Mulher Maravilha: A Volta à Ilha Paraíso (1972) – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu tive que me desdobrar para achar algum material simples de escrever, porque estou trabalhando muito, muito mesmo, nesse fim de ano. Então vamos lá falar de uma história one shot da Mulher Maravilha: A Volta à Ilha Paraíso.
Essa história foi publicada originalmente em Mulher Maravilha #198, em 1972, e foi lançada aqui no Brasil em Quem Foi? As Aventuras de Diana EM CORES #1, em 1973.
A história se passa na época do I-Ching. Essa é uma fase em que a Diana perdeu seus poderes de Amazona e virou uma heroína de artes marciais. Com direito a um mestre chinês cego, o I-Ching. Nessa época as histórias eram mais pé no chão com tramas de artes marciais e espionagem. Mas essa história mesmo é bem clássica e é um retorno à mitologia das amazonas. Então vamos voltar à Ilha Paraíso.
Mulher Maravilha: A Volta à Ilha Paraíso
A história começa sem mais nem menos. A Diana está fazendo nada, quando uma Amazona chega onde ela está com uma mensagem de sua mãe: “Volte para casa!”. A Diana fala: “Já é”, e rapidamente elas pegam um atalho dimensional muito doido e voltam para a Ilha Paraíso. I-Ching vai junto, mas ele é irrelevante.
A ilha está destruída, a rainha Hipólita está desmaiada e Marte está por lá. Nessa época Marte (que é Ares) é pai da Hipólita e avô da Diana. Basicamente Marte quer o segredo das viagens dimensionais que só as amazonas dominam. Hipólita não quer contar e Marte está meio que torturando ela com seus poderes para que ela aceite contar.
Diana fica na dúvida, mas Hipólita pega na mão dela e juntas elas não aceitam o acordo e declaram guerra ao deus da guerra, porque sim.
Guerra é guerra:
Diana sente que não deve liderar porque não tem mais poderes, mas as outras amazonas dão moral para ela. Então ela assume o papel. E finalmente as amazonas vão à guerra.
A guerra começa, muitas páginas de porradaria. O exército de monstros do Deus da Guerra têm a capacidade de causar medo, mas as amazonas lutam escondendo a visão com o escudo e conseguem lutar. As amazonas matam muitos monstros, mas eles são quase infinitos.
Então Diana resolve pedir ajuda para outros heróis.
Os heróis:
Diana e Drusilla (a mensageira) usam os poderes de viagem dimensional para ir à Camelot onde vários grandes heróis participam de um torneio. Ela pede ajuda, ninguém dá moral, então ela fica putassa e sai na porrada com Siegfried.
Ela perde a luta, mas Brunilda chega para ajudar e aceita ajudar as amazonas. Enquanto os homens todos optam por não fazer nada, as Valquírias vêm ajudar na luta.
Conclusão:
Daí tem mais uma rodada de guerra. Amazonas e Valquírias lutam muito bem, mas os monstros não acabam nunca. E quando parece que tudo está perdido, os exércitos dos homens finalmente decidem chegar para ajudar e, com isso, os homens vencem Marte na guerra. Sem poder do amor, é na porrada mesmo.
Hipólita acorda de seu coma induzido, o que significa que a ameaça de Marte acabou. Mas no meio da batalha Diana desapareceu. Cadê a Diana, será que morreu?
Então chega um grupo de guerreiros, junto com Marte, carregando Diana desmaiada em um escudo. Marte conta que ela está viva, mas que lutou como uma guerreira e merece respeito por isso. Então Marte se retira, deixando um monte de gente morta e não resolvendo coisa nenhuma.
Vencemos! Legal! Eba!
E a história acaba assim mesmo.
O legal é que tem spoiler desse final na capa.
O que eu achei de Mulher Maravilha: A Volta à Ilha Paraíso?
Todo mundo fala bem mal dessa fase do I-Ching, mesmo que quase ninguém tenha lido. Essa história é dessa fase, mas não têm o espírito que marca a fase. É quase uma história que poderia acontecer em qualquer momento que a Mulher Maravilha tivesse sem poderes. Ou ela poderia ter poderes e enfrentar uns monstrões enquanto as amazonas enfrentam monstros normais. Daria na mesma.
No geral a história não é muito boa. Ela começa sem começo, termina com um finalzinho bem morno. Morre gente para caramba para não resolver nada e fica por isso mesmo. Me parece muito solto.
Por outro lado, exatamente por ser solto, essa história permite coisas que não são muito comuns. O fato de começar do nada e terminar sem mostrar a principal luta, me dá um gostinho de conto. Que pode começar no meio e terminar ainda no meio. Deduza o resto.
Outra coisa interessante é que nessa história o exército é derrotado na porrada mesmo. Não tem metalinguagem de “vamos vencer a guerra não lutando”. É na muqueta mesmo.
Além disso, tem uma luta muito importante que não é mostrada e que a protagonista perde. Então ela perde uma luta, mas isso não importa. Acho isso minimamente interessante.
A história não é boa, mas tem coisa boa nela.
Outra coisa interessante: Pintaram o personagem chinês muito amarelo, o que é bem racista.
Então é isso, Mulher Maravilha sempre interessante. Vou seguir lendo esses scans da ebal.
Mas e você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.