A Torre Invisível (Crônicas de Outro Mundo) – resenha
Salve, salve, seres humanos dessa terra e do Outro Mundo.
Há mais de um ano eu recebi vários livros da editora Intrínseca e, enfim, eu terminei de ler tudo o que estava na frente e comecei a lê-los. Comecei pelo que tinha a capa mais bonitinha, porque sim. Então eu li o A Torre Invisível, primeiro livro da série As Crônicas do Outro Mundo, de Nils Johnson-Shelton.
A história do livro é bem simples. Arthur Kingfisher é um garoto de 12 anos que ao matar um Dragão em um jogo online, acaba entrando em contato com Merlim e por fim, descobre que é, na verdade, a reencarnação do Rei Arthur. Merlim, há muito tempo atrás, foi preso em uma Torre Invisível e, por isso, precisa usar suas habilidades de Mago Hacker para entrar em contato com Arthur e pedir ajuda.
Daí Arthur começa a viajar por esse outro mundo, que tem uma ligação inexplicável com um jogo online, para recuperar a Excalibur e a chave a fim de libertar Merlim de sua prisão. Além disso, ele conta com ajuda de Kai, que é sua irmã, o Pequeno Polegar e alguns outros “cavaleiros’.
Ademais tem alguns mistérios que precisam ser resolvidos. Arthur, por exemplo, é adotado e surgiu na vida da família de uma forma muito estranha. Tem um elfo que fica chamando Kai de irmã. A mãe de Kai desapareceu. E, principalmente, por que diabos o jogo Outro Mundo simula o verdadeiro Outro Mundo?
Há muito tempo, um velho – na verdade um feiticeiro – foi aprisionado em uma torre invisível,
O que eu achei de A Torre Invisível?
A Torre Invisível é um livro fraco. Para começar, ele é mais um livro com personagem adolescente que se descobre especial e fazendo parte de uma mitologia secreta e, não apenas faz parte, como é muito especial: Ele é o Rei Arthur.
Além dessa premissa horrível, a execução é muito fraca e cheia de problemas. A Kai é a única personagem legal e todos os outros são insuportáveis. Mesmo assim não resolve por que ela é posta em segundo plano em detrimento do irmão reizinho.
O livro tenta misturar magia e o mundo fantástico com a modernidade e o mundo dos games, mas faz isso de forma totalmente preguiçosa. A magia é clichê e a tecnologia é escrita sem um mínimo de pesquisa. Tem o Merlim se comunicando com o garoto pelo fórum de um jogo. Tem um celular do outro mundo. Tem um elfo com camisa de D&D. E, acima de tudo, tem um Excalibur que é uma fonte de energia limpa e pode salvar o nosso mundo… é sério.
– Bem, não sei bem, nas me parece que a Excalibur é o que chamamos de conversor termoelétrico, o que é impressionante. Ela absorve o calor e o transforma em eletricidade, como se fosse magia.
Em resumo:
A Torre Invisível é um livro para pegar adolescente trouxa. É clichê, não faz sentido, tem diálogos horrorosos e cenas de ação que não passam nenhuma sensação de perigo.
Além disso ainda tem um problema sério de ligação. Cada hora o grupo tem que fazer alguma coisa que não tem nenhuma conexão com a parte anterior. Eu li o livro e ainda assim não lembro de várias partes que são totalmente irrelevantes.
– Pequeno Polegar. Não acredito nisso.
– Acredite, jovem! Procure-me na Wikipédia! Está tudo lá, tintim por tintim!
– Ah, então tá…
Então é isso. Mais um livro young adult da Intrínseca que é horrível e preguiçoso. Não recomendo.
E você? Conhecia esse livro? Já leu? Gostou?
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Um abraço.
E tchau.
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