Vampire Hunter: Darkstalkers (a série animada) – resenha
Salve, salve, seres humanos e criaturas das trevas.
Esses dias eu estava vadiando (trabalho tem, mas tem muita procrastinação nessa quarentena) e, sem querer, encontre um anime super aleatório na Amazon Prime. Estou falando da séria animada de Vampire Hunter: o jogo que é mais conhecido aqui no ocidente como Darkstalkers. Assisti e vim dar a minha opinião.
A história desse jogo é uma bagunça, porque tem muitos nomes e muitas versões e é tudo uma maluquice do cacete. O primeiro jogo se chama Vampire: The Night Warrior (no japão) e Darkstalkers: The Night Warriors (nos EUA); O segundo se chama Vampire Hunter: Darkstalkers’ Revenge (no japão) e Night Warriors: Darkstalkers’ Revenge (nos estados unidos).
Ok, são dois jogos, com nomes diferentes nos Estados Unidos e no Japão, tudo normal. Mas o problema, que confunde mesmo, é que o segundo jogo tem exatamente a mesma história do primeiro, com 2 personagens a mais e com os chefões virando personagens jogáveis. Mas o plot é o mesmo e os finais também (com exceção dos finais dos personagens novos, que são novos).
Além disso, os nomes dos personagens são diferentes em inglês e em japonês o que confunde um pouco mais.
Então vamos falar da série de Darkstalkers.
A série tem 4 episódios de 40 minutos e conta a história de alguns dos personagens. Temos Felícia viajando pelo mundo sendo atacada por humanos, mas acreditando que eles podem ser bons e viver pacificamente com os Darkstalkers. Ela encontra com Gallon e com o Zabel.
Temos Demitri e a Morrigan em uma história que envolve uma guerra entre o nosso mundo e o mundo dos demônios. Eles lutam em alguns momentos, são atacados pelos Phobos (o subchefe) e tem uma tretinha no final que eu comento daqui a pouco.
Tem a história principal, dos novatos, Donovan e a Lei-Lei (e sua irmã Rin-Rin) que são caçadores das criaturas da noite. O Donovan é meio humano e meio Darkstalker e ele tem todos os problemas de se odiar e ser excluído por não ser humano. E temos as irmãs, Lei-Lei e Rin-Rin, que são caçadoras de monstros. A série mostra como Donovan conheceu Anita (aquela menininha que segue ele), eles encontram o Bishamon em um dos episódios. No fim eles seguem para enfrentar Pyron que é o chefão do jogo e do anime também.
Tem o núcleo dos vilões, com o Phobos querendo exterminar todas as formas de vida na terra, em especial os Darkstalkers. E o Pyron que não tem motivação nenhuma, ele só quer lutar contra pessoas fortes, porque sim.
Em algum momento, Phobos fala que se os 3 Darkstalkers mais fortes (Morrigan, Demitri e Donovan) se juntassem eles poderiam derrotar o Pyron. E é isso que você espera até o final. Mas não é bem isso o que acontece.
O que eu achei de Vampire Hunter: Darkstalkers, a série animada?
A série tem dois pontos positivos: Primeiro que o design dos personagens é o mesmo do jogo, sem tirar nem por. Até o Demitri, que tem um cabelo escroto e luta de pijamas ficou igual (eu ficaria tentado a mudar). Isso é bom por um lado, mas é ruim por outro, porque você descobre que alguns personagens têm umas proporções meio esquisitas. O Donovan mesmo tem aquele “colar de bolas” (não sei como chama) muito grande. Funciona no jogo, mas no desenho, quando ele vai andar é esquisito.
Ainda falando dos designs, é incrível como a Felícia tem as proporções todas estranhas. Ela tem todos os elementos para ser uma personagem super gostosa (e hipersexualisada, claro), mas ela tem um trapésio e os tríceps gigantescos e fica tudo meio esquisito. É justo, já que ela é uma lutadora e tem que ser forte mesmo, mas contrasta com o jeito que as artes dela ficaram mais para frente (ainda mais sexualizadas).
O segundo ponto forte é que as lutas têm momentos super ágeis e bem animados onde os personagens ficam se transformando em coisas no meio do luta. Para quem não sabe, no jogo, os personagens tem muitos golpes que envolvem transformações malucas. A Morrigan faz uma broca com as pernas e voa com um jatinho estiloso, o Zabel tem um chute motosserra, o Demitri vira demônio, a Felicia vira bolinha, o Gallon fica voando por aí com seu “dash”, o Phobos vira tudo que é tipo de coisa e assim por diante.
Era bem possível que os desenhistas achassem tosco esses movimentos mais rapidinhos e não usassem, mas eles usam e fica bem legal. Além disso têm vários especiais do jogo.
E os pontos fortes acabam por aí.
Pontos fracos:
O primeiro problema é que a série ignora completamente quase todos os personagens. A Felícia aparece bastante, mas a história dela não importa em nada no fim das contas. O Zabel, o Gallon, Bishamon aparecem pouco, mas pelos menos eles têm falas. Os coitados: Victor, Anakaris, Sasquatch e Rikuo, só aparecem para apanhar do vilão, sem contexto nenhum e nem falas eles têm.
Daí tem a Lei-Lei, que é uma das personagens que eu mais gosto, mas não é protagonista e toma uma coça do vilão, o Pyron. E, por fim, temos o trio parada dura , Demitri, Morrigan e o Donovan, que juntos deveriam enfrentar o vilão, ou algo assim. E aí vem ESSA BOSTA que é o final.
Sim, vai ter spoiler, esse desenho é de 1997.
O final!
Chega no final, o Demitri apanha do Pyron e, do nada, o roteirista acha que é uma boa hora para inserir uma treta política no mundo dos demônios. Enquanto ela desce para nosso mundo, Donovan apanha tal qual um corno.
Ok, hora deles se juntarem para uma luta épica dos 3 contra o Pyron, certo? Errado.
Hora do flashback. Finalmente contam um pouco mais da história do Donovan. A Anitta usa seus poderes para curar ele, que finalmente se aceita como meio-humano meio-Darkstalker. A Morrigan encontra o Demitri capotado, eles conversam um pouco, ela deixa que ele a morda um pouquinho e eles ficam amigos.
Enquanto isso o Donovan levanta, agora fodão, sai “avoando” em sua espada gigante (como se fosse uma mistura de Tao Pai Pai e Surfista Prateado), atravessa o vilão, que explode, rola um discurso e acaba.
Sim, a Morrigan, aquela personagem que é o símbolo da franqui, que todo mundo se lembra, nem encontra com o vilão da série. O papel dela é ter um romance bunda com o Demitri, que tomou uma surra, mas parece que não se importa muito.
É isso o final. Donovan derrotando o vilão sozinho, muito fácil, enquanto os protagonistas, capa do jogo, ficam de namorico. É triste demais.
Então é isso. Um anime de uma franquia que tinha tudo para ser super complexo e interessante, mas foi corrido e sem sentido com um final merda.
Eu estava até gostando até o último episódio que é inaceitável de ruim.
E você, conhecia Darkstalkers? Ficou com vontade de ver?
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Um abraço.
E tchau.
Rapaz, apesar de ser curto li tua critica e achei interessante, como não conhecia o anime achei ate que ia ter mais ep, realmente o final ficou apressado e ele te leva a crer que vai ser três contra um, enganou direitinho. assistiria novamente e recomendaria, a gente assiste tanta coisa pior