Steins Gate – anime de viagem no tempo – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é um daqueles dias raros em que eu decido falar de anime, até porque eu não assisto muitos. Eu assisti Steins Gate por culpa do Jon dos Créditos Finais, quem me indicou essa joça quando eu estava falando de Madoka. Pois bem, assisti e vou resenha. Então vamos lá.
Um adendo: Vou falar só do primeiro anime que foi o que eu assisti. Só agora que fui pesquisar, eu vi que tem um monte de OVA, outro anime e uma visual novel. Vou falar só do anime.
Steins Gate (o anime) – resenha
Steins Gate é um anime de viagem no tempo (já começa errado) de 2011. O anime tem 24 episódios (+1 bônus) e é focado em um cara completamente doido chamado Okarin. Ele está uma palestra, vê uma garota morta, recebe uma mensagem, sente uma vertigem e, logo ele está em outra linha temporal onde a garota está viva. Essa coisa da linha temporal só vai ser descoberta mais para frente, mas é difícil explicar sem dizer isso.
Daí vamos descobrir que esse Okarin é um auto-proclamado cientista louco que não entende nada de ciência e “trabalha” em um laboratório de pesquisa de “coisas futuristas”. O time é composto por Okarin, o hacker pervertido Daru, e a Mayuri que não entende nada de coisa nenhuma, mas é fofa. Eles estavam fazendo pesquisas com um microondas-telefone que transformavam coisas em geleia e, sem querer descobrem a viagem no tempo.
Eles descobrem a viagem no tempo de forma completamente aleatória, mas logo o discurso é que eles sempre estavam pesquisando isso. Então eles descobrem como enviar mensagens para o passado, mas para fazer isso eles hackeiam o Sern que estaria usando um acelerador de partículas para criar buracos negros (porque senhor?!) e fazer viagens no tempo. Além disso, tem uma história maluca com um IBN 5100, que é só um pc velho, mas nesse mundo ele serve para descriptografar umas paradas, porque tem uns códigos secretos dentro. Nada faz sentido.
D-Mail:
Aí eles começam a utilizar os D-Mail para enviar mensagens para o passado para ver se conseguem alterar o passado. Sem motivo, o protagonista tem o poder de ser a única pessoa que lembra das linhas temporais divergentes.
É um bom momento na série para trabalhar as personalidades de cada um dos personagens, tratando sobre o que eles querem alterar no passado.
Em algum momento eles descobrem como enviar a mente para de alguém para o passado (eles só precisam reduzir a mente para alguns kbytes. Só isso.
Loop de morte:
Aí começam várias alterações (tem até uma mudança de sexo), mas isso faz com que a realidade caia em um loop onde a Mayuri sempre morre (porque ela? também não sei). Não importa quanto ele volte, ela sempre morre.
O protagonista deduz que precisa ir desfazendo as mensagens enviadas para o passado e só assim ele pode salvar a Mayuri, que virou uma garota-refém-do-tempo sem nem mesmo saber disso.
Daí começa uma nova gincana, do Okarin tentando fazer que seus amigos se desfaçam de seus desejos (que eles tinham conseguido mandando mensagens através do tempo). É tipo Mulher Maravilha 1984 … ruim (só que anterior).
Final – sem spoiler:
No fim eles precisam desfazer a primeira mensagem enviada. Aquela que fez a bagunça no primeiro episódio. O problema é que, no mundo antes da mensagem, a menina lá morreu. E a menina, Makise Kurisu, virou amiga da galera na linha do tempo onde ela não morre.
Então vem o drama final, de “preciso deixar minha amiga nova morrer para salvar minha amiga das antigas”. Mas alguém tem um plano. E aí vem a gincana final, que eu não vou explicar aqui. É uma saída bem sagaz, considerando que o protagonista é um burro o caramba.
O que eu achei de Steins Gate?
É muito difícil acertar em histórias de viagem no tempo. Muito difícil mesmo. E Steins Gate não foge à regra. É uma péssima história de Viagem no Tempo.
Os personagens são interessantes, o que gera diálogos muito bons em alguns momentos (nos momentos de interação não-científicas). A maioria dos personagens são doidos e quebrados e os dramas deles são bem interessantes.
O drama do Okarin de não conseguir salvar a Mayuri, vê-la morrer várias vezes e ser o único que se lembra disso é tocante. É o ponto alto do anime, mas está mais ou menos na metade.
De resto. As conexões feitas para amarrar os dramas e as gincanas são bem genérico. O roteiro é mediano e não tem nada demais. E como ficção científica é ruim… demais. É terrível.
Ficção Científica não é bagunça:
As premissas do anime estão errados e fica difícil construir qualquer coisa em cima de uma base fraca. A teoria se baseia em umas ideias erradas de que o SERN usa acelerador de partículas para gerar buracos negros. Isso não faz nenhum sentido e é uma das piores especulações que surgiram na internet nos últimos tempos. Parece que o roteirista pegou a primeira fake news balela sem noção que ele encontrou no Google e disse “ta aqui meu roteiro”.
Fora isso tem um monte e problemas, como o processo de pesquisa em si, onde ninguém toma notas, ninguém faz teste de hipótese, tudo é um achismo doido. A Kurisu é uma super genia de 17 anos. O Okarin fala que é cientista, mas não sabe nada. Os nomes das coisas não fazem o menor sentido (Não, não tem explicação para o nome Steins;Gate).
Outro problema é que, do nada, os personagens começam a falar de viagem no tempo (que eles estão inventando agora, mas o SERN já inventou também, ninguém se decide) como se tivesse toda uma literatura à respeito. “Todo mundo sabe que em viagens no tempo…”. Porém, ninguém se lembra das viagens no tempo, então não tem como ter estudos à respeito. É uma doideira.
Tem mais outros problemas também, mas não vem ao caso.
Em resumo:
Steins Gate é um ótimo anime de gente psicologicamente quebrada tendo que conviver e aprender uns com os outros. Mas é muito ruim, quase ofensivo, como ficção científica. Até recomendo um pouco. Só um pouquinho.
Ah sim, os diálogos sobre o Daru ser um pervertido são bem engraçados. Ele é um escroto, mas as situações são engraçadas de um jeito bizarro.
Já ia esquecer de falar, mas a música de abertura é muito legal.
Então é isso, Steins Gate é um anime curioso.
E você, já viajou no tempo, mas esqueceu?
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Um abraço.
E tchau.
Isso não faz sentido. Viagem no tempo não existe em nosso mundo, pelo menos ainda não, então toda história do tipo vai se passar num universo alternativo em que as regras são diferentes e tudo parece pseudociência para a gente. Nossa CERN pode não fazer teste com buracos negros, mas a do universo deles faz, e é isso que importa. A história tem que apenas ser coerente dentro de sim mesma, não com o mundo real. É o único jeito de histórias de viagem no tempo existirem sem ser por mágica, o fato de ter viagem no tempo em si já deveria fazer você partir da premissa que a ficção científica não vai ser fiel à realidade.
E eles fazem testes sim com a máquina do tempo deles, não é só por hipótese, principalmente para saber como os dmails funcionam, mas a maior parte da pesquisa tinha sido feito pela CERN antes e eles sabiam disso porque hackearam eles, então não havia motivo para eles fazerem uma pesquisa toda profissional, até porque só a Kurisu é cientista ali e segundo o próprio Okabe eles tiveram um sorte com um ato de Serependia(cagada). Se os testes empíricos já haviam sido feitos antes por tal organização, ficaria sem sentido eles fazerem de novo mesmo que tivessem a estrutura adequada e não fosse só um apartamento alugado para amigos se divertirem.
Só acho que quem escreveu isso tava mais preocupado em expressar que odeia séries de viajem no tempo do que fazer uma crítica construtiva, respeito a sua opinião mais tem bastante coisa que é mais birra de criança do que querer apreciar uma obra, já começa com a pessoa que escreveu afirmando que não gosta da ideia de viajem no tempo então; pra que assistir alguma coisa que no fim vai odiar?.
Varias mais varias coisas citadas foram explicadas na obra de uma maneira, o okarin pode não ser um cientista mais desde o primeiro ep foi mostrado que ele se interessava em ciências e viagens no tempo sendo um fan de carterinha de john titor, mesmo não sendo perfeita a obra, vejo que teve varias coisas equivocadas na análise, pois o conceito de viajem no tempo que a série usa é igual ao conceito que o john titor usava, não era a toa que ele/ ela ajudou o prota a tirar algumas duvidas