O que você faria? – filme espanhol de gincana maluca de RH – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de um filme muito maluco que tem na Netflix, mas também não tem. Então vamos nessa com O que você faria?

El Método

O que você faria? (El método) é um filme espanhol que quebrou a minha cabeça. Primeiro porque quando eu procurava sobre ele no google, dizia que ele estava na Netflix (com link e tudo), mas não aparecia na própria Netflix. Depois de quebrar muito a cabeça com a Smart TV, decidi assistir pelo notebook (ligado na TV), procurando filme pelo Google, já que a busca da Netflix não entregava.

Por fim descobrimos que o filme não tinha nem legenda e nem áudio em português. E acho que é por isso que ele não aparecia na nossa Netflix. Enfim, assistimos em espanhol com legenda em espanhol mesmo. Deu para entender legal. Mas deixa eu falar do filme agora.

O que você faria?:

O que você faria lima? é uma entrevista de emprego, dinâmica de grupo e/ou gincana maluca. Existe uma empresa, que a gente não sabe o nome e nem o que faz, mas é uma grande multinacional chique, que quer contratar uma pessoa. A pessoa vai assumir um cargo que a gente também não sabe o que é, mas parece um cargo de chefia e gestão, desses bem genéricos que ninguém sabe exatamente o que faz, mas é chefe de alguém.

São 7 candidatos presos em uma sala, e começa uma gincana maluca. Eles recebem instruções pelo computador e começam a fazer exercícios imaginários e precisam ir expulsando alguns dos jogadores.

A primeira informação que eles recebem é que um dos candidatos não é candidato, é, na verdade, um psicólogo do RH, infiltrado. Eles precisam chutar em quem é e escolhem um cara que parece saber sobre o tal Método Grönholm.

Depois eles precisam escolher um líder. Esse líder tem um segredo da sua vida devassada e os outros precisam escolher se o eliminam ou não. E aí continua a gincana doideira. Um a um os personagens são eliminados. Depois descobrimos quem é o infiltrado, deixando apenas alguns restantes para um último confronto psicológico entre dois dos participantes que já começam a ter uma relação emocional.

Não vou contar como termina, mas em resumo é isso: uma dinâmica de grupo exagedadamente complexa.

O que eu achei de O que você faria?

Esse filme é um surto completo. Ele é realista, no sentido de que não tem nada de mágico, sobrenatural ou fantástico, mas é surreal ao mesmo tempo. Você já teve a impressão de que existe um mistério no mundo corporativo? De que tudo é uma grande mentira, ninguém faz ideia do que está fazendo e é tudo uma grande farsa? Eu já trabalhei pessoas de várias áreas que usam termos técnicos para implementar projetos que a gente nunca vai saber se deram resultados. Já viu isso? O que é um cargo de executivo? O que eles fazem além de participar de reuniões, pedir relatórios e aparecer com ideias malucas que não fazem sentido nenhum para quem realmente produz na empresa?

Esse filme é um pouco disso. Tem um RH maluco que faz um processo doido baseado em nada. Eles vão contratar alguém que eles vão dizer que é o melhor, mas a gente não tem como saber se vai ser melhor mesmo. E é um cargo que ninguém sabe o que é e não tem nenhuma atribuição específica, vide que tem gente de todas as áreas concorrendo ao cargo.

Protestos:

Tem uma coisa que eu não falei. Durante todo o filme estão acontecendo grandes protestos contra o FMI e as multinacionais controlando o mundo. A psicóloga diz que estão acontecendo os protestos e que o trânsito está ruim, mas durante o filme nós não vemos os protestos. Eles estão acontecendo do lado de fora do prédio, mas os vidros blindam o som. No fim do filme um dos personagens sai do prédio e lá fora as ruas estão todas cheias de pneus pegando fogo, cartazes e coisas quebradas no chão. E nada disso faz diferença para o processo seletivo.

É como se existissem dois mundos separados. O mundo executivo onde um monte de gente semi-inútil está passando por uma gincana maluca para um cargo que provavelmente não serve para nada também. E no mundo real está tendo protestos contra esse mesmo tipo de empresa multinacional. Porém essas duas coisas não se conectam. A empresa continua com sua doideira ignorando os protestos. E os protestos são a realidade das ruas da vida das pessoas, mas parece algo descolado também.

Acho muito interessante.

É um filme que eu recomendo, mas ele não está na Netflix em português. Mas é um filmão. Se conseguir achar por aí (ou topar assistir em Espanhol)

Então é isso. Filme doido. Adorei.
Mas e você, qual a dinâmica de grupo mais doida que você já fez?}
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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