Harry Potter e o torneio do vacilo – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de livro mais ou menos com autora escrota. Então sigo encarando a leitura dessa série que tem uma fanbase chatíssima, mas que eu preciso conhecer porque faz parte da cultura pop. Então estou lendo Harry Potter e resenhando aqui. E hoje vamos com Harry Potter e o Cálice de Fogo.

Harry Potter e o Cálice de Fogo é o quarto livro da série de 7 (meu deus, ainda faltam 3) e é uma virada de chave porque agora a porra fica realmente séria.

A história começa com Harry descobrindo um novo poder porque sim. Ele consegue sonhar e ver o que o Valdemar Voldemort está aprontando. Mesmo assim, ele é burro igual uma pedra e não consegue interpretar o sonho e só vai ficar claro o que está acontecendo no final.

Então vem a Copa do Mundo de Quadribol, onde Comensais da Morte (nome merda), que são ex-seguidores do grupo neonazista do Voldemort, começam a tocar o terror na festinha, deixando todo mundo com medo.

De volta ao ano letivo, os alunos de Hogwarts recebem a informação de que não vai ter torneio de Quadribol, porque a escola vai ser palco do Torneio Mundial do Vacilo Olímpico Torneio Tribruxo.

O Torneio Tribruxo:

O torneio é o seguinte: Hogwarts e mais duas escolas do Mundo Bruxo fazem uma gincana mortal para ver qual escola é menos incompetente melhor. Hogwarts recebe alguns alunos das outras duas escolas e rola a parada do Cálice de Fogo (porque tudo tem que ter showoff).

Quem quer participar do torneio tem que colocar o nome e o nome da escola em um papel e colocar no Cálice. O Cálice vai escolher um corno aluno de cada escola. Menores de idade não podem participar.

Então chega o dia de revelar os participantes e algum espírito de porco colocou o nome do Harry Potter com um nome de escola que nem existe. Então o Cálice escolhe ele como um quarto participante do Torneio Quadribruxo Tribruxo.

Todo mundo acha que ele roubou e ele fica triste, melancólico e correndo risco de vida, porque essa gincana é de vida ou morte.

As aulas seguem sendo irrelevantes, o torneio era para ser sinistro e mortal, mas todo mundo parece estar roubando muito para que o Harry Potter vença, mesmo que ele seja completamente incapaz.

A Virada:

A virada é que o Harry ganha o torneio, mas ele meio que aceita dividir a vitória com Cedrico, que é o outro perdedor campeão de Hogwarts. Mas quando eles tocam o Cálice, alguém transformou o artefato em uma Chave de Portal (o conceito já tinha sido inserido na Copa de Quadribol) e jogam os dois para um cemitério.

No cemitério está o Rabicho e o Voldemort em sua forma bebê-com-doença. Então eles fazem um ritual lá para reviver o Voldemort que finalmente volta à sua forma final para matar o Harry Potter. O Cedrico morre nessa brincadeira.

Então mesmo cercado de inimigos, ele enfrenta o Voldemort e a varinha faz um milagre doido e ele sobrevive na cagada. Daí ele consegue fugir pela chave de portal e sobrevive pelo poder do protagonismo por pouco.

Revelações:

No fim das contas o Professor de Defesa contra Artes das Trevas tinha sido capturado e substituído por um dos capangas do Voldemort. E era ele quem vinha aprontando para ajudar o Harry a ganhar o Torneio da falcatrua eterna Torneio Tribruxo. E também foi ele quem colocou o nome do menino no Cálice facilmente hackeável de Fogo.

Então agora é isso. Agora Voldemort está vivo de volta. Ele pode tocar no Harry sem derreter. E seu fanclube está todo ouriçado querendo matar todo mundo.

Tem uma trama paralela com uma jornalista chata, mas a Hermione resolve sozinha.

Ah sim, têm dragões no livro.

O que eu achei de Harry Potter: E o Cálice de Fogo?

O livro segue uma boa prática de levantar elementos para serem usados depois. Então a história é até amarradinha. Dá para ver que as pistas (e pistas falsas também) estavam lá o tempo todo. E isso é bom. Não é livro mal escrito.

Agora, de forma geral a história é bem cansativa. O super-protagonismo do Harry Potter é algo que cada vez mais dá nos nervos. O torneio é uma zona, os alunos de Hogwarts são imbecis. As outras escolas têm a profundidade de um pires.

No geral os bruxos tratam os trouxas como pobres coitados sem cultura e isso é muito irritante. Na prática os bruxos são racistas e a galera do Voldemort são racistas que querem cometer genocídio. Mas quase todos são bem racistas.

E, dito isso, considerando que os bruxos se acham tão fodões assim, a incompetência de quase todo mundo nesse livro chega a ser aviltante.

Então, resumindo muito: Tecnicamente tem coisas interessantes, porque a história é amarrada, mas o universo bruxo já é bem zoado. E conforme os personagens crescem, algumas bobagens boas de livro infantil já começam a parecer só bobagens ruins de livro ruim mesmo.

Eu vou terminar a empreitada e ler os outros três. Mas vai demorar. É isso.

Então é isso. Livro de qualidade duvidosa.
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