O Poço, da Netflix – resenha sem spoiler
Salve, salve, seres humanos da terra.
No finalzinho de Março estreou na Netflix o filme O Poço, (El hoyo no original). Rapidamente o filme virou tema, por ser muito diferente, várias pessoas me indicaram e eu assisti finalmente durante essa semana. Agora vou dar a minha opinião porque é isso que eu faço aqui.
O Poço – resenha sem spoiler
O Poço é um filme espanhol e tem um plot muito interessante que eu defino como “crítica social óbvia”.
O protagonista é o Goreng, um cara do qual não sabemos muito. Então ele acorda nesse lugar, chamado O Poço, que parece uma espécie de prisão vertical. Existem vários níveis (muitos mesmo, mas não se sabe quantos até o fim do filme) e em cada nível ficam 2 pessoas. Elas têm acesso a uma cama, uma pia e um informe, mas a grande questão do filme é a comida.
Como funciona?
As refeições são colocadas em uma plataforma que desce, nível a nível. Então, em cada nível, a dupla tem 2 minutos para comer o que quiser. Então o primeiro nível come o que quiser, o segundo come o que sobrar, o terceiro come o que sobrar do segundo e assim por diante. Obviamente, quando a plataforma chega a níveis muito baixos, a comida já acabou e as pessoas começam a passar fome.
Algumas outras regra: A pessoa não pode tirar comida da plataforma para guardar ou para comer depois. Cada pessoa pode escolher 1 objeto para levar para o poço. As pessoas já entram com um tempo definido que elas devem permanecer: o Goreng, por exemplo, deve ficar 6 meses.
E a mais importante: A cada mês, você e seu companheiro de nível são realocados para outro nível. Se seu companheiro de nível tiver morrido, você ganha um novo parceiro. Sim pessoas morrem, especialmente nos níveis onde a comida não chega. Não preciso explicar, preciso?
Então o filme é isso. O Goreng foi para o poço por vontade própria (tem que passar 6 meses para ganhar um tal de ‘certificado homologado’), mas não sabe muito bem como funciona. Então ele vai descobrindo a merda em que se meteu, passando perrengue, comendo restos, passando fome, evitando ser comido e sobrevivendo.
Isso nos dois primeiros atos. No quinto mês o filme vira outra coisa muito louca e daí para frente eu não vou falar, porque essa é uma resenha sem spoiler.
O que eu achei de O Poço?
Eu estou escrevendo esse post um dia depois de assistir o filme. E eu ainda estou pensando no final. Eu realmente não sei se eu gostei do final. Explico:
Como eu disse, os dois primeiros terços do filme são o que eu chamo de crítica social óbvia. É muito bem feito, a narrativa funciona e a mensagem é muito clara e muito óbvia. Não que isso seja um problema, mas é um ponto importante.
Eu tenho uma teoria sobre o final, mas eu teria que escrever um baita textão e contar o final. Mas esse não é o objetivo aqui.
O que você precisa saber é: o filme é ficcional, mas tem uma pegada de realismo fantástico durante toda a narrativa, ou seja, o que acontece está acontecendo mesmo. Mas o final é totalmente metafórico e tem uma mensagem edificante, porém esquisitona. É um grande quebra no estilo. Então entendo que tem gente que não vai gostar do final. Eu mesmo não sei se eu gostei do final.
Mas… nem só de finais se fazem os filmes.
Independente de gostar do final ou não (ainda não decidi) o filme é muito legal. A narrativa é muito interessante e ela vai te deixando intrigado, enojado, puto, deprimido e com várias outras emoções. Gostando ou não do final, O Poço tem uma narrativa que prende do começo ao fim. Então é um filme bom de assistir.
Concluindo:
Recomendo muito. É um filme bem legal de se assistir. E se você não gostar do final, você vai ter outra coisa para ficar puto que não seja a política nacional.
Mas eu ainda não entendi como a plataforma se move.
Então é isso, um filme criativo e bem interessante mesmo. Recomendo sim.
E você? Já assistiu? Ficou com vontade?
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Um abraço.
E tchau.
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