Sandman (série da Netflix) – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar da série do momento. A série que já foi anunciada e engavetada diversas vezes nos últimos 20 anos. Uma série que desafiou as esperanças de todos nós, leitores de quadrinhos. É claro que eu estou falando de Sandman. Então vamos nessa.
Sandman, o Gibi:
Sandman é um gibi dos anos 80 que aconteceu no que ficou conhecido como a segunda leva da invasão britânica. O Alan Moore tinha reformulado o Mônstro do Pântano, então isso deu moral para a Karen Berger trazer mais roteiristas ingleses para trabalhar na DC Comics. Então ela chamou uma galera, e uma dessas pessoas, foi o Neil Gaiman, que ficou responsável por reescrever um personagem super esquecido, o Sandman. Então ele fez mais e escreveu toda a mitologia e deu uma arrumada em todo o universo da magia do Universo DC pós-crise.
O Sandman era um herói na era de ouro, um detetive que usava uma máscara de gás e uma pistola que fazia os vilões dormirem. Mas tudo isso era baseada na lenda de Sandman, o homem de areia de trás os sonhos (e te deixa com areia nos olhos). Talvez você lembre desse sonho em Reino do Amanhã.
Depois teve um segundo Sandman, um tal de Hector Hall, que vivia umas aventuras psicodélicas nos sonhos. Ninguém lembra muito dele, mas ele vai aparecer sim.
Então o Gaiman pega esse conceito de super heróis, joga tudo fora (quase tudo) e utiliza só o nome. Então agora Sandman é Sonho, um dos perpétuos, 7 irmãos mais velhos que os deuses que correspondem a arquétipos da psique e da nova cosmogonia. Destino, Morte, Sonho, Destruição, Desejo, Desespero e Delírio.
Então o gibi tem várias histórias envolvendo esses perpétuos, mas com foco no Sonho e no Sonhar. Tem uma história central, mas também tem vários contos que envolvem sonhos das pessoas e pessoas que toparam com Morpheus (um dos muitos nomes do Sonho) em algum momento de suas vidas.
Sandman é um clássico, conhecido por todo mundo que entende de quadrinhos. E então veio a série.
Já faz tempo que vêm anunciando, mas nunca aconteceu, principalmente porque o Gailman nunca quis ceder demais para os estúdios (graças a deus). Finalmente ele conseguiu liberdade para fazer a série do jeito que ele queria, podendo supervisionar e garantir respeito por sua obra. E ficou muito bom.
A série:
A série é bem fiel aos quadrinhos, o que é surpreendente, pensando em todas as adaptações que a gente vê por aí. Existem algumas alterações, mas no geral elas até acertam algumas coisas. Vou citar as diferenças principais que eu lembro. Mas entenda que a série conta basicamente os dois primeiros arcos, Prelúdios Noturnos e Casa de Bonecas.
O Coríntio aparece desde cedo na história, então na série ele já tinha fugido pouco antes de Morpheus desaparecer e ele tem mais influência na história, tentando fugir e tentando que outros personagens fiquem mais fortes que o Sonho para que ele possa ficar livre no final. Então ele aparece durante toda a temporada, sendo praticamente o grande vilão. O mesmo acontece com Desejo, que parece ser o grande vilão da temporada, mas segue para a próxima.
O duelo no inferno, que nos quadrinhos é contra Choronzon, na série é contra o próprio Lúcifer, que representa Choronzon na luta.
Lita Hall e Hector Hall são pessoas comuns na série. Nos quadrinhos eles são dois heróis da era de prata. Jon Dee, nos quadrinhos é um antigo vilão da Liga da Justiça chamado Doctor Destiny (Não confundir com Dr. Doom ou Doctor Fate). Na série não tem nada disso.
Na série também não aparece o John Constantine, colocaram outra Constantine no lugar. E também não aparecem outros personagens do universo dc.
Mas no geral, as histórias são bem parecidas e algumas coisas ficaram muito legais.
A série saiu com 10 episódio, que termina com o final de Casa de Bonecas, mas depois saiu mais um ep com Um Sonho de Mil Gatos e a história da Musa. A musa tem ligação com a coisa mais importante para o final de Sandman… e não vou falar mais para não dar spoiler.
O que eu achei de Sandman?
O quadrinho é fantástico. Um dos melhores de todos os tempos com uma construção de mundo incrível. E como eu disse, a série é bem fiel e teve o dedinho do Neil Gaiman na coisa toda. Então á claro que a série é boa. Adorei.
Recomendo demais.
Além do básico, as atuações estão ótimas. O elenco é super diverso, com muita gente negra e Lúcifer sendo interpretado pela Gwendoline Christie ficou demais. Tem nerdola que reclama de tudo, mas eu quero ver mesmo o Desespero dessa galera haha.
Não gostei muito da Desespero, achei que ficou genérica. Mas acho que foi a única coisa que eu não curti. Até personagens B foram super bem adaptados, como o Squatterbloat, a Mazikeen, Caim e Abel e o Merv. As bondosas estão maravilhosas também.
E tem a Lucien, a bibliotecária que ganhou toda uma nova profundidade na série.
Mas em resumo. A série é maravilhosa. Adorei e recomendo demais.
Se não assistiu ainda, assista.
Então é isso. Baita série legal. Adorei.
Mas e você, já leu Sandman.
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Um abraço.
E tchau.
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