Markheim (conto) – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de mais um dos contos do Robert Louis Stevenson. Eu estou lendo o livro da Darkside Books e resenhando os contos com algum espaçamento. Até o fim do ano acaba, pode acreditar. Então vamos nessa falar de Markheim.
Markheim – resenha com spoiler
Markheim é um conto pequeno de 15 páginas publicado em 1885.
O nome do protagonista é Markheim e a história começa com ele conversando com um antiquário. Ele diz que quer um presente para a noiva. Durante a conversa, o antiquário dá a entender que Markheim é um ladrão que roubava da coleção do tio para vender e conseguir uma grana e apostar na bolsa (e perder). Então ele estranha que o Markheim queira comprar algo dessa vez.
Do nada, quando menos se espera, o antiquado está abaixa para pegar algo, Markheim saca uma faca e o esfaqueia. E o antiquário morre.
Então Markheim começa a pensar sobre o que pode acontecer com ele. Então a metade da história é uma mistura do que está acontecendo com a imaginação do próprio Markheim, preso em uma sala escura com seus pensamentos. Ele imagina pessoas entrando e vendo o corpo. Imagina a empregada voltando ao antiquário. Também imagina a polícia chegando. Imagina o degredo e as estátuas olhando para ele.
Enquanto isso ele procura as chaves para encontrar a gaveta com o dinheiro do antiquário. E é aí que a coisa vira. Porque aparece o Diabo.
O Diabo:
Markheim ouve uma voz até que vê uma forma etérea que logo se identifica como o Diabo. Logo eles começam a discutir. Basicamente o protagonista acredita que ele faz merda, mas que ele odeia o mal. Então ele acha que depois de matar alguém ele chegou no limite do mal e pode parar de vez. O Diabo diz que já viu ele passar de um crime a outro até chegar no assassinato, então ele não tem volta.
O Diabo conta que a empregada está voltando antes do esperado e o instrui a esperar e matá-la também. Ele fica em dúvida, lutando psicologicamente com o que seria a sua própria natureza. Então cabe a ele decidir se afundar ainda mais ou ser preso.
E eu não vou contar o que ele decide no final. Você vai ter que ler para saber.
O que eu achei de Markheim?
Esse conto é muito maneiro e curtinho, então o ritmo é bem legal. Pode ser confuso, porque não sabemos o que está rolando e o que é viagem do protagonista, mas é bem interessante. As metáforas são muito boas e deixam as coisas mais confusas, mas quando você entende algumas construções frasais e de contexto são excelentes.
No final nem sabemos se o Diabo existe mesmo ou se é só viagem da cabeça dele, já que só o que eles fazem é conversar. E no fundo nem importa, porque o que importa mesmo é o próprio dilema moral, construída de forma rápida e resolvida com uma frase final matadora.
Bom conto. Um pouco confuso, mas recomendo bastante.
O conto pode ser lido no compiladão da Darkside Books, que eu tive a sorte de ganhar de graça.
Então é isso. Baita conto maneiro. Gostei.
Mas e você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.