Romance em Vermelho (hq) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Já faz um tempinho que eu não falo de quadrinhos, tem muita coisa para falar, mas me falta vontade. Andei lendo muita coisa mediana, algumas delas ainda vão render resenhas, mas não agora. Mas, essa história sobre a qual eu vou falar hoje é sensacional. Então vamos logo falar de Romance em Vermelho.

Romance em Vermelho é uma história com 10 páginas publicada na edição 11 da revista Flinch. A revista Flinch era uma revista da DC, pelo selo Vertigo, publicada entre 1999 e 2001. Cada revista tinha 3 histórias e Romance em Vermelho é uma das histórias da edição 11, com roteiro de Joe R. Lansdale e arte do lendário Bruce Timm, o homem por trás do desenho animado do Batman dos anos 90.

Romance em Vermelho:

A história começa com uma noite de trabalho comum para Billy Ruck (e por ‘noite de trabalho normal’, entenda ele derrubando uma velha na porrada e roubando sua bolsa), mas é a noite quando ele conhece o amor de sua vida. Depois de roubar a senhora, ele avista uma prostituta levando um homem para o beco e o assassinando. Amor em primeira vista.

Billy segue a garota até em casa e a segue na noite seguinte até um beco onde ela está matando alguém. Billy se apresenta, mas a garota diz que só vai falar seu nome depois de ver ele trabalhando. Ele sai, massacra dois nerds que passavam por ali, pega a aliança de um deles e dá para a garota. O nome dela é Patty Champ e eles transam ali mesmo no beco, no meio dos sangues das vítimas.

Então eles começam a se relacionar, ferindo outras pessoas e, muitas vezes, eles mesmos. Ambos são sádicos e sentem muito tesão quando estão ferindo pessoas.

Porém, mesmo assim, o romance deles cai na mesmice e o tédio toma conta. Então algo precisa ser feito para reavivar o romance em vermelho. Então Billy toma uma atitude temerária.

E daí para frente eu não vou contar o que acontece, porque não quero dar spoiler.

Essa história foi publicada na Pixel Magazine #5 da Pixel Media.

O que eu achei da história?

É uma história errada que romantiza umas ideias erradas de um casal errado que se ama, mas também ama a dor e o crime. Poderia ser uma história do Coringa com a Arlequina se o Coringa não fosse apaixonado mesmo pelo Batman.

E as comparações com o universo do Batman são inevitáveis por causa da arte lindíssima do Bruce Timm. É incrível como a arte desse cara não envelhece.

A história tem um elemento problemático, mas a história é tão curtinha que você consegue captar a ideia bem rápido. Tem uma virada no final que não é genial nem nada, mas é muito legal e chega rápido. Não é como uma série que fica “ensebando”, prometendo um plot twist épico que, quando chega, não é épico coisa nenhuma.

Em resumo: É um one shot muito competente e acho que você deveria procurar para dar uma olhada.

O final é bem maneiro.

Então é isso, uma história curtinha, muito sangrenta e muito maneira. Recomendo.
E você, também adora o traço do Bruce Timm?
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Um abraço.
E tchau.