DEADMAN WONDERLAND (mangá) – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Quando eu abri o site para novos redatores, eu avisei que nós ampliaríamos nossas áreas de atuação e esse post de hoje é um dos resultados disso. Hoje o Nicolas Nunes trouxe uma resenha de um mangá do qual eu nunca tinha ouvido falar e que nunca seria resenhado aqui se dependesse de mim, DEADMAN WONDERLAND!
Daqui em diante o texto é do menino Nicolau, nosso otaku de plantão.
DEADMAN WONDERLAND – resenha por Nicolas Nunes
Yo!
Oi pra você que gosta de menininhas fofinhas. Oi também, pra você que gosta de sangue. E se você gosta desses dois, essa é a sua praia: DEADMAN WONDERLAND. Primeiro eu vi o anime em 2015. Gostei muito, mas fiquei com uma sensação de coisa inacabada… Quando pesquisei, não deu outra, o anime termina um pouco antes da metade do mangá.
A história se passa na prisão DEADMAN WONDERLAND, onde presos de alto risco são confinados e obrigados a participarem de espetáculos, eu diria… mortais. Na ala G da prisão ficam confinados os deadman, indivíduos que ao desenvolverem uma doença desconhecida ganham a capacidade de manipular o próprio sangue.
Bem no iniciozinho, na página 40, uma diretora e um diretor da prisão estão discutindo sobre punir severamente ou não os detentos. O diretor fala, “Diretora Chefe Makina, o que você faz quando recebe um presente de aniversário? Eu sou o tipo de pessoa… que o rasgaria para ver o que tem dentro.” Acho que deu pra entender o que o cara quis dizer, e também qual o nível da parada.
O que eu achei de DEADMAN WONDERLAND?
Olha, achei a história muito boa. Os personagens são complexos e a narrativa é do mais típico anime: plot, atrás de plot, atrás de plot, atrás de… Uma coisa que achei bem legal é que o autor se utiliza muito bem dos arquétipos. E pode botar fé que estão todos lá, o mocinho, a donzela, o romance, o mentor, o oráculo, a ameaça à humanidade, o vilão, o mentor do vilão, (que no anime recebe a carinhosa alcunha de “rei-demônio”). Mas ele (o autor) consegue usar esses arquétipos sem deixá-los clichê. Em outras palavras, não parece Naruto, pode ficar tranquilo. Sasuke-kun é o car@L#0.
Ele também manda bem no jogo de luz e sombra.
Mas assim… eu não gosto de ecchi não cara, e esse anime tá cheio. Em cenas de ação principalmente, se pá tipo em Gurren Lagan. Pra quem não sabe, ecchi em japonês é algo como obsceno e quando dizemos que algo do japão tem ecchi, subentende-se mulheres erotizadas.
Além do mais, rola um machismo bem palha, mostrando a maioria das mulheres ou como coadjuvantes ou como frágeis e repetidamente os personagens falam da “Yamato Nadeshiko”, a suposta mulher ideal japonesa. Além de erotizar bastante muitas das personagens femininas, como eu já disse ali em cima.
Em contrapartida, no meio da história é abordado o drama de um homem gay, expondo os preconceitos pelo qual passou e os efeitos psicológicos que isso desencadeou nele. É algo interessante a ser notado na medida em que dá visibilidade à homofobia e ao drama LGBT. Se levarmos em consideração que este capítulo específico foi publicado em 2010, isso é um ponto positivo.
Se liga na abertura do anime que a banda japonesa Fade compôs:
Eu recomendo ler o mangá, o anime não ficou lá muito bom não.
DEADMAN WONDERLAND não é muito conhecido no Brasil, mas vale a pena conferir.
Bem, vamos fazer uma lista de prós e contras então:
PONTOS POSITIVOS:
– História e personagens bem construídos
– Não é clichê enjoativo
– Mandam bem no jogo de luz e sombra
– Vemos visibilidade LGBT
– Não lembra Naruto
PONTOS NEGATIVOS:
– O anime deixou muito a desejar
– Tem ecchi (pra mim isso é ruim)
– Tem machismo
DEADMAN WONDERLAND foi escrito por Jinsei Kataoka e ilustrado por Kazuma Kondou. Publicado no Japão pela editora Kadokawa Shoten na revista Shonen Ace a partir de 2007, chegando ao fim em 2013 no capítulo 57 e contando com 13 volumes. No Brasil é licenciado pela editora Panini e foi publicado entre 2011 e 2014.
Aqui no ocidente o anime rodou entre maio e agosto de 2012, mostrando os 21 primeiros capítulos do mangá no site Adult Swim. Depois disso, nada a respeito de uma segunda temporada foi anunciado.
CURIOSIDADE:
O traje da Shiro (a menina fofinha assassina) está incluído no jogo Lollipop Chainsaw, ele pode ser desbloqueado durante o jogo. Mas não é mera coincidência, a editora do jogo e do deadman é a mesma: Kadokawa Shoten.
Então é isso, amigos de lugar nenhum. Curtiram?
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Saudações rubro-negras.
E cuidado com menininhas fofinhas.