O Nome do Vento – resenha sem spoiler
Salve, salve, seres humanos da terra.
Há muito tempo atrás, antes de eu ter esse belíssimo (mais ou menos) site, eu li dois livros de uma trilogia muito boa. Recentemente eu fui convidado para um podcast sobre o primeiro livro, então fui lá falar dessa obra. E relembrei como o livro é bom. Então comprei (eu tinha lido emprestado) e reli. Então vamos lá falar de O Nome do Vento.
O Nome do Vento:
O Nome do Vento é o primeiro livro da trilogia A Crônica do Matador do Rei, escrita pelo Patrick Rothfuss. O terceiro livro ainda não saiu.
A narrativa funciona assim: Existe um taverneiro em uma cidadezinha no cu do mundo. O mundo está em guerra e as coisas não vão bem nas estradas. De repente aparece um demônio e começamos a suspeitar que esse taverneiro não é só um taverneiro.
Então o tavernerio, que se chama Kote, acaba encontrando um e salvando um andarilho. Logo ficamos sabendo que o andarilho é O Cronista, um homem que viaja o mundo colecionando as histórias do mundo, e ele está lá porque Kote é, na verdade, Kvothe, um grande aventureiro e quase uma lenda vida da história da região. Ele é o Matador do Rei. Mas essa história só deve ser contada no terceiro livro que pode nunca sair.
Depois de muito papo, O Cronista convence Kvothe a contar a história de sua vida. Ele vai contar a história em 3 dias (3 livros). E aí sim começa a verdadeira história do lendário Kvothe.
Kvothe:
No fundo, O Nome do Vento (a trilogia toda) é uma história sobre histórias. Uma metanarrativa. Kvothe é uma lenda dessas que se espalham como uma lenda urbana. Cada um conta de um jeito e a cada vez a história fica mais mentirosa. Agora o Kvothe vai contar a história real.
Não vou esmiuçar a história, mas vou citar alguns pontos importantes. Kvothe é um Edena Ruh um povo muito parecido com os povos Romani (mais conhecidos como ciganos, mas esse é um termo errado). Então ele tem essa formação de Trupe, ele sabe atuar, tocar, declamar peças e coisas de quem vive na estrada. Logo no começo da história ele conhece um Arcanista, que ensina um pouco de magia para ele. Vou falar de magia depois.
Coisas acontecem, e Kvothe acaba largado em uma cidade grande, onde passa um período mendigando e aprendendo algumas “técnicas” de “batedor”, para não dizer ladrão. Depois de se recuperar um pouco, ele segue seu destino e vai para a Universidade para continuar seus estudos.
Magia:
Na Universidade é que o Kvothe começa a criar algumas das suas famas. Ele é o aluno mais novo a entrar no Arcanum, é açoitado e não sangra, se mete dentro de um incêndio, toca alaúde com cordas faltando, dentre outras maluquices.
Mas o mais interessante mesmo é a magia. Nesse mundo existem dois tipos de magia: a simpatia e a nomeação. A simpatia faz umas coisas que obviamente são magia, mas possui um sistema muito bem trabalhado. O sistema é bem complexo, envolvendo conexões por similaridade, transmissão de energia e várias outras paradas que torna tudo muito interessante. É um sistema muito mais robusto do que, por exemplo, Harry Potter.
E tem a nomeação, que não tem muito sistema, mas trabalha com um conceito muito interessante. Se você sabe o nome de uma coisa, você controla ela. Mas não é o nome comum, é o nome verdadeiro, que só é compreendido pela mente profunda da pessoa. As vezes as pessoas podem descobrir o nome de alguma coisa e, às vezes, conseguem chamar aquele elemento. Quando criança, Kvothe vê uma pessoa chamando o Vento e passa boa parte da história tentando descobrir como fazer isso (daí o nome do livro). É bem legal.
Terminando a descrição (eu juro):
Então o livro segue a história do Kvothe, sendo contada por ele mesmo. Em paralelo a isso, tem uma história no presente. Porque estão aparecendo demônios e, mais importante, o que houve com Kvothe para ele deixar de ser um herói e virar um taverneiro escondido no fim do mundo? Isso obviamente só vai ser resolvido no terceiro livro, quando a história do Kvothe chegar ao presente.
E tem um mistério que o Kvothe está tentando descobrir (é um dos motivos dele ir para a Universidade), mas as pistas são muito escassas. É uma história que ninguém leva a sério, todo mundo trata como uma lenda, mas o Kvothe sabe que é real.
Como eu disse, é uma história sobre histórias.
O que eu achei de O Nome do Vento?
Eu adorei esse livro quando li pela primeira vez e gostei ainda mais nessa segunda leitura. É um livro bem grande (+650 páginas), mas não é por conta de barriga. É que tem muito conteúdo mesmo. Toda a fase dele na estrada com os Ruh, a vida em Tarbean, a Universidade, as amizades, as inimizades e até as aulas. Tudo é muito interessante.
Mas, muito mais do que isso, é uma história sobre um personagem fantástico. Ele tem muitas habilidades e é “especial” por ser esperto demais, mas não tem um “destino”, pelo menos não até agora. Então ele é um prodígio, mas ainda precisa se ferrar bastante para conseguir as coisas.
O mais lega mesmo é que O Nome do Vento é uma história sobre lendas. Existe uma história secreta desse universo complexo, mas as informações estão escondidas no meio de um monte de bobagem. Então, ao mesmo tempo que vemos Kvothe desencavando a história secreta do Chandriano no meio de um monte de lixo supersticioso, acompanhamos como a criação da lenda de Kvothe, Sem Sangue.
Se fosse para descrever esse livro com uma frase eu diria: “O Nome do Vento é uma história sobre do que as lendas são feitas”.
É um livrão! Adorei reler. E recomendo demais.
Existe o perigo do terceiro livro nunca sair e essa trilogia ser uma frustração enorme. Mas é a vida. Recomendo mesmo assim.
Não é barato, mas não é caro. E se você comprar na Amazon você me ajuda a crescer.
Então é isso, finalmente resenhei esse livro. Agora é comprar é o segundo.
Mas e você, já ouviu o Vento hoje?
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Um abraço.
E tchau.
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