Coringa, do Brian Azzarello – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra e de Gotham.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu trouxe um quadrinho que muita gente gosta e voltou a estar em alta por se tratar do Coringa, que voltou ao centro das atenções a esse ano. Então hoje falaremos do Coringa, a Graphic Novel (essa sim) do Brian Azzarello.

Coringa, Brian Azarello e Lee Bermejo capa

Coringa é uma Graphic Novel de 128 páginas, publicada já em formato encadernado, com roteiro do Azzarello e a arte malucona do Lee Bermejo que dá todo um toque diferenciado para o gibi, deixando claro que não é uma história comum das revistas mensais do Batman.

A história:

Essa história se chama Coringa, mas é contada por um carinha chamado Jonny Frost. Jonny Frost é um bandidinho série B de Gotham, mas entra em evidência quando aceita um trabalho que ninguém quer. Ele deve buscar o príncipe palhaço do crime no Arkham. De alguma forma, o Coringa convenceu os médicos de que ele estava bem e eles deram alta para o Coringa e Jonny Frost foi buscar ele.

Obviamente todo mundo já sabe das notícias, que o Coringa vai sair, e o mundo do crime de Gotham prende a respiração. De começo ele resolve juntar uma galera para andar com ele, Crocodilo e sua gangue, e se juntam para celebrar em um bar. Lá eles se reúnem com a Arlequina, que tira toda a pele de um cara, e começa a organizar a sua retomada da cidade.

Coringa, Brian Azarello e Lee Bermejo

Guerra do Coringa por Gotham:

E essa é a história do do gibi inteiro. O Coringa matando um monte de gente, muitos bandidos e muita gente inocente também. Ele passa por vários vilões clássicos do Batman, como o Pinguim e o Charada, mas o antagonista mesmo é o Duas Caras. Durante toda a história, o Jonny Frost vai ficando mais confiante, por ser amiguinho do grande cara mal da cidade. Aparece um policial corrupto (que trabalha para o Duas Caras) que tenta chantageá-lo e ficamos sabendo que ele tem uma ex-esposa. A ex não tem tanta importância para a história, mas acaba sendo sequestrada em algum momento.

Durante toda a história o Coringa vai seguindo seu plano de dominação, mas vai se mostrando muito instável. Ele mata gente aleatória e gente que ele odeia sem muita diferença, o que vai deixando o Jonny Frost cada vez mais desconfortável.

No fim, eles começam a ser perseguidos pelo Batman, mas Jonny percebe que está rindo enquanto foge. E aí tem um confronto final entre o Coringa e Homem Morcego, com Jonny preso no meio disso que é muito maior que ele. E eu não vou contar o que acontece no final, é claro.

Harley Quinn Arlequina

O que eu acho do Coringa do Azzarello?

A primeira vez que eu li, e já faz tempo, eu gostei bastante dessa história. A arte é incrível e a história é meio doidona, porque Coringa fica pagando de doido e isso é legal. Hoje em dia eu já tenho algumas ressalvas, mas ainda acho uma história legal.

O traço podre do Lee Bermejo dá todo um ar de sujeira para Gotham que é muito legal e esse é o grande diferencial da história em si. Hoje, eu acho o desenho melhor do que a história.

A história é interessante, mas coloca o Coringa no meio de uma disputa de território que é legal (porque ele joga sujo nessa briga), mas no fim parece uma briga sem motivo. Porque não da para imaginar o Coringa querendo dominar território e querendo que o Pinguim lave dinheiro para ele. Me parece meio fora de sintonia.

Coringa, Brian Azarello e Lee Bermejo


A história piora um pouco, quando você lê mais coisas do Azzarello e saca que ele transforma tudo em história de máfia. Daí da para ver que ele pega uma estrutura meio pronta e coloca os personagens de Gotham no meio da história. Daí lendo de novo, hoje, me parece meio capenga algumas decisões assim.

Outra coisa é o fato das personagens femininas serem meio ruins. A Harley acompanha o Coringa, mas quase não tem falas. E a ex do Frost só está lá para ser sequestrada mesmo.

Concluindo:

Ainda é um bom gibi, dá para ler tranquilo, mas já passei da fase de gostar muito e hoje eu já vejo os problemas. Mas ainda recomendo sim. É uma boa história ok em Gotham.

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Então é isso, um gibi bem legal. Ainda recomendo.
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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