Exterminador do Futuro 2029 (hq) – resenha
Salve, salve, seres humanos e robôs da terra destruída do futuro.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu trouxe coisa que não é nem da DC e nem da Marvel, olhe só você. Hoje eu trouxe Exterminador do Futuro 2029, que é no universo de Exterminador do Futuro, como o nome sugere e é bem óbvio.
Exterminador do Futuro 2029, é uma minissérie de 3 edições lançada pela Dark Horse, com roteiros de Zack Whedon e arte do Andy Macdonald.
Exterminador do Futuro 2029
A história se passa antes (mas é depois) do primeiro filme, porque o Kyle Reese (o herói do primeiro filme) ainda não voltou no tempo, mas também é no futuro, porque se passa em 2029, que é o futuro. Viagem no tempo é um troço complicado. Enfim, se passa em 2029 e os humanos estão em guerra com os robôs e o líder da revolução é/será o John Connor.
A história começa com um casal fazendo a vigia de um posto de observação, acontece a cena da rasteira mais perfeita dos quadrinhos (falei dela em outro post). O turno deles termina, eles deixam o posto e pegam carona com Kyle Reese, que é um soldado parceiro deles. Esses três, Kyle e o casal, Ben e Paige, vão ser os protagonistas da história. Existe um romance entre Ben e Paige, mas eles nunca se resolvem e o Kyle Reese é amigo dos dois.
O posto de observação cai e logo em seguida a colônia onde a resistência está vivendo é massacrada por exterminadores. O grupo evacua a colônia, fogem em uma cena de ação para mostrar que o Kyle é fodão, mas um monte de gente morre. Eles seguem para outra colônia. Isso na primeira edição.
Segunda Edição:
Na segunda edição o grupo segue caminhando e é atacado por exterminadores. Quando parece que está tudo perdido, o grupo é salvo por um grupo barra pesada chamado Compania Yankee. A Compania salva a galera, mas no meio do tiroteio um exterminador derruba Paige do carro e ela precisa ser salva pelo Ben.
A Compania quer fazer uma parada para fazer uma operação secreta contra uma base das máquinas. Kyle fica bolado porque quer tirar os civis de lá, mas os caras tem uma missão para cumprir. Então Kyle acaba indo junto. Daí rola a invasão, enquanto isso Ben e Paige se pegam finalmente.
Na fábrica das máquinas, eles colocam bombas, roubam uns bancos de dados e resgatam um velho que estava lá preso por algum motivo. No fim da edição, o time de infiltração volta para o acampamento e o velho quer falar com Ben. Então ele revela que é na verdade, um Kyle Reese velho.
Terceira Edição:
Na terceira edição Ben fica de papo com o velho que diz que é o Kyle, mas não acredita nele. Ele diz que foi aprisionado em 1984 e está vido desde então. Ele mostra um símbolo e diz que é a prova.
Enquanto isso, Kyle é chamado pelo John Connor que vai mandá-lo de volta no tempo. É revelado que eles só souberam que um Exterminador (o Schwarzenegger ) foi enviado para o passado, porque esse dado estava naquela fábrica lá. Mas o John Connor já sabia, é claro, porque ele lembra.
A Paige tira o gesso do braço (ela tinha quebrado na edição 2) e a cicatriz forma o símbolo que o Kyle tinha mostrado, então Ben fica cabreiro achando que talvez o velho seja o Kyle Reese mesmo.
Kyle vaza e vai pro passado, viver o primeiro filme e aí a história desanda de um jeito inexplicável.
Ben e Paige aparecem andando em uma rua deserta sem motivo aparente, quando eles encontram um cara gigante pelado. Depois de uma conversa eles suspeitam que o cara seja um T800, mas, mesmo assim, Paige fica perto dele e de costas. Sem motivo nenhum.
Então o T800 mata Paige de uma forma gratuita, o Ben fica triste e vai conversar com o Kyle velho que o manda para o passado também. E a história acaba com Ben sendo mandado para 1984 também, anunciando uma nova série Exterminador do Futuro 1984. E fim.
O que eu achei de Exterminador do Futuro 2029?
É legal ver o esforço em transformar o Kyle Reese em um herói de ação, coisa que nem o primeiro filme (que é de ação e onde ele é o herói) conseguiu fazer. No primeiro filme ele é um coitado que foi mandado para lá só porque o John Connor lembrava dele. A partir daí temos bons desenhos e umas cenas de ação legal, mas as coisas boas terminam por aí.
Não sei se vai funcionar esse Kyle Reese velho, porque ele morre no filme. Vai ter que ter um retcom para dizer que ele sobreviveu. Mas o problema mesmo é a Paige. A pobre coitada da Paige. Ela é uma enganação.
A Paige sofre a síndrome de Sonya Blade no primeiro filme do Mortal Kombat. Eu explico.
Funciona assim:
“Vejam. Temos uma mulher forte na nossa história!”. Daí a personagem faz algo incrível e maneiro no primeiro ato, como uma personagem feminina forte. E depois de cumprir a cota ela passa a ser uma garota refém ou uma mulher na geladeira (mulheres assassinadas para motivar os heróis).
A Paige parece uma mulher forte na primeira edição, porque ela dá uma rasteira perfeita (fora de uma cena de ação) e fica por aí andando com uma arma (mas não atira). Mas chega na edição 2 e ela precisa ser salva (justificando uma cena muito foda do Ben). E daí vem a terceira onde ela esquece qualquer treinamento, age de uma forma imbecil e morre de forma patética.
É de chorar.
Então, em resumo, não é um bom gibi e não acrescenta nada exceto um pouco de ação para o Kyle parecer menos tosco. Não recomendo.
Então é isso. Perda de tempo que eu tomei por você.
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Um abraço.
E tchau.