Rorschach (parte 3) – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu preciso continuar a falar de um gibi que eu li faz tempo, mas enrolei para resenhar. Então vamos nessa com a minissérie do Rorschach. Hoje é a parte 3.
Rorschach é um gibi de 2021, 2022, uma minissérie de 12 edições que se passa muitos anos depois de Watchmen. É uma história onde acontece muita coisa, então vou dividir em 4 partes.
Hoje falando da edição 7 a 9. Leia as anteriores para chegar aqui sabendo o que ta rolando.
Rorschach – resenha parte 3:
A edição sete mostra o nosso detetive sem nome interrogando o Frank Miller, a pessoa que entregou as cartas para o detetive. Sim, Frank Miller é o quadrinista que escreveu Batman: Cavaleiro das Trevas, trouxe muito da coisa do “gibi sério e adulto” e que virou um reaça maluco depois do 11 de setembro. Aqui ele é um quadrinista que escreveu um gibi sério, mas logo depois veio o ataque da Lula gigante do final de Watchmen. Frankmiller está com uma máscara de Rorschach.
Esse cara conta que ele e o Will Meyerson (nosso novo Rorschach terrorista dessa história) se conheceram ainda jovens. Eles conheceram um outro quadrinista que chamou eles para um tipo de sessão espírita maluca, onde eles falam e esperam vozes responder na fita. O cara acredita que um monte de ruído é a filha dele mandando uma mensagem. Doideira total.
Depois de morrer, ele mandou a fita para o Will, que ficou ouvindo e ouvindo enquanto se radicalizava. Até que ele começou a ouvir uma mensagem naquela bagunça. Então, anos depois, Wil (já vestido de Rorschach) e Laura visitam ele e eles voltam a ouvir a fita. Eles acreditam que quem manda a mensagem é o Dr. Manhattan para sua guerra secreta contra o Lula as lulas. E a mensagem é “Mate Turley“.
Interrogatório:
A edição 8 são três interrogatórios em páginas divididas em 3 partes. Na parte de cima um advogado. Na parte do meio um psiquiatra. E na parte de baixo da página um faz tudo. O interessante é que a ordem do tempo é invertida. Ele interrogou primeiro o faz tudo e por último o advogado.
Os três receberam dinheiro do Frank Miller, que estava ajudando nossa dupla terrorista maluca. Os três foram até uma casa onde a dupla estava treinando o assassinato do Turley. Treinando o tiro super de longe. Eles constroem um palco (com ajuda do faz tudo) e uma plataforma de onde a Laura treina o disparo. Os interrogandos estão feridos. O detetive enfiou porrada neles, por algum motivo.
O interrogatório parece que ocorre bem, tudo que eles falam casa, mas é tudo fácil demais. No final da edição o detetive fica puto da cara, ele bate nos interrogandos porque cada as histórias estão apontando para um mesmo caminho de forma muito fácil. O detetive não acredita que os três precisavam ir até a casa pessoalmente. Eles foram plantados para serem pegos e contar exatamente o que Wil Myerson queria, assim como o Frank Miller entregou as cartas.
Segue a sensação de que alguém, agora parece que o próprio Wil, quer guiar a sua investigação.
Uma coisa interessante, é que quando o detetive fica puto e agride os malucos, eles ficam satisfeitos.
A Casa:
O detetive viaja até a casa, onde a dupla treinava tiro. Enquanto ele observa, vamos vendo diálogos entre Myerson e Laura. Até uma hora em que ele percebe algo estranho e começa a comentar. Vemos como se ele estivesse conversando com Laura. Ele percebe que o carpete foi movido. Tira o carpete e encontra uma mancha de sangue. Ele deduz que alguém chegou lá, trocou tiro com Laura (que tinha um tiro no braço na autopsia). O nosso protagonista encontra o buraco de bala na parede e deduz que, com Laura baleada e Myerson sendo velho, eles teriam que se livrar do corpo por ali mesmo.
Então o detetive encontra o corpo da pessoa na fossa e, por incrível que pareça, um bip intacto nos bolsos. Ele liga para o último número discado e descobre que é de um Vice-Gerente de campanha de Redford.
O Redford é o presidente, competidor do Turley, que foi a vítima de assassinato. Ele quem deve ter arrumado as entradas para que os dois entrassem na convenção.
Parece óbvio. Seria um grande ahhh, caso quase resolvido SE não tivessem indicativos de que alguém está tentando guiar a investigação.
Mas isso fica para o próximo post, que será o último.
O que eu achei dessa parte 3 de Rorschach?
Essa história é muito boa. A gente não sabe quanto é o detetive descobrindo e quanto ele está sendo induzido a descobrir. Essa narrativa confusa é muito interessante e combina demais com a narrativa visual que também usa umas técnicas interessantes de paginação.
Enquanto isso, vemos gente quebrada se tornando mais e mais radicalizada e maluca. O uso Frank Miller é interessante, porque ele foi um cara que se radicalizou de fato, por um tempo. E o Wil Myerson é claramente o Steve Ditko, que criou o Homem-Aranha, depois o Questão (que virou o Rorschach) e logo depois virou um maluco super reacionário e conspiracionista.
Eu lembro de ter gostado a primeira vez que li, mas estou achando ainda melhor a leitura. Não lembro exatamente se gostei do final, mas deixa isso para o próximo post.
Então é isso. Gibi maneiro. termino de resenha no dia 6.
Mas e você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.