Vinte Mil Léguas Submarinas – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de literatura e eu trouxe um clássico. Clássico mesmo, porque estou falando de um livro do século 19, um livro basal para a ficção científica moderna, o Vinte Mil Léguas Submarinas. Então vamos lá, falar desse clássico.
Vinte Mil Léguas Submarinas:
Vinte Mil Léguas Submarinas é um livro de Júlio Verne (que não se chama Júlio de verdade), publicado originalmente em 1869. Nesse livro, Verne cria o conceito de submarino que, até onde eu sei, não existia ainda na época.
O livro conta a história de um cientista francês chamado Aronnax. Lembrando que na época ser cientista significava saber um pouco de cada coisa. Desde o começo da história ele começa a comentar os estranhos avistamentos de algo que se move sob a água.
A tal coisa que se move sob a água, tem algumas características peculiares, então o livro começa com Aronnax descrevendo o que seria. É algo que se move muito rápido, joga água para cima, como as baleias, e parece ser bem grande. Inicialmente acreditam que trata-se de uma baleia, mas logo acontece um caso da tal coisa atacar um navio e romper seu casco. Então passa-se a considerar que poderia ser um narval gigante. Mas Aronnax tem suas dúvidas.
Logo a marinha convida Aronnax a participar da exposição para procurar a criatura. Ele aceita e leva consigo Conseil, seu serviçal, um jovem apaixonado por classificação de animais. Na expedição eles conhecem Ned Land, um arpoador canadense.
O Nautilus:
Finalmente eles encontram a criatura e o primeiro embate com a mesma derruba Aronnax, Conseil e Ned Land no mar. Então eles são salvos e resgatados pelo Náutilus e por seu capitão Nemo, que você deve conhecer de Liga Extraordinária.
O Nautilus é um submarino secreto, construído com dinheiro e peças desviadas. Nemo é um homem amargurado por algum motivo que ele não conta, mas ele diz que nunca mais por os pés na superfície, no mundo dos homens.
Nemo e Aronnax ficam amigos rapidamente, porque ambos são homens da ciência. O Capitão Nemo deixa que eles fiquem no Náutilus, mas com a condição de que eles nunca mais deixem a embarcação. Então eles começam um rolê pelo mar. Uma viagem bem longa e é por isso que o livro se chama Vinte Mil Léguas Submarinhas.
Enquanto viajam a história se divide em: momentos onde Nemo descreve as maravilhas tecnológicas permitem que o Náutilus seja um submarino funcional; momentos onde o Nemo leva a galera para desbravar o fundo do mar e suas maravilhas; e momentos onde Aronnax e Conseil ficam descrevendo peixes.
Ned Land:
A treta principal é que o Nemo disse que eles ficariam no Náutilus para sempre. Mesmo assim, Aronnax e Conseil ficam encantados com as maravilhas que eles podem conhecer e deixam para pensar nisso depois. Ned Land é o primeiro a ficar cabreiro com essa parada e passa o tempo todo pensando em fugir.
Para isso eles vão precisar enfrentar Nemo.
A coisa fica complicada quando Nemo decide ir até o polo sul, mas as condições climáticas colocam o Náutilus em apuros. Mas eles conseguem sair.
O final:
No fim, um confronto entre o Náutilus e um navio da marinha, coloca em cheque a admiração dos protagonistas pelo Nemo, que acaba matando a galera. Mesmo sem tempo de descobrir qual o segredo do recluso capitão, Aronnax, Conseil e Ned Land conseguem fugir em meio a uma tempestade.
E assim, Aronnax consegue publicar suas memórias, que são esse livro que estamos lendo. Nunca mais se ouviu falar de Nemo e do Náutilus. E nunca descobriremos o que ocorreu para deixá-lo com ódio ao mundo dos homens. Mas a aventura acabou. Fim do livro.
O que eu achei de Vinte Mil Léguas Submarinas?
O livro é um clássico absoluto da história da ficção científica e minha opinião importa muito pouco.
O grande mérito do livro é o fato de que o Júlio Verne ser um estudioso que estava muito atento a publicações científicas. Então, por isso, ele consegue colocar algumas informações muito precisas e muito corretas na narrativa. A forma como ele concebeu o Náutilus tem muita coisa em comum com como se constroem submarinos até hoje. Ele acerta muito.
Tem muita informação de história, de geografia, de física, de navegação e de biologia marinha. Muita informação mesmo. Dá para ver que ele pesquisou muito mesmo.
Porém, o ponto forte também é um ponto fraco. Alguns diálogos são completamente falsos (e chatos) porque os personagens falam coisas como se estivessem lendo a wikipedia. Não é um problema que os personagens saibam coisas, mas eles falam de jeitos muito explicativos e descritivos que soa muito falso. Especialmente na hora de descrever os peixes.
Em resumo:
Então, em resumo, é um livro muito bom, mas é datado e é meio cansado em alguns momentos. Confesso que, pensando nele, eu lembro com prazer das coisas boas, mas lembro que tiveram partes que me davam muito sono.
Achei bem ousado deixar o Nemo permanecer em mistério. É muito legal que, tem coisas que não serão contadas para todo mundo. E como a narrativa é em primeira pessoa, nada mais justo do que o protagonista não ter acesso à toda a verdade. Muito bom.
Eu recomendo o livro, é muito bom. Mas tem partes chatas, sim. Pode achar chato, mesmo sendo um clássico. Tá liberado.
O livro já está em domínio público então tem versões de um monte de editoras. Eu li a versão da editora Principis, que é um porcaria, porque sumiram com as notas de rodapé, mas deixaram as marcações. Baita trabalho porco.
Então é isso, livro clássico sempre é legal de resenhar. Eu gostei.
Mas e você, já leu Vinte Mil Léguas Submarinas ou só conhecia de nome?
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Um abraço.
E tchau.
3 Resultados
[…] ideia é que tem essa garota, que se chama Nemo, e perde seu pai que desapareceu em uma viagem de barco. Daí ela vai viver com um tipo, e tem que […]
[…] A nave cai no ponto Nemo (esse lugar existe mesmo) que é o ponto do planeta mais distante de qualquer porção de terra. Todas as naves caem lá. Kiara diz que é tataraneta do Capitão Nemo, aquele do Vinte Mil Léguas Submarinas. […]
[…] Tem um clima 20 mil léguas submarinas. […]