Olalla (conto) – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Mais um dia e mais uma vez de falar dos contos Robert Louis Stevenson. Eu estou escrevendo esses posts quase um atrás do outro, mas estou dando espaço entre eles, então vou relembrar. Eu estou lendo o compiladão de contos da Darkside Books e resenhando conto por conto. Então vamos lá falar de Olalla.
Olalla – resenha
Olalla é um conto de 43 páginas. Ele conta a história de um cara ferido, ele parece ser um ex-militar ou algo assim. Ele está com algum problema no sangue e o médico o envia para morar em uma casa nas montanhas.
A história é que a casa é de uma família que foi nobre há muito tempo, mas agora eles são pobres e falidos, mas com uma casa grande. Então eles precisam, relutantemente, aceitar o narrador como hóspede.
A família é formada por uma mãe e um casal de filhos. O primeiro que ele conhece é Felipe, o filho. É um garoto ágil e trabalhador, mas parece ter algum tipo de deficiência mental. Depois de um tempo ele conhece a mãe da família, que é uma doidinha avuada que só dorme e fica descansando de boa, agindo como uma criança preguiçosa.
Olhando os quadros do casarão ele percebe que as várias gerações da família são de pessoas muito parecidas. Então é bem possível que a família praticasse endogamia e essa relação entre parentes, deteriorou a mente dos membros da família. Mas é interessante que eles não têm nenhuma deficiência física.
Vento Negro e Olalla:
Acontece uma ventania sinistra e Felipe tranca o narrador no quarto. Durante a noite ele ouve uns gritos sinistros e fica pensando de quem seriam os gritos.
Ele começa a investigar a casa e encontra um quarto com livros e um poema escrito. Então ele começa a pensar que pode ser a filha. Ele fica pensando nisso até encontrar a filha, que é a Olalla.
Então ele fica apaixonado por ela muito rápido, porque ela é jovem, bonita e é uma mulher de intelecto normal no meio da família quebrada. Ele fica enrolando para falar com ela e quando finalmente consegue, ela manda ele ir embora.
Virada:
A virada ocorre na noite que Olalla o manda embora. Ele se machuca com um vidro e sai para procurar ajuda. Quando encontra a mãe, ele pede ajuda, mas ela pega o dedo dele e morde até o osso. Então ela o ataca como uma doida, uma vampira ou algo do tipo. Os próprios filhos a seguram e começam a tratar do protagonista.
Então ele é mandada embora para uma vila próxima.
Final:
Nessa vila ele tenta entender o que está acontecendo, conversa com umas pessoas que o evitam. Então ele descobre por um muleiro que todo mundo conhece que a casa é amaldiçoada. E conta uma história de um muleiro que entrou na casa chamado por Satanás. Ou algo do tipo.
No fim das contas ele encontra Olalla de novo, conversa com ela, que explica porque ele deve ir e porque ela deve carregar seu fardo sozinha. No fim ele entende e vai embora.
E fim.
O que eu achei de Olalla?
Esse conto é muito chato. Tem um mistério durante a história, mas esse mistério só existe porque o autor é um autor de horror e a gente fica esperando os elementos de horror. Quando finalmente vem, nada é resolvido e a gente não fica sabendo se a mãe é endiabrada ou se é forte simplesmente porque é doida.
Mas o que me incomoda mesmo é essa suposta história de amor que vem de lugar nenhum e não vai para lugar nenhum. Tá que a menina é bonita, mas todo o papo de “senti a pureza dela” a mim parece só um velho procurando uma desculpa para tarar uma novinha.
Amor a primeira vista sempre me dá preguiça. E as conversas deles são muito, muito bregas.
Mas o que mais me cansa é a duração e o final. 40 e poucas páginas para o conto terminar com ela explicando que vai ser isso mesmo, que a vida dela é triste mesmo. E fim.
A recompensa é muito pequena.
Então não é um conto que eu recomendo não. Se você comprar o livro da Darkside, leia porque já pagou por ele. Em outro caso, pode ignorar Olalla. É uma pena.
Então é isso. Curta bem cansado.
Mas e você, acredita em amor a primeira vista?
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Um abraço.
E tchau.