Scott Pilgrim (a série da Netflix) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero comentar sobre um dos grandes desenhos do ano passado. E, sim, estou atrasado com minhas séries. Pode me julgar. Mas vamos nessa com Scott Pilgrim.

Scott Pilgrim:

Scott Pilgrim contra o mundo é um quadrinho de 2004 a 2010. Eu não li, mas sei que ele conta a história de Scott Pilgrim, que conhece uma menina chamada Ramona. Ele se apaixona por ela, mas para poder ficar com ela, ele tem 7 ex-namorados do mal. Daí rolam umas porradarias enquanto vemos a vidinha do Scott Pilgrim no Canadá. Tudo isso com muita referência de cultura pop e de videogames clássicos.

Pelo menos eu acho que é isso, porque eu não li os quadrinhos, mas assisti ao filme de 2010. Filme divertido, com boas referências, mas é uma historinha de porradinha entre um cara e os ex da menina que ele gosta.

Mas aí a Netflix anuncia uma série animada.

Scott Pilgrim da Netflix:

A série começa muito parecida com o filme, mas só até a página 2. Ele sonha com a Ramona, conhece ela numa festa, encontra com ela mais umas vezes, até chamá-la para ir no show da sua banda. Lá, ele é atacado pelo ex-namorado do mal número 1 e eles saem na porrada, como no filme. Mas na série, Scott é derrotado e morre, deixando apenas um monte de moedas para trás.

E aí as história muda totalmente, porque ela passa a ser focada na Ramona. Ela descobre que o Scott não morreu, mas parece que um portal se abriu e alguém tirou ele antes da morte. Então ela começa a investigar seus ex-namorados para descobrir quem raptou Scott.

E rever cada um dos seus ex, sem estar em um contexto de luta, faz com ela entenda melhor suas relações com os seus ex que são pessoas também. Cada um deles quebrado de um jeito diferente.

Além disso, tem toda uma trama maluca de metalinguagem, pois no meio da série, os personagens gravam um filme que é exatamente o filme de 2010. Pelo menos eles tentam, porque dá tudo errado.

Não vou comentar como a coisa toda acaba, mas o que eu posso dizer é que na série, os relacionamentos problemáticos da Ramona e a total falta de noção e responsabilidade do Scott, são tratados de forma mais interessantes e pensadas com uma mente adulta.

O que eu achei de Scott Pilgrim?

Eu gostei bastante dessa animação. Pode-se dizer que Scott Pilgrim, a série, é como um adulto olhando para sua própria história de adolescência, mas com alguma auto-crítica.

A animação é lindinha e a série consegue ter boas cenas de ação, mesmo que as lutinhas não sejam o grande foco.

Eu fiquei com medo da série ser mais do mesmo, mas tive uma grande surpresa, porque realmente não é nada disso. A série consegue renovar o olhar saindo do maneirismo, mas mantendo esses maneirismos como forma de fazer uma crítica ao próprio passado, usando o próprio passado como metalinguagem.

É hora de crescer, mas crescer olhando as fotos de bebedeira da juventude e dando boas risadas delas.

Adorei. Recomendo demais.

Então é isso. Desenho maneiro. Curti.
Mas e você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.