Mundo Perdido, de Arthur Conan Doyle – resenha
Salve, salve, seres humanos e dinossauros da terra.
Hoje eu quero exercer o meu direito de pessoa velha e falar de um livro ainda mais velho. Acabei de ler o Mundo Perdido, do grande Sir Arthur Conan Doyle, mais conhecido como criador do Sherlock Holmes. Pois é, se você achava que ele só escrevia livros de detetives, achou errado. Ele escreve outras coisas também e Mundo Perdido é uma dessas obras.
A história é bem simples: O protagonista, Malone, é um jornalista apaixonado cortejando uma moça chamada Gladys. Essa moça fala que não gosta dele por que ele é um cara qualquer e o timo de homem que ela gosta é o tipo heróico, o desbravador, o pirata aventuresco, esse tipo de gente. Ela convence ele de que “Heroísmos estão por aí, em toda parte” e que o homem fodão mesmo é aquele que aproveita essas deixas do destino e se joga no desconhecido.
Malone fica triste melancólico e volta para o trabalho. No jornal ele é colocado para entrevistar Challengerum cientista que afirma ter encontrado uma terra perdida no meio da floresta Amazônica, onde ainda existem dinossauros. Depois de lutar com o professor e de ficarem amigos, ele participa de uma presentação onde Challenger conta suas histórias, mas ninguém acredita nele. Nesse momento, monta-se um grupo expedicionário para ir investigar a região e Malone vê sua oportunidade. Ele se voluntaria e o grupo parte para uma aventura.
Daí para frente é uma aventura na desconhecida Amazônia, onde tem esse planalto que é uma terra com monstros pré-históricos, uma tribo de índios perdido, homens macacos e vários perrengues. É a típica história do Inglês desbravador em uma terra estranha e longínqua.
O que eu achei de Mundo Perdido?
Mundo Perdido é um bom livro. A história é interessante por si só e ainda por cima tem o valor histórico já que é um livro do começo do século 20 e os conceitos científicos serem bem antiquados. A edição que eu li é 1989 e a linguagem do português da época é bem rebuscado e antiquado, o que deixa a leitura meio arrastada às vezes. Mas isso não compromete muito.
É um livro gostoso de ler, mas não é nenhuma obra prima. É um livro que funciona bem.
O maior problema, a meu ver, é que os personagens não são nada cativantes. Todos são gentlemans ingleses do começo do século. Todos muito polidos e insuportáveis. A forma como o narrador elogia seus companheiros é uma enorme masturbação de ego para a figura do cavalheiro ingleŝ em detrimento dos povos menos civilizados com os quais eles lidam durante a história.
É claro, que essa análise é anacrônica e tem que ser levado o contexto da época. Mas se me incomodou eu preciso comentar. Não compromete a qualidade do livro, mas enche o saco em alguns momentos.
Então é isso. Um livro clássico e bom de ler, apesar de ser antiquado (não podia não ser). Eu gostei.
E você? Já leu? Não leu, mas ficou interessado? Gosta do Conan Doyle?
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Um abraço.
E cuidado com os Pterossauros.
post publicado originalmente por mim no portal Cultura Nerd e Geek.