código em uma tela preta. Existe todo um trabalho de criar situações para que as telas pudessem ser filmadas mostrando coisas que fazem sentido.
Então os personagens usam o Kali, usam o terminal para caramba e usam os comandos certos (em boa parte dos casos até onde meu conhecimento vai). Então se um personagem precisa, sei lá, checar o status de uma rede, ele dá um ifconfig e os logs são logs de rede mesmo. Coisas desse tipo, não vou explicar os hacks aqui, até porque eu sei bem pouco.
O que eu achei de Mr Robot?
Eu adorei essa série, apesar de que foi uma série bem difícil de assistir. Porque acontece muita coisa, a trama é meio complexa e houve muito espaço entre temporadas. Eu tive que rever a primeira e a segunda para ver a terceira. A quarta eu vi na cara dura, mas já não lembrava de um monte de detalhes. Felizmente as recaptulações lembravam exatamente o que precisamos para entender o que está pegando.
No geral, a melhor temporada é a primeira. O hack é mais palpável e é a parada principal, mesmo que a história tenha que parar para aprofundar os personagens. O hack da primeira temporada é muito grande, então depois, como a coisa tem que escalar, algumas soluções ficam muito megalomaníacas. Mas tem um hack físico contra o FBI e isso é muito maneiro.
Plano doido da doideira megalomaníaca do mal:
No fim das contas o problema mesmo é que o plano do Dark Army é idiota. Então eles já são, basicamente, os donos secretos do mundo, então para quê eles precisam maquinar? O que mais eles querem? Aí vira uma doideira de vilão de quadrinho com uma máquina de ficção científica doida do mal. Essas maluquices funcionam em quadrinhos e em séries mais doideira, mas fica meio fora em uma série que tentava ser meio realista.
Então você tem um protagonista com o dilema de “Sou esquizofrênico. E agora?”, enquanto os vilões estão pensando “Universos paralelos. Um mundo melhor.”. Me parece que a coisa não bate. São personagens de histórias diferentes.
A quarta temporada é maravilhosa como estudo de personagem e dos dilemas. Nesse sentido a série funciona muito bem, mas tem esse problema da perda de foco. Eu nem lembro como acaba a história da “Máquina da doideira”, porque no final você só quer saber se o pobre menino dodói da cabeça vai ter pelo menos um dia de paz.
Concluindo:
No computo geral a série é foda e muito acima da média. Isso nas séries em geral, de hacker é a melhor disparado, não tem chance para ninguém.
Então é isso, se você não viu Mr Robot, veja, mesmo com o spoiler (eu avisei, não reclame). Ainda tem outras viradas nas outras temporadas que eu não contei. A série é muito boa mesmo! Recomendo demais.
Então é isso. Finalmente fiz um post de uma das séries que eu mais gostei na atualidade.
Mas e você? Já meteu um hack numa empresa do mal hoje?
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Um abraço.
E tchau.