O Legado de Júpiter – resenha sem spoiler
Salve, salve, super humanos da terra.
Hoje é não é dia de nada específico, mas eu trouxe uma resenha de uma série que está mais ou menos no hype. Na verdade eu esperava ouvir falarem mais dela, mas não sei porque não está rolando. Enfim, hoje eu quero falar de O Legado de Júpiter!
O Legado do Júpiter – resenha sem spoiler
O Legado de Júpiter estreou na Netflix no dia 7 de maio, teve gente que assistiu tudo muito rápido, gostou bastante e já esqueceu logo em seguida. Mas eu não tenho esse tempo todo (e estrearam outras coisas no meio do caminho). A série se baseia na série de hqs de mesmo nome, com os roteiros do Mark Millar. O Millar virou um mestre em escrever quadrinhos bons (mas não fantásticos) do jeito que a indústria gosta de adaptar para filmes e para séries. O conjuntão das obras do cara até ganhou um nome próprio: Millarworld.
A série se passa em um mundo protegidos por heróis de um grupo chamado A União. O grupo é liderado pelo Utópico, que é tipo um Superman, mas ainda mais certinho. Esses super heróis existem desde 1930, então somos jogados em um mundo cheio de história passada.
Drama familiar:
A série foca na família do Utópico. Ele é casado com outra super heroína, Grace. Eles têm dois filhos, Brandon e Chloe, que também têm poderes. Brandon é cobrado para ser como o pai e vive na sombra dele. A Chloe é doidona e renegou seu pai e seu código. É a ovelha negra da família. Tem um tio também, um telepata/telecinético chamado Brainwave (Onda Mental).
O primeiro episódio é um dramalhão familiar, mas tem uma virada final que põe a coisa para andar. No final do episódio reaparece um vilão, o Blackstar, e luta com todo mundo. O vilão mata alguns heróis jovens e sub julgando o Utópico. Então Brandon dá um socão na cara do vilão e mata ele.
Consequências (ainda no primeiro episódio)
Isso gera algumas consequências. Utópico fica puto porque o filho quebrou O Código por matar o vilão. Os vilões começam a querer matar os heróis. Alguns heróis mais jovem começam a repensar essa coisa de não matar.
Além disso, logo se descobre que o Blackstar de verdade estava preso, ou seja, eles estavam enfrentando um vilão falso (mesmo que poderoso). Então tem esse mistério na série, quem seria capaz de criar um vilão falso para bater nos heróis e acabar morto?
Então a série segue nesse drama: “Você não devia ter matado!”, “Pai, você me julga muito” e “Pensando bem a gente devia matar gente mesmo, será?”. E enquanto isso, em todos os episódios, temos cenas no passado (1929, 1930) que vai contar a origem do grupo, mostrando como essa galera ganhou poderes.
E no final tem uma reviravolta, porque tem que ter.
O que eu achei de O Legado de Júpiter?
De forma geral eu gostei da série. Mas eu sou muito besta com coisas de super heróis e gosto de qualquer coisa.
A série tem umas lutas bem legais, tem um drama familiar interessante, mesmo que bem básica. E a história é bem contada, é tudo amarradinho, tem muita coisa para mostrar e a qualquer momento o roteiro pode te mostrar algo legal que aconteceu em algum momento desses quase 100 anos de heroísmo nesse mundo. E os elogios terminam aí.
A série tem elementos muito legais, mas a execução não tem nada demais. A sensação que eu tenho é que eu vou esquecer dela daqui a pouco. Os elementos legais estão lá, mas falta alguma coisa que torne as coisas únicas. Tudo que tem legal já foi feito, só que com personagens relevantes. Heróis jovens querendo abandonar o código e matar vilões? Leia Reino do Amanhã.
A história de origem é brega (e não ajuda em muita coisa), a algumas resoluções são bem preguiçosas. E o final é bem ruim porque é brutalmente óbvio. A primeira pessoa que você pensar que pode ser o vilão é o vilão. Você está certo.
Feijão com arroz?
Mesmo assim, a série é simpática. É tipo um feijão com arroz, feito com personagens que parecem os personagens da DC, mas não têm o copyright.
Pensando bem, acho que essa é a principal diferença e o principal problema da série. Ele tenta forçar a barra para parecer que os personagens são mais importantes do que realmente são. “Veja, essa aliança de 100 anos está em perigo! Se importe muito!”. Mas para mim não significa nada, porque é esses 100 anos foram inventados agora. Não é como se A União fosse tão importante quanto a Liga da Justiça só porque sim.
Uma coisa que eu gosto da série é que ela não tem vergonha de colocar todo mundo de collant colorido. Se ficar ridículo ficou. Mas é legal. E a Grace é linda, meu deus que mulher!
Concluindo:
Em resumo: Não é uma série ruim, pode assistir sem medo. Mas é uma série que força a barra para tentar ser mais épico do que realmente é.
Ah sim, a DC tem um personagem chamado Brainwave (Onda Mental) com os mesmos poderes. É sério.
Então é isso, pode assistir O Legado de Júpiter sem medo, mas não é uma super série não.
Mas e você, já viu?
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Um abraço.
E tchau.
Adorei a resenha, represntou exatamente (salvo raras exceções) o que eu penso. Além do que, a série “pega emprestado” tanta coisa do Reino do Amanhã que me fez torcer o nariz. Mas vá lá, é o Millar. Abração. 8)