The Discovery – filme de suicídio – resenha com spoilers

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu vou falar de um filme deveras qualidade duvidosa que eu vi por aí. Então vamos nessa com The Discovery.

Eu vou ter que contar o final do filme, porque minha crítica depende dele. É sério.

The Discovery

The Discovery – resenha com spoilers:

The Discovery é um filme de ficção científica de 2017 e é uma produção da Netflix. A premissa é simples, um cientistas conseguiu fazer uma prova científica de que existe a vida após a morte. Então pessoas começam a se matar loucamente porque elas querem chegar logo do outro lado. É mais ou menos a mesma premissa de um dos contos do Chuck Palahniuk em Assombro.

Então temos o protagonista, que acorda num barco indo para uma ilha distante. Ele conhece uma garota loirinha nessa viagem. Chegando na ilha ele reencontra o irmão e o pai, que é o tal do cientista que fez A Descoberta.

Nesse local eles têm tipo um culto muito doido. Eles criaram uma máquina para descobrir o que que tem na vida após a morte (tipo Além da Morte). O cara conseguiu provar que existe vida após a morte, mas não sabe exatamente o que tem lá.

A menina loirinha tenta se matar e o protagonista salva ela. Eles vão ficando amigos e começam a se apaixonar.

Então eles fazem o tal experimento e vêm a vida do cara. Como se fossem memórias. Mas daí eles vão investigar e aquela cena que ele viu não viveu aquela cena.

Vidas alternativas:

Então os protagonistas deduzem que a Vida Após a Morte é uma versão da sua própria vida, mas com a correção de uma merda que você fez. Mas eles ficam na dúvida sobre contar isso, pois pode começar mais uma onda de suicídios.

Daí rola uma treta com uma menina que tinha sido expulsa, ela pega uma arma, rola um desentendimento e pei! morre a loirinha.

Então o protagonista entra na máquina para se matar e voltar. E daí vem a reviravolta, porque essa não é a primeira vez. Ele fica voltando para a Balsa, se morrendo e morrendo e voltando, tentando voltar para salvar a menina que ele conheceu na Balsa.

Daí tem uma reviravolta, porque depois disso ele finalmente volta mais para trás para ajudar ela em outro lugar. Mas de qualquer forma ele morreu no mundo que estávamos acompanhando.

E fim.

The Discovery

O que eu achei de The Discovery:

O filme é criativo, mas me parece meio covarde. É uma ode à covardia para ser mais exato. Digo isso porque durante todo o filme parece ser uma critica à saída fácil do suicídio. O protagonista é meio deprê porque a descoberta do pai fez todo mundo se matar, inclusive a mãe dele.

ATENÇÃO: Eu não estou dizendo que quem se mata porque está com depressão profunda é covarde. Mas nesse filme as pessoas se matam porque acham que cansaram desse mundo e querem ir logo para sei-lá-onde.

Mas daí no final ele se mata. Se mata porque quer salvar a namorada. O que é relativo também, porque ela morreu, morreu mesmo. Mas ele vai para um mundo onde ela está viva. Em algum momento, depois de muitas mortes, ele cai em um mundo onde pode salvar ele.

Universos Paralelos (mais ou menos):

The Discovery

Existe uma grande questão filosófica gerada por essa maluquice proposta, mas o filme não trata. O corpo morre, então algo (mente, alma, espírito, …) vai para outro mundo. Mas nesse mundo, ainda existem pessoas que existem no mundo original que segue existindo em paralelo (paralelos para o futuro, não pro passado, na real é uma árvore).

Então toda vez que alguém morre, todas as pessoas vivas daquela linha do tempo são duplicadas. E essas pessoas têm almas (ou mente, espírito, o que quer que seja)? Você pode argumentar que não tem essa coisa de alma, que é tudo sobre cérebro (daí pode duplicar pessoas à vontade), mas daí você tem que aceitar que o cérebro morrendo pode criar um outro universo.

Tem uma solução que dá para pensar, que é uma solução de multiverso em árvore constante. Então todos os universos já existem e quando você morre você manda sua consciência para você do passado. E essa informação nova é o que faz o desvio na árvore. Pode ser, não sei. Tenho que pensar melhor nisso, mas também não quero.

Porém, qualquer uma dessas soluções ainda enfrentam um problema no filme. Eles aceitam muito fácil que você sempre vai para um mundo melhor. Com 1 teste! Um único teste e eles deduzem isso. E o cara ainda se diz cientista.

E isso é tudo. Cansei de falar desse filme. É bem chato. Não recomendo.

The Discovery

Então é isso aí. Filme da Netflix meio doidão. Achei cansado.
Mas e você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau

Vulto

Desprezível.

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2 Resultados

  1. Ana disse:

    Melhor análise possível. Explicando igual gente como a gente 😂😂😂 filme uó

  2. Cassius Nogueira Duarte disse:

    Perfeito mesmo foi este artigo meu amigo. Você é um gênio, é conseguiu traduzir em Live action tudo que eu senti.

    Parabéns de todo o meu coração.

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