O Restaurante do Fim do Universo – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Há alguns dias eu resenhei O Guia do Mochileiro das Galáxias, o primeiro livro da trilogia de 5, que na verdade tem 6 livros. Eu já li todos, mas estou relendo para resenhar aqui no site. Então hoje é dia de falar do segundo livro, O Restaurante do Fim do Universo.

O Restaurante do Fim do Universo é o segundo livro da série e continua as aventuras de Atrhur Dent, Ford Prefect, Trillian e Zaphod Beelblebrox. Depois de visitar o planeta Magrathea, eles seguem sem rumo, pensando aonde vão parar para comer. Então, os Vogons, aqueles que destruíram a Terra, os ataca, porque ainda existem terráqueos vivos e eles precisam terminar o serviço. Esse livro pode ser dividido em 4 grandes partes.

Zaphod, o fantasma e a conspiração:

Esse ataque culmina em uma sessão espírita onde o bisavô do Zaphod usa seus poderes de fantasma para salvá-los e enviá-lo em uma aventura solo. O bisavô faz parte da conspiração para encontrar o Homem que rege o Universo, motivo pelo qual Zaphod roubou a nave Coração de Ouro, para início de conversa.

“… Você irá fazer isso. Não pense que pode escapar de seu propósito. O Campo de Improbabilidade controla você. Você está sob seu domínio….”

Zaphod passa por aventura no planeta Frogstar B, em uma realidade artificial para fugir da punição real e encontrar Zarniwoop, o editor chefe do Guia e o grande mentor da conspiração. Eles voltam para a Coração de Ouro, mas Zaphod não está nem aí para a conspiração e precisa comer. Então eles partem para…

O Restaurante do Fim do Universo:

Em mais uma das coincidências (que são improbabilidades, na verdade), eles descobrem que o planeta Frogstar B é exatamente onde será-foi criado O Restaurante do Fim do Universo. Então, quando Zaphod diz para o computador levá-los ao restaurante mais próximo, eles fazem um salto temporal até o fim dos tempos.

No Restaurante somos apresentados à vacas geneticamente modificadas para que seu maior desejo seja serem comidas. O Fim do Universo em si. À dificuldade de conjugar verbos quando se está viajando no tempo. E a um cara chamado Hotblack Desiato, de uma banda chamada Disaster Area, a banda mais barulhenta do universo. Mas ele está morto para propósitos fiscais.

Uma série de eventos, que envolve o roubo de uma nave, joga os 4 protagonistas alguns milhões de anos no passado e os coloca em uma situação onde eles precisam entrar em um teletransporte sem controles, o que pode jogá-los em qualquer lugar.

“- Ford, quantas capsulas de salvamento temos?
– Nenhuma.
– Você contou direito?
– Duas vezes…”

Golgafrincham e a Terra Primordial

Arthur e Ford acabam sendo teletransportados para uma nave de uma galera de um planeta chamado Golgafrincham. É, resumindo muito, uma galera que fugiu do seu planeta, acreditando estar fugindo de um desastre, mas que na verdade os estava jogando fora.

Depois de muita conversa nonsense, Arthur e Ford descobrem que essa nave vai “pousar” (cair) em um planeta. A queda é brutal, mas muitos sobrevivem e logo, Arthur e Ford descobrem que o planeta é, na verdade, a Terra (lembrando que eles estão no passado).

Eles seguem acompanhando os retardados de Golgafincham tentando construir uma sociedade (e falhando miseravelmente), enquanto os nativos padecem.

“Foi, no entanto, um dos descendentes desses excêntricos poetas quem inventou as histórias espúrias sobre uma catástrofe iminente, as quais permitiram ao povo de Golgafrincham livrar-se de um terço totalmente inútil de sua população….”

O Homem que rege o Universo:

Enquanto Ford e Arthur se perdem, Zaphod e Trillian voltam para a Coração de Ouro, graças à interferência de Zarniwoop. Então eles vão, finalmente completar a missão de encontrar o Homem que rege o Universo.

O Homem que rege o Universo vive em um planeta protegido por uma barreira de improbabilidade, mas a Coração de Ouro consegue chegar até lá. Uma informação importante é que, 6 pessoas misteriosas visitam esse Homem que Rege o Universo e os dão presentes.

Eu não vou falar sobre como é esse encontro, porque essa é uma das melhores partes do livro. O conceito de como o tal Regente do Universo age é simplesmente sensacional.

E assim o livro termina, com Arthur e Ford presos na Terra pré-histórica, Trillian e Zaphod de volta à Coração de Ouro depois de encontrar o tal Homem que Rege o Universo.

“Acho que vi outra nave no céu hoje. Uma nave grande. Eu nunca vi uma grande nave branca, só as seis pretas. E as seis verdes. E as outras que dizem que vêm de muito longe….”

O que eu achei de O Restaurante do Universo?

O livro é excelente, mas o que mais me chamou a atenção nessa releitura é que o Restaurante em si, é a parte mais sem graça do livro. A aventura do Zaphod é bem legal (porque ele é um completo sem noção) e porque a história do planeta Frogstar é bem legal.

Mas, os pontos altos mesmo são: o Homem que Rege o Universo (que poderia ser o nome do livro), e o povo de Golgafrincham. É meio preconceituoso com algumas profissões que ele considera idiotas (algumas eu concordo), mas se redime com uma reviravolta sensacional.

O livro é excelente, mas tem um probleminha que eu não tinha reparado até hoje. A Trillian é um acessório. Ela quase não tem falas e tem pouca ação durante todo o livro. Ela parece uma ajudante do Zaphod e amiga do Arthur no fator de ser perdido nesse universo (mesmo que ela já viva na Galáxia há algum tempo).

Tirando esse detalhe, o livro continua excelente, com críticas sociais mais diretas que do que o primeiro livro. Continuo recomendando muito.

Você pode comprar O Restaurante do Fim do Universo solto, ou o compilado que tem os 5 primeiros livros.

Então é isso, um livro excelente que continua excelente. Recomendo muito.
E você, já leu o algum livro da série do Guia?
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Um abraço.
E tchau.