A Vida, O Universo e Tudo Mais – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra e do planeta Krikkit.
Mais um dia, mais um post. E hoje eu vou resenhar um livro que eu já tinha lido, li mais uma vez, mas enrolei demais para resenhar. Então vamos lá com a resenha de A Vida o Universo e Tudo Mais.

A Vida o Universo e Tudo Mais é o terceiro livro da série O Guia dos Mochileiros das Galáxias (já resenhei o primeiro, o segundo e estou quase terminando de reler o quarto).

Ao contrário do que acontece no segundo livro, onde as histórias se separam depois do Restaurante, nesse terceiro livro as histórias convergem de novo e todo mundo vai se juntar em um único arco principal.

O que acontece na história?

O já habitual grito matinal de horror era o som de Arthur Dent ao acordar e lembrar-se de onde estava.

Arthur Dent estava perdido na Terra pré-histórica junto com Ford Prefect. A ação começa quando um zéfiro (uma distorção) no espaço tempo aparece para a dupla na forma de um sofá. Eles correm atrás do Sofá, que acaba jogando-os no tempo, poucos dias antes da destruição da Terra, no meio de um campo de Críquete. Eles chegam bem a tempo de ver um bando de robôs guerreiros matando geral para roubar as cinzas de uma trave de madeira (que faz algum sentido para quem entende a história do Críquete, ou seja, ninguém).

Daí eles encontram Slartbartfast, que está atrás desses robôs, que representam a volta de um mal enorme da História Galática. Essa história vai sendo contada durante o livro, mas eu vou resumir aqui.

A História Galática – Guerras de Krikkit:

O céu noturno do planeta Krikkit é a vista menos interessante do Universo.

Existia um planeta chamado Krikkit, que ficava no canto da Galáxia e envolvido por uma nuvem de poeira. Por estar em uma nuvem de poeira, eles não conseguem ver nenhuma estrela então eles nem sabiam que o Universo existia. Um dia uma nave cai lá, eles consertam a nave e conseguem sair da nuvem de poeira para ver o universo. Então eles decidem acabar com todo o Universo.

Com o povo de Krikkit virando super xenófobos, eles formam um exército e deflagram uma guerra contra todas as outras formas de vida. Depois de muita guerra, eles perdem e são presos em um envoltório de tempo-lento, fechado com uma chave, composta de 5 partes (referências à críquete de novo).

Agora, uma nave de Krikkit, que parecia estar perdida, está de volta, e eles vão pegando as partes da chave para libertar o planeta. A chave é composta de um pilar de madeira (as cinzas), um pilar de acrílico (o cetro de um juiz), o pilar de aço (a nova perna do Marvin), a trave de ouro (o Motor da Coração de Ouro) e a trave de prata (que estava numa festa).

Voltando:

O Slartibartfast quer impedir os robôs e por isso eles vão para a Festa, que é uma festa infinita voadora muito louca. Quando eles vão se teletransportar para lá, o Arthur é redirecionado para um templo dedicado ao ódio a Arthur Dent. Esse templo é criado pelo Agrajag, uma criatura que sempre reencarna para ser morto pelo Arthur Dent, de novo, e de novo (lembra do Vaso de Petúnias?).

Arthur consegue escapar do monstro (e acaba matando ele mais uma vez), mas a montanha acaba explodindo. Enquanto ele corre do desmoronamento, tentando se salvar, ele cai, mas erra o chão e aprende a voar. Então a Festa, que também voa, acerta ele.

Novamente eles chegam tarde demais e só conseguem ver os Robôs de Krikkit roubando a trave. Na Festa eles encontram Thor e a Trillian (que tinha brigado com Zaphod), rola uma tensão entre Arthur e o Thor, mas o grupo sai fora e eles partem para Krikkit.

Outra grande realização dos Silásticos Armademônios de Striterax foi o fato de terem sido a primeira raça a conseguir chocar um computador.

Krikkit

Em Krikkit eles chegam a tempo para assistir a chave sendo usada para libertar o planeta. Eles vão para o planeta (Zaphod também foi para lá), conversam com as pessoas e acabam indo para conversar com os líderes.

A treta é que, o povo que vive no chão do planeta, não é tão belicista quanto o povo que vive na cidade flutuante. Por fim,a Trillian deduz, sozinha, que a nuvem de poeira é, na verdade, Hactar, um antigo computador que deveria ter criado a arma definitiva (capaz de destruir o universo inteiro), mas foi destruído.

Agora Hactar, destruído e transformado em uma nuvem de poeira, usaria o povo de Krikkit para concluir o plano de explodir a bomba que destruiria o universo. Hactar tem um poder de sugerir e controlar as coisas, então ele finge que desistiu, se deixa ser disperso, mas a bomba estava, o tempo todo, na bolsa do Arthur.

Hactar! – Gritou Trillian. – O que você quer com essa história toda?

Arthur é enganado, então decide levar as cinzas de volta, mas isso é tudo um plano para que ele ative a Bomba. Daí tem uma virada no final, mas em resumo, o Arthur falha em explodir o Universo por ser desastrado demais.

E assim acaba a história principal do livro, com o Universo sendo salvo pela inteligência da Trillian e pela falta de capacidade do Arthur.

Prak:

Depois da história principal, tem um epílogo, onde a tripulação da Coração de Ouro encontra um carinha chamado Prak.

Prak estava em um julgamento (aquele do pilar de acrílico), daí deu uma merda lá e o cara tomou uma dose forte demais de um soro da verdade. Então ele começou a falar TODA A VERDADE. Quando o povo chega lá ele já terminou de falar toda a verdade e não lembra de muita coisa. Então ele descobre que está falando com Arthur Dent e começa a rir sem parar.

Em resumo, ele morre de rir, por conhecer Arthur Dent, o mais aparvalhado sem noção da história do universo.

Os olhos de Prak saltaram das órbitas.
– Sério? – gritou. – Você é Arthur Dent? Aquele Arthur Dent?

Prak também explica que a pergunta fundamental e a resposta fundamental à respeito de A Vida, O Universo e Tudo Mais (42), não podem ser conhecidas ao mesmo tempo.

É claro que isso tudo é um resumão. O livro é muito melhor que isso.

O que eu acho de A Vida o Universo e Tudo Mais?

Esse é um dos meus livros preferidos de toda a série. O primeiro sempre te pega de surpresa porque é novidade e tem um estilo muito diferenciada. O segundo resolve algumas coisas abertas no primeiro, mas deixa tudo muito solto e os personagens acabam sendo levados para lá e para cá sem motivo (apesar de que as piadas ainda estão muito boas).

Esse terceiro cria uma narrativa única que vai do começo até o fim do livro e junta todo mundo de novo. Tem muita piada, muito absurdo e muito nonsense (como em toda a série), mas tem essa narrativa com começo, meio e fim, como um sci-fi clássico.

Outra coisa legal é que a Trillian tem um papel fundamental nessa história, papel que ela não tinha ocupado até então. Isso é muito legal mesmo.

– … Aquela garota – [Marvin] acrescentou, inesperadamente – é uma das menos ignorantemente aparvalhadas formas de vida orgânicas que eu já tive a profunda falta de prazer de não ser capaz de evitar encontrar.

Ponto forte desse livro é que os personagens secundários desse livro são realmente muito interessantes. Prak, o magistrado Pag, Agragajag, Zen e Hactar são todos muito legais. A Festa é muito maneira, a bomba (muito pequena) e a técnica (o jeitinho) de voar. Tudo muito legal.

Ah, sim, nesse livro também tem a história da razão, que é muito boa e vai ser importante no 4º livro. E eu só percebi dessa vez que eu reli.

– Eu lamento dizer que a Pergunta e a Resposta são mutualmente exclusivas. Por lógica, o conhecimento de uma impede o conhecimento da outra. É impossível que ambas possam ser conhecidas no mesmo Universo.

Concluindo:

Em resumo, A Vida, o Universo e Tudo mais é um dos meus favoritos dessa série, que é uma das minhas favoritas. É um baita livro sensacional e eu recomendo muito, recomendo a série toda (até o 6º que todo mundo odeia).

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Então é isso, livro excelente. Recomendo.
E você, já leu A Vida, O Universo e Tudo mais? Já tentou voar?
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Um abraço.
E tchau.