Sobibor – filme russo sobre o holocausto (baseado em uma revolta real) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje eu quero falar de um filme que eu já assisti a quase duas semanas, mas estava enrolando para resenhar. Finalmente eu assisti ao Sobibor, então vamos lá falar desse filme.

Sobibor – resenha

Sobibor filme

Sobibor é um filme baseado na história real do campo de extermínio de Sobibor, na Polônia. Esse campo ficava na polônia e foi um dos vários campos onde houveram fugas.

Existe toda uma tradição de dizer que os judeus não reagiam, que eles foram muito passivos e várias outras bobagens do tipo, mas sim, houveram rebeliões e houve resistência. Além disso, não podemos esquecer que, além dos judeus, comunistas, homossexuais e “ciganos” (cigano é um termo pejorativo para os povos Roma, mas essa é outra história).

Alexander ‘Sasha’ Pechersky:

Sobibor filme

O protagonista do filme é o Alexander Pechersky (o Sasha), um judeu russo, ex-militar, que tinha sido preso em Minsk e já tinha participado na organização de outra rebelião lá. O Sasha, junto com uma outra galera, que já estava trabalhando no campo, começam a bolar um plano de fuga. Enquanto eles planejam e tomam coragem para fazer a ação, podemos ver os judeus (e toda a galera presa no campo) comendo o pão que o diabo amassou na mão dos nazistas.

Logo no começo do filme vemos um trem chegando e entendemos como parte do processo dos nazistas funcionava. Eles separam as pessoas, algumas para trabalhar e outras para morrer direto, mas sem que elas soubessem o que estava acontecendo. Então é muito triste ver a galera sendo levada para a morte sem saber o que estava acontecendo.

Sobibor filme

O plano vai se montando (e não tem spoiler porque isso é a história de verdade), vemos muita tortura, muita morte, mas vale a pena esperar para ver a os nazistas morrendo no final.

No fim rola a fuga, várias pessoas morrem na batalha, mas muitos conseguem fugir e é isso que importa.

Brasil:

O interessante é que um dos personagens, o Schlomo (Stanislaw Szmajner), um judeu polonês, sobrevive (spoiler, mas é a verdade) e ele vem parar no Brasil. Em algum momento da vida, ele é responsável por identificar alguns dos oficiais nazistas que fugiram para cá depois da guerra. Então eu to falando de um filme russo, passado na polônia, com vilões alemães, mas que no fim tem uma interseção com a história do Brasil.

Dois dos oficiais nazistas do campo (no filme eles morrem, mas na vida real não), acabam vindo para o Brasil. Essa relação você pode ver nessa matéria aqui que faz um panorama bem geral da coisa toda.

Então, em resumo, é um filme baseado em uma revolta real. É badvibe, tem tortura, tem execução, é ruim de ver, mas no final tem alguma alegria vendo vários oficiais da SS sendo assassinados.

O que eu achei de Sobibor?

O filme é tenso, tem alguns probleminhas técnicos muito sutis, mas é um filmão ainda assim. É um filme baseado na história, então é interessante para quem quer saber mais.

É bom ver a guerra por outro ponto de vista que não o dos “americanos salvadores”.

A direção é muito boa, as cenas de violência são brutais e o roteiro funciona bem. Falta um pouco de contextualização de quem são as pessoas que vão liderar a fuga, mas dá para ir pegando com calma. Ou você pode não ser preguiçoso e sair para ler umas coisas depois de assistir ao filme (mesmo que na wikipedia em inglês).

Se quiser saber mais, tem um episódio do podcast PodEntender onde eles entrevistam o Felipe Abal (do viracasacas podcast). O Felipe analisou, no mestrado e no doutorado, os processos judiciais desses dois oficiais nazistas que vieram para o Brasil e estão no filme: Gustav Wagner e Franz Stangl.

Pod Entender 42 – Sobre nazismo e nazistas no Brasil

Então é isso, um filme tenso, mas que é muito interessante por ser real. Recomendo muito. Sobibor está disponível no Prime Video da Amazon.
E você, já tinha ouvido falar dessa rebelião? Ficou interessado?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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1 Resultado

  1. 1 abril, 2023

    […] na Alemanha Nazista (eles estão na Holanda, mas o país está sitiado), pode significar ir para um campo de concentração, ou de extermínio e nunca mais voltar. Então eles […]

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