Até mais e obrigado pelos peixes! – resenha
Salve, salve, seres humanos e golfinhos da terra.
Já faz muito tempo, mas muito tempo mesmo que eu li toda a série de livros conhecida como a série O Guia do Mochileiro das Galáxias (que é o nome do primeiro livro). Mas isso foi antes de eu ter site e, por isso, foram livros que eu não resenhei. Então agora em 2020 eu resolvi reler e resenhar. Então vamos lá com o quarto livro, Até mais e brigado pelos peixes!.
O terceiro livro termina meio sem rumo, com o Arthur Dent parando para viver em Krikkit e os outros personagens saem fora. Tinha condições de ser um final de fato, mas ainda haviam coisas a serem resolvidas.
O quarto livro acontece, em sua grande maioria na Terra. Mas a Terra não foi destruída? Pois é. De alguma forma a Terra sobreviveu (alguma terra).
A narrativa inicial é quase idêntica À do primeiro livro. Fala sobre os problemas da Terra e de uma garota que um dia descobriu a resposta para o grande problema, mas antes que pudesse contar para alguém, uma catástrofe aconteceu. No primeiro livro é dito que essa não era a história dessa garota, mas agora, em Até mais e obrigado pelos peixes!, o final do prólogo é diferente. Agora é sim a história dessa garota.
O que acontece?
Arthur chega na Terra, pegando carona em uma nave espacial. Ele está meio perdido porque nem deveria haver uma Terra. Ele consegue uma carona com um cara cuzão chamado Russel e conhece a irmã dele, uma tal de Fenny. Ela está desmaiada no banco de trás do carro e ela é louca.
Então ele volta para casa, descobre que apesar de ficar viajando por alguns anos, na Terra só se passaram alguns meses. Ele tenta retomar a vida e tentando reencontrar a Fenny. Eles se encontram por acaso e conversam um pouco. Ele pega o telefone dela em um bilhete de rifa, mas logo perde o bilhete (ganhando a rifa).
Então ele decide que vai tentar descobrir onde ficava sua caverna na terra pré-histórica, compra um computador e consegue descobrir, por pura coincidência, então segue até lá. Chegando lá, é a casa da Fenny, que na verdade se chama Fenchurch.
Rapidamente eles se apaixonam loucamente. Ela, na verdade, é a garota do prólogo do primeiro livro (e do prólogo deste também), a garota que deduziu qual é o problema do mundo e teve um colapso nervoso logo depois. Logo Arthur descobre que ela também pode voar, então eles ficam voando e se amando pelos céus, causando alguns transtornos para as pessoas locais.
É aí que eles percebem o tamanho do mistério em que eles estão envolvidos. Ele perdeu a Terra, mas depois descobriu que a Terra estava de volta. E ela, encontrou algo incrível, mas perdeu logo depois. Então fica o questionamento, o que diabos aconteceu? Qual o papel deles dois nesse sistema todo? E para onde foram os Golfinhos?
Existe um cara que parece saber o que aconteceu com os Golfinhos, um tal de Wonko, o São. Ele vive nos Estados Unidos, em algum lugar na costa oeste (possívelmente Los Angeles, mas não tenho certeza).
Mensagens:
Eles chegam lá onde ele vive (O Asilo, que é um lugar do avesso), eles conversam um pouco, mas o cara é meio esquisitão e não resolve muita coisa. A grande coisa é que ele também tem um aquário igual a um que apareceu misteriosamente na casa de Arthur. Fenchurch também tem um. Wonko diz para eles colocarem o Aquário no ouvido e eles ouvem uma coisa.
Essa coisa que eles ouvem é descrita em um capítulo de pouco mais de uma página. É meio misterioso, mas é a tal mensagem deixada pelos golfinhos. Não explica exatamente o que aconteceu com a terra, mas dá para supôr algumas coisas. Tenho minha interpretação, mas ela é meio viajandona.
Depois disso, Ford chega na Terra (ele decidiu voltar quando descobriu que seu artigo sobre a Terra voltou ao ar no Guia do Mochileiro das Galáxias) e conhece a Fenchurch. Tem uma história com um Robô que veio para a Terra, mas no fim das contas, Arthur, Ford e Fenchurch pegam carona para sair da Terra.
Por fim Arthur e Fenchurch vão para o planeta indicado por Prak (no livro 3). Esse é o planeta onde Deus teria deixado a sua mensagem final para a sua criação. Eles caminham até lá, encontram o Marvin no caminho e, por fim, conseguem ler a mensagem.
E é claro que eu não vou te dizer qual é a mensagem.
E assim acaba o livro, com Arthur e Fenchurch (ela não gosta de ser chamada de Fenny) felizes. Até o Marvin termina se sentindo bem.
“Contemplaram a Mensagem Final de Deus, maravilhados, e uma enorme sensação de paz os invadiu, lenta e inefável, uma sensação de compreensão total e definitiva.”
O que eu achei de Até Mais e Obrigado pelos peixes?
É um bom livro, tem umas gags boas, mas eu não gosto muito da história principal. É uma histórias de amor, mas para mim, que não gosto de histórias de amor (porque eu não me importo), o livro acaba sendo meio vazio e melancólico. Não tem Zaphod, nem Trillian. O Ford aparece pouco. E só sobram o Arthur, que é chato e a Fenchurch, que pode até ser interessante, mas está presa nessa história de amor inevitável.
Isso me incomoda. O fato de toda a vida do Arthur se guiada por coincidências bizarras é interessante porque está ligado com o campo de improbabilidade da Coração de Ouro. Aqui é um romance de duas pessoas fadadas a se encontrar e se amar loucamente. Então nesse contexto, as coincidências são bregas demais.
A piada do Deus da Chuva é boa, mas se estende muito e vai e repete. O Wonko parece um personagem repetido.
As situações são legais, continuam com o bom humor do Adams, mas eu prefiro a piração de ficção científica hardcore dos outros três livros até aqui.
Até mais, e obrigado pelos peixes! É bom, mas é o que eu menos gosto da série.
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Então é isso, livro muito bom, mas nem tão daora. Recomendo mesmo assim.
E você, já leu o quarto livro da trilogia de 5 que tem 6?
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Um abraço.
Até mais, e obrigado pelos peixes!
1 Resultado
[…] a história de um cara que trabalha em um restaurante, ou uma peixaria, e ele tem que cortar os peixes para os clientes. Então ele começa a ver os olhinhos de uma arraia como se ela tivesse viva. E […]