BATGIRL vol. 2 (DC Renascimento) – resenha
Salve, salve, seres humanos e pinguins da terra.
Semana passada eu fiz um post sobre o primeiro encadernado da fase Rebirth da Batgirl aqui no Brasil. Hoje eu vou falar do segundo encadernado.
Esse encadernado tem as edições de 7 a 11 da mensal da Batgirl e parte de Batgirl Anual 1. Nesse arco, a Batgirl volta para Burnside (ela estava fazendo um tour pela Asia no primeiro encadernado) e descobre que a cidade está passando por um intenso processo de gentrificação. Várias start ups de tecnologia e empresas moderninhas estão se colocando na cidade e trazendo gente endinheirada para morar ali. Isso faz com que os alugueis aumentem e, por conta disso, comerciantes e moradores locais tenham que sair. O comércio tradicional começa a ser substituído por cafeterias gourmet e coisas do gênero.
Em paralelo a isso, a Batgirl está voltando para a faculdade e ajudando uma ong, ao mesmo tempo que tem que dar conta da vida de super heroína e empresária. Na primeira edição ela conhece Ethan Cobblepot, um desses jovens ricos visionários, que também é filho do Pinguim.
Barbara começa a ter um caso com Cobblepot e enquanto isso começamos a descobrir várias paradas estranhas. A empresa que ele controla é uma startup de aplicativos de celular, que faz vários aplicativos e usa os dados dos usuários de formas obscuras. Tem um aplicativo onde você pode contratar um super segurança para te levar para casa (tipo um Uber de escoltas a pé), tem um aplicativo que parece muito um pokémon go com cachorrinhos e um que é tipo uma rede social.
Em uma das histórias, tem um aplicativo que as pessoas podem usar para notificar a presença de moradores de ruas (que aumentaram por causa da gentrificação) para que eles sejam recolhidos. As pessoas de classe média, que se acham super bem intencionadas, não querem saber o que está sendo feito a essas pessoas, elas só querem não ver mais essa realidade. Eles querem uma “cidade linda” (um abraço para algumas cidades brasileiras aí)
Conforma a história passa, da pra perceber que a empresa que controla esses apps, tem muita informação e consegue controlar a vida das pessoas (qualquer semelhança com empresas reais não é mera coincidência) e a trama segue nesse caminho, com a Batgirl tendo que investigar essa treta toda.
É uma história sobre gentrificação, aplicativos, vigilância, espionagem e uma classe média moderninha desligada da realidade.
O que eu achei de Batgirl vol. 2?
O primeiro encadernado é muito legal e interessante, mas esse é sensacional. Aqui, a Hope Larson consegue colocar a ação, as tecnologias e as maluquices do mundo dos super heróis, tudo isso misturado a temáticas super atuais.
A gentrificação é um grande mal moderno e vem acontecendo de forma violentíssima em várias cidades no mundo todo. Falar disso é importantíssimo e essa hq consegue fazer isso sem ser chata ou panfletária. A mensagem é clara e funcional sem deixar o fator diversão da personagem.
Eu adorei esse gibi e recomendo muito.
Então é isso. Baita hq excelente. Recomendo muito.
E você? Já leu? Gosta da Batgirl? Se interessou?
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Um abraço.
E tchau.